quinta-feira, 16 de julho de 2015

Orelhas ou chifres, eis a questão.


Acabo de receber o seguinte texto, que, supostamente, refuta o que disse sobre Shiva no 4º Hangout  da série “Descontruindo Olavo de Carvalho” no canal do Liberto Prometheo no Youtube. O texto me foi enviado com o nome do autor, mas não o identificarei aqui por não poder ter certeza de que estarei colocando as orelhas no jumento correto.


Esta é a “refutação”:


>>SHIVA SEGUNDO FRITHJOF SCHUON.

Segue em anexo o link para o artigo de Frithjof Schuon no qual ele DESFAZ a confusão feita por algumas formas de simbolismo entre Shiva e Satanás. Assim, ao contrário do que aquele "professor" afirmou, Schuon considerou ERRÔNEA a associação entre Shiva e Satanás.

O Deus do Velho Testamento, em diversas passagens bíblicas, manifestou Sua ira e provocou morte e destruição, exatamente o Shiva dos indianos. Possivelmente por isso o Livro do Jó foi escrito para demonstrar que o mal pode ocorrer a uma pessoa com o consentimento de Deus, pois Satanás testa Jó com a concordância divina.

Como talvez muitos não dominem a língua inglesa, vou traduzir trecho desse artigo de Schuon:

"Em certas formas de simbolismo - ocasionalmente até mesmo na Bíblia - há, todavia, uma coincidência de fato entre a função punitiva e destrutiva de Deus - personificada na Índia como Shiva - ( Este é um Shiva específico da "Tripla Manifestação" - Trimurti: Brahmã-Vishnu-Shiva - e não o Shiva Supremo que é sinônimo de Parabrahman e, assim, possui e controla todas as funções ) e o gênio do mal, o Satan dos semitas. Shiva é, de fato e em certo sentido, o divino cume de Tamas ( aqui Schuon se refere ao ternário vedantino formado por sattva (luminosidade) - rajas (calor) - tamas (escuridão) ), mas ELE NÃO É NATURALMENTE "ESCURIDÃO", "PESO" OU "IGNORÂNCIA"; no máximo, ele compreende um aspecto negativo ou sombrio deste ponto de vista do mundo, precisamente porque ele castiga e destrói. A confusão - real ou aparente - entre Ira Divina e o gênio do mal é uma elipse que significa que o mal, na medida que é um fenômeno necessário, está integrado, em análise final, numa função celestial." www.studiesincomparativereligion.com<< 



Temos acima, então, uma misericordiosíssima tradução de um texto cuja fonte não é especificamente identificada, ao contrário do que eu tenho feito em todos os Hangouts da série. Só alguém que saiba usar bem o Google consegue chegar à fonte exata sem grandes dificuldades. Bem, eu sei, e cá está ela.

Vejamos agora, trecho por trecho, no original e em português, o que Schuon diz exatamente:


It is worthwhile recalling here that Hindu doctrine accounts for the possibility of evil by means of the concept of the universal triad: Sattva-Rajas-Tamas, namely—analogically speaking— “luminosity,” “heat,” “darkness”; this last is not evil as such but the ontological root of this phenomenon.

Tradução:

Vale a pena lembrar aqui que a doutrina hindu explica a possibilidade do mal através do conceito da tríade universal: Sattva-Rajas-Tamas, a saber – em termos analógicos – “luminosidade”, “calor”, “escuridão”; esse último não é o mal enquanto tal, mas a raiz ontológica desse fenômeno. 


Ou seja, tamas não é o mal em si, mas a raiz ontológica do mal.



Vamos agora para o 75º slide da apresentação em Powerpoint que eu utilizei no Hangout. Ela começava com a capa do livro de Schuon de onde o texto foi retirado (mais exatamente da página 66):




Agora segue o texto que reproduzi no Hangout:


Here the serpent is what Hindus understand by tamas: the “descending”, “darkening”, “compressive”, and at the same time “dissipating” and “dissolving” tendency, which on contact with the human person becomes personified as Satan.

