sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Recomendação de documentário: A Facada no Mito



Palhaçada!


Desde o princípio manifestei dúvidas em relação à versão oficial em relação à suposta facada contra o então candidato Jair Bolsonaro, porém, me mantive discreto. Cheguei a expressar meu apoio em relação a uma investigação conduzida por uma comissão com observadores internacionais, afinal, se trata de algo demasiado importante para que não se tomem todas as salvaguardas possíveis, eliminando assim quaisquer suspeitas. O que se passou desde então só reforçou as minhas suspeitas de que algo muito estranho se passou em Juiz de Fora, porém, as imagens e filmagens reveladas no documentário que pode ser acessado no link abaixo me dão a certeza de que estamos diante de uma farsa grotesca. Recomendo a todos que o vejam com atenção e que o divulguem nos vossos círculos de contactos. O Brasil não pode se dar ao luxo de ser tomado por um grupelho de meliantes e é importante demais para o equilíbrio mundial para ser conduzido como uma qualquer república das bananas. De resto, peço a todos que baixem o vídeo pois de certeza o tentarão derrubar. 


A Facada no Mito - Documentário

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

O guru de Bolsonaro em inglês

 Pinóquio já afirmou que Olavo não mentiu!

Recomendo a todos a leitura da recente matéria redigida a partir de uma entrevista concedida pelo guru de Bolsonaro, o bruxo Olavo e Carvalho, à revista trimestral americana Americas Quarterly:


Selecionei para os meus leitores os trechos mais reveladores:

- He wasn’t shy about his influence on Bolsonaro, despite the fact the two have never met in person. “Look, I think the person he listens to most is me,”

- “This has never happened in the history of the world - a writer who had this kind of influence on the people,” he chuckled. “It could only happen in Brazil.”

- He said “thousands and thousands of Islamic agents are coming in through the Amazon,” and blamed the Revolutionary Armed Forces of Colombia (FARC) for being a main source of illegal arms in Brazil (the FARC signed a peace deal in 2016). He also said many Cuban doctors working under a special program in Brazil were secret agents conspiring with local drug gangs and the landless workers’ movement.

- “They’re all forming an army,” Carvalho said. “Do you think these people can be conquered through social policies?”

- I cited Bolsonaro’s frequent lament that the “biggest error” of Brazil’s 1964-85 dictatorship had been “to torture (people) instead of killing them.”  
Carvalho chuckled. “You know, sometimes I think that way.”
“Oh, Olavo, please,” I said.
He took a puff from his pipe. “We see all the misery those guys created. Look - how many communists were there in Brazil back then? 20,000? You kill 20,000 people back then, and you’d have saved 70,000 Brazilians a year.”

- We argued about this for a few minutes until I said that as an American who loves Brazil, I didn’t want to see its government engaged in mass murder.
“The Americans are idealistic people with good hearts,” he replied. “They believe other peoples are the same. Well, let me tell you something: Outside of (this country), there are just filhos de puta.

Considerando que Olavo de Carvalho classifica todos aqueles que não comungam das suas ideias como agentes revolucionários, e que os portadores dessas ideias, como ele defendeu várias vezes no “Trueoutspeak”, merecem um tiro na cabeça, é fácil perceber, ainda mais levando com conta que segundo ele todos os comunistas são psicopatas e genocidas, o potencial de destruição do tumor olavista. 

Essas potenciais acções estão previamente justificadas pois se 20 mil execuções nos anos 60 salvariam a vida de 70 mil brasileiros por ano nos dias de hoje, imaginem quantas vidas a execução de todos os militantes e simpatizantes da esquerda no presente, categoria que engloba todos os que Olavo denuncia como tais (incluindo eu), seriam salvas nas próximas décadas? Enfim, o pensamento de Olavo de Carvalho se encaixa no que ele próprio descreve como pensamento revolucionário. Na minha opinião, é ainda pior: se trata mesmo de apologia ao “democídio”. 

De resto, o guru já começou a se desdizer, como é habitual quando ele se revela desastradamente. Estando ele nos EUA, sugiro que, se o jornalista americano realmente mentiu, ele o processe recorrendo ao eficaz sistema judicial local e exija uma indemnização milionária. Na América, posso garantir, não faltarão advogados para pegar nessa "causa ganha", ao menos se ele estiver dizendo a verdade. Ou será que é o Olavinho que está mentindo? Bom, ele sempre grava as próprias entrevistas. Poderia, ao menos, liberar a gravação para o público e dissipar as dúvidas de uma vez por todas, tal e qual ele fez com a entrevista que concedeu à Folha de São Paulo...   


terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Quando uma nação opta pela estupidez servil. Adeus, Embraer!

 Mais uma oportunidade perdida, e nos dias que correm, isso é fatal.

A decisão de VENDA da Embraer é um passo nefasto que fere o interesse nacional a vários níveis, começando pelo económico, passando pelo tecnológico e terminando no estratégico. O modelo de Joint Venture torna a Embraer, que é hoje uma empresa independente com um enorme potencial de crescimento, numa mera participação minoritária de uma insignificante subdivisão da Boeing, que aproveitará a sua experiência e o seu poder de fogo, sendo ela uma das empresas do complexo industrial militar americano, para esvaziar a tal "Joint Venture" através de programas salariais e outros subterfúgios que aos poucos