Tradução:

Aqui, a serpente é aquilo que os hindus entendem por tamas: a tendência “descendente”, “tenebrosa”, “que comprime”, ao mesmo tempo “dissipadora” e “dissolvente”, que, mediante contato com a pessoa humana, personifica-se como Satã. 


Ou seja, o que ele está dizendo é que tamas não é Satã em si, mas a raiz ontológica de Satã.

Como a memória das pessoas é curta, vou colocar essa conclusão próxima à do texto que foi referido pelo “refutante”:

Tamas não é o mal em si, mas a raiz ontológica do mal.

Tamas não é Satã em si, mas a raiz ontológica de Satã.

Farei até mais do que isso: colocarei em negrito os termos que foram trocados:

Tamas não é o mal em si, mas a raiz ontológica do mal.

Tamas não é Satã em si, mas a raiz ontológica de Satã.

Agora pense bem: como o texto linkado pode servir de base para uma refutação do que eu disse no Hangout? É simples. Basta fazer algumas falcatruas:


[1] Modificar o que eu disse, pois eu jamais afirmei que, para Schuon, Shiva é Satã. Eu disse que, segundo se depreende do que ele e outros perenialistas escreveram, Shiva é a origem metafísica – ou, para manter coerência com a terminologia aqui adotada, a raiz ontológica – de tamas, e que tamas, por sua vez, segundo Schuon, é, no indivíduo humano, Satã. Do ponto de vista perenialista, Shiva é identificado com Lúcifer, o “portador da Luz”, antes da Queda, ou, para os perenialistas, antes de sua manifestação universal como tamas/Satã.


[2] Retalhar o texto do original de Schuon, retirando a parte da “raiz ontológica”, para parecer que ele identifica Shiva somente com a Ira Divina.


A propósito, voltemos ao texto original para destacar outra manipulação presente na “misericordiosa” tradução sem fonte original oferecida aos monoglotas:


In certain forms of symbolism—occasionally even in the Bible—there is nonetheless a coincidence de facto between the punitive and destructive function of God— personified in India as Shiva—and the genius of evil, the Satan of the Semites; Shiva is in fact the Divine summit of Tamas, so to speak, but he is not of course “darkness,” “heaviness” or “ignorance”; at most he comprises a negative or dark aspect from the world’s point of view, precisely because he chastises and destroys.

Em certas formas de simbolismo – ocasionalmente até mesmo na Bíblia - há, porém uma concidência de facto entre a função punitiva e destrutiva de Deus – personificada na Índia como Shiva – e o gênio do mal, o Satã dos semitas; Shiva é, de fato, o ápice Divino de Tamas, por assim dizer, mas ele não é, obviamente, “trevas”, “peso” ou “ignorância”; no máximo ele compreende um aspecto negativo ou tenebroso do ponto de vista do mundo, precisamente pelo fato de castigar e destruir. 


Onde ele diz, no original, “Shiva é, de fato,” apareceu, na “generosa” tradução, como “Shiva é, de fato e em certo sentido”.

Agora eu vou explicar, para o tradutor traidor, o que Schuon realmente está dizendo aí à luz do que já foi dito acima e nos 4 Hangouts. Vamos primeiramente relembrar algo que é dito no Terceiro Hangout:

Trimurti (Brahmâ – Vishnu – Shiva) é a tríade masculina que Schuon identifica com Iavé (a versão semita do androteísmo). Trimurti seriam 3 aspectos divinos personificados.

Tendo relembrado esse detalhe, lá vamos nós para mais alguns silogismos que se depreendem do conteúdo dos Hangouts e do que está acima:


Lúcifer é a raiz ontológica de Tamas.

Tamas é a raiz ontológica de Satã.

Logo, Lúcifer é a raiz ontológica de Satã.


Shiva é a raiz ontológica de Tamas.

Logo, Shiva é Lúcifer.


Shiva é a personificação da Ira Divina.

Shiva é Lúcifer.

Logo, a Ira Divina é personificada como Lúcifer.


Brahmâ, Vishnu e Shiva são Iavé.

Brahmâ é o Demiurgo, Vishnu é o Cristo e Shiva é Lúcifer.

Logo, Iavé é o Demiurgo, o Cristo e Lúcifer.



É o que Schuon tentou explicar, no ensaio que foi porcamente traduzido e editado, ao se referir ao Personal God [Deus Pessoal] (Ishwara considerado ainda como um, não como Trimurti):


... His function is to operate and govern existential projection; it is with regard to this projection that God as Creator, Legislator and Retributor is omnipotent and appears as the Absolute itself.

…Sua função é operar e governar a projeção existencial; é com relação a essa projeção que Deus, como Criador, Legislador, e Punidor, é onipotente e aparece como o próprio Absoluto. 


É por isso que ele diz que há, “de facto”, uma coincidência entre o gênio do mal semita e Shiva: ele está dizendo claramente que a metafísica do exoterismo cristão não abrange devidamente a realidade metafísica como ela de fato seria. E é por isso que ele já começa o ensaio explicando, no primeiro parágrafo:


... [T]he possibility of evil is contained within All-Possibility, over which God – the creative Personal God – has no power, since All-Possibility belongs to the Divine Essence itself, and the Essence comes “before” the Person... the Supra-personal Divinity determines the Personal God, and not the other way round.

…A possibilidade do mal está contida na Possibilidade Total, sobre a qual Deus – o Deus Pessoal criativo [que cria] – não tem qualquer poder, já que a Possibilidade Total pertence à própria Essência Divina, e a Essência vem “antes” da Pessoa... a Divindade Supra-pessoal determina o Deus Pessoal, e não o contrário. 


O que ele está dizendo aí é que o Deus Pessoal enquanto Deus “criativo” – ou seja, enquanto o Demiurgo/Brahmâ -, não consegue impedir a existência do mal pois, assim como Ele, Shiva/Lúcifer tem sua raiz metafísica na Possibilidade Total, no Absoluto. Ou seja, Brahmâ/Demiurgo, o Deus Criador, não pode criar sem as possibilidades ontológicas que lhe são oferecidas a partir do Absoluto. Entre elas, o mal.

Agora, autor da “refutação”, tem mais coisas importantes que você parece não saber: as pessoas que importam já perceberam que você é um gnóstico infiltrado na Igreja. Perceberam a sofiologia no seu livro. Já nos é evidente, há muito tempo, que você é membro da tariqa que tanto teima em defender. Só estamos em dúvida se você é só um idiota iludido ou se já foi totalmente iniciado. Se for o segundo caso, esqueça o par de orelhas de burro. Essas combinam melhor com você:





22 comentários:

  1. Vishhh...

    Tem que tirar o ponto do fim do link do PDF, está com defeito.

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  2. E ainda tem gente defendendo o perenialismo...

    Aff...

    Só Jesus!

    Haja paciência!

    Não ligue pra isso Caio, é só mimimi de quem quer continuar e/ou deferder o ERRO.

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  3. SCHUON dá ênfase para os dois deuses Vishnu-Shiva, por causa da HOMOSSEXUALIDADE SAGRADA.
    Segundo o hinduísmo, o SALVADOR DO UNIVERSO, o Senhor Ayyappan, também chamado de Sastavu, Manikanṭhan ou Sasta, é filho de Harihara.
    HARIHARA é uma divindade que simboliza a união HOMOSSEXUAL dos deuses masculinos Shiva e Vishnu.

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    1. Retardado! Harihara significa metade Hari (Vishnu) e metade Hara (Shiva).

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    2. Não faço nenhum tipo de especulação. Só digo o que posso provar.

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  4. O objetivo de Schuon era fortalecer a fé ao contrário

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  5. Prezados, uma dúvida: como é isso de "dossiê Schuon", onde ele supostamente faria alusões ao Olavo? É verdadeiro mesmo?

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  6. Caio, Carlos e os outros.

    Não é estranho que quando alguem discorda do Olavão, ele enlouquece ? Apesar de ter em torno de si milhares de olavetes fanaticos que o idolatram e concordam em tudo com ele, que compram os seus livros, se inscrevem nos cursos (rendendo muito dinheiro), é tratado como um semi-deus. Mas basta qualquer um, por menor que seja, em algum lugar no mundo, discordar dele, o cara vira um demonio, ofende de todas as maneiras possiveis tal pessoa. Até parece um ateu que sai ao mundo procurando em tudo a prova de que Deus não existe, mantendo assim, intacta a sua fé ateia. Isso não seria um trauma, um complexo ou um problema psicologico serio ???

    Vejam isso, dessa semana :

    https://olavodecarvalhofb.wordpress.com/2015/07/16/pessoas-intelectualmente-responsaveis/

    Agora no Facebook do Julio olhem seu comentario do dia 16 :

    https://www.facebook.com/pages/Julio-Severo/202734623109759?fref=nf

    E agora, este texto de 2013 (apesar de não ser grande coisa, acho que o cara é liberal, sei lá) :

    https://bertonesousa.wordpress.com/2013/10/25/quando-dois-extremistas-divergem/

    Esse tipo de coisa tambem seria bom se fosse debatido aqui e nos hangouts.

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    1. Anónimo, ao colocar o facebook do Julio Severo aqui, mostra como esse senhor cada dia que passa me faz suspeitar ainda mais de que Julio é um judeu oculto.

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    2. A maior prova de que Julio Severo e Olavo são judeus ocultos é que ambos estão se digladiando na internet, mas nenhum dos dois se desligaram um do outro.

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  7. Os cabalistas afirmam que os dois querubins sobre a arca da aliança estavam em posição tântrica.
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    Os romanos entrou no santuário mais sagrado do templo e viu ali que os judeus tinham sido adorar uma estátua de dois anjos se juntou sexualmente, e os romanos ficaram indignados, e disse que o povo santo pensa que é tão santo, mas você está aqui adorando sexo e queimaram o templo ao chão. Isso está registrado no Talmud:
    "Disse Resh Lakish," Quando os gentios entrou no Santuário, viram (a gravura de) os querubins se uniram em um abraço. Eles levaram as gravuras (out) para o mercado, e eles disseram que, se essas israelitas - cuja bênção é uma bênção e maldição cujo é uma maldição (por isso eles são tão perto de D'us) - ser envolvido em tais assuntos (eróticos)? Imediatamente, (os romanos) degradada (os israelitas), como é dito, (Lamentações 1: 8). Todos os que uma vez respeitada a sua (Israel), aviltada ela, porque viram a sua nudez "- Talmud, Yoma 54b
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    http://gnosticteachings.org/courses/alchemy/3363-the-secret-of-azoth.html

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  8. Aqui temo currículo do Olavo, versão janeiro/2015
    http://brasil.indymedia.org/media/2015/01//538982.pdf

    Alguém tem outro mais atual?

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    1. Cidadão, você é o mesmo cidadão que coloca comentários no site Ceticismo Político do Luciano Ayan?

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    2. Eu nem sabia que existia, mas eu fui ver esse site que você falou, e lá é um antro de reaças, textos de reacionários para reacionários, não li nem 5 minutos aquilo.

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    3. O Luciano Ayan é anti-comunista. Por isso comigo ele já marcou pontos.

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    4. Ayan é libertário.

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  9. Olavo foi desmascarado como o mais forte promotor de ocultismo no Brasil.
    Está no cache do google, por que a direita americana pediu que Henry Makow removesse a crítica feita da postagem original.
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    "Olavo de Carvalho is a strong promoter of occultism, astrology and gnosticism, and Guenon is one of his heroes. Guenon, an obscure writer outside occultist circles, is only known in Brazil because of Carvalho's propaganda, and as a promoter of the Perennial philosophy, Olavo loves him. In the very link Jesper provided there is a quote: "Guenon, the most amazing intellectual miracle of our times"."
    http://henrymakow.com/2014/02/Rene-Guenon-Good-Guy-or-Bad-Guy.html
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    Budistas citando Olavo
    http://casadedharmaorg.org/wp-content/uploads/2013/05/Buddhismo-e-Christianismo.pdf
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    Noruegueses citando Olavo:
    "idéia talvez seja mais interessante do de Carvalho, neste contexto, é a sua interpretação original da história moderna baseada na doutrina de castas indiano. A descrição comum de eventos históricos é que Kshatriyas assume o lugar de brâmanes, então vaishyas e, finalmente, uma situação caótica dominado por Shudras. de Carvalho desenvolve seu raciocínio no artigo sociopatia e Revolução . Ele acredita que a Kshatriyas / aristocracia normalmente não têm problemas de integração bem sucedidos Vaishyas / empresários em suas fileiras. A teoria marxista da "revolução burguesa" é, portanto, incorreto, tal é uma anomalia."
    http://www.motpol.nu/oskorei/2013/08/17/olavo-de-carvalho-excerpter/
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    Artigo "A transendência da Arquitetura", baseada no perenialismo internacional, citando Olavo
    http://www.researchgate.net/publication/235218489_The_Transcendence_of_Architecture_Searching_for_Common-Ground_in_Architectural_Experiences_-_Full_Paper
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    Olavo citado na página dos "Conservadores perenialistas"
    http://antitechnocrat.net:8000/node/7
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    El IRGET (Instituto René Guénon de Estudos Tradicionais) fundado en 1984, en São Paulo, por el periodista Luiz Pontual se dedica al estudio de la obra de René Guénon, tal como declara la Web[1] de este instituto. Es interesante señalar que Luiz Pontual es también un admirador de la obra evoliana, reconociendo su radical oposición al mundo moderno. Por ello en la web del IRGET, Pontual afirma: “Partidarios de Evola, por otro lado, nos censuran por el nivel en el que colocamos a Guénon. E estos les remitimos al propio Evola que en sus libros registró, más de una vez, el orgullo de ser un Kshatrya (poder temporal) reconociendo en Guénon a un Brâmane (autoridad espiritual). Estos dispensa de mayores explicaciones.” Pontual demuestra no conocer la obra de Evola en profundidad, pues el pensador italiano afirma que en tiempos primordiales, en la Edad de Oro, no había separación entre autoridad espiritual y poder temporal. La figura de la realeza sagrada, del rey-sacerdote, del pontifex, del emperador divino en las civilizaciones tradicionales atestigua la presencia de una autoridad superior a la casta sacerdotal y a la casta guerrera.

    El periodista y filósofo Olavo de Carvalho, en su web menciona el libro de Evola “La Tradición Hermética”, como uno de los grandes libros que formó su vsión del mundo. Olavo de Carvalho es un intelectual que escribe diversos artículos en periódicos y revistas, donde expresa su revuelta ante la hegemonía intelectual izquierdista. Su pensamiento tiene cierta influencia en algunos grupos conservadores brasileños. El libro “Jardim das Aflições”, escrito por O. de Carvalho en 2000, hace una interesante referencia a Evola: “No deja de ser interesante que la disputa de prioridad espiritual entre las castas secerdotal y real se reproduzca, en la escala discreta que conviene al caso, entre los dos mayores escritores esotéricos del siglo XX: René Guénon y Julius Evola.” O. de Carvalho es un estudioso de Guénon ye de otros autores tradicionalistas. En este libro trata, entre otras cuestiones, sobre la relación entre la autoridad espiritual y el poder temporal.
    http://juliusevola.blogia.com/2006/100504-el-pensamiento-de-julius-evola-en-brasil.-cesar-ranquenat-jr.php

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  11. ===================================
    A autora Marlene Laruelle, eu seu livro "Eurasianism and the European Far Right: Reshaping the Europe–Russia Relationship" cita Olavo como membro da tarika de Schuon na página 12
    https://books.google.com.br/books?id=V9nRCQAAQBAJ&pg=PA12&lpg=PA12&dq=Schuon+olavo&source=bl&ots=duW2b4rwyX&sig=Pu05Zz9cdZo_Ip0qfO5TQnmHbW8&hl=en&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=Schuon%20olavo&f=false

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    Jornal judaico da França publica textos do Olavo
    http://debriefing.org/2387.html
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    Julio Severo desmascarando Olavo pelo Facebook
    http://barbwire.com/2015/03/03/0650-israels-enemies-in-america-and-russia/
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    University Press publicou em 2013: "Os metafísicos" incluindo Olavo como seguidor de Rene Guenon
    https://books.google.com.br/books/about/Metaphysicians.html?id=O1GHngEACAAJ&redir_esc=y

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  12. Olavo refutado pelo site católico Monfort
    http://www.montfort.org.br/old/action.php?secao=cadernos&subsecao=religiao&artigo=guenon8&lang=bra&action=download

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    1. O pessoal da Montfort é muito bom de doutrina, mas só tem bundão por lá. Mesmo tendo citado a Da. Ivobe em um dos Hangouts, não aconselho ninguém a ser aproximar dessa instituição ou de seus membros.

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    2. Caro Caio, se importaria em dizer qual o grupo, ou ao menos qual a orientação católica, que você considera menos problemática de seguir nos dias de hoje? De início pensei em procurar um grupo tradicionalista como a FSSPX ou a Montfort, já mencionada aqui. Porém, como essa idéia de resistir a tudo que veio depois do Concílio Vaticano II me surgiu por influência dos perenialistas, fui ver o que dizem outros segmentos católicos também e me parece que os chamados neoconservadores, aqueles que permanecem ligados a Roma e procuram interpretar tudo que vem de lá da forma mais tradicional possível, têm algumas críticas ao tradicionalismo que, se não estiverem com razão, ao menos dão a refletir.

      Uma dessas críticas é que os tradicionalistas juram que são obedientes ao papa, mas na prática não aceitam 80-90% do que tem vindo de Roma. A resposta comum para isso é que eles obedecem naquilo que não está eivado de modernismo e rejeitam o resto, mas o fato é que isso na prática tende para o cisma, como no caso recente do bispo Williamson que sagrou um bispo sem autorização (não sei se os leitores daqui veem isso com maus olhos...)

      Outra crítica interessante é que, na verdade, sempre houve resistências e crises nos períodos que sucederam imediatamente um concílio. Houve por exemplo a resistência dos ezionitas após o concílio de Jerusalém (século I), a dos arianos e dos unitaristas no século IV após a proclamação do dogma da Trindade etc. Naqueles casos, a Igreja continuou seu caminho e quem desapareceu foram os resistentes. Por que só agora deveríamos ficar ao lado dos que resistem? Uma resposta possível seria que existe uma diferença brutal e mais do que evidente entre a cosmovisão (ou mentalidade) tradicional e a moderna, mas não seria o caso de refletir se essa diferença é de fato maior que a diferença que, por exemplo, os unitaristas alegavam para resistir ao dogma da Trindade, ou os nazarenos alegavam para resistir quando o concílio de Jerusalém decidiu nada menos que tornar opcional a lei judaica?

      Como sugestão, talvez fosse bom falar num hangout sobre o porquê de você considerar a igreja Católica Romana a mais adequada e não uma das Ortodoxas, pois levando em conta as aberrações modernistas que se vê por aí, fica parecendo que os perenialistas têm razão ao defender que as igrejas ortodoxas refletiriam melhor a proposta original do Cristianismo e por isso mesmo resistiram melhor a modernidade.

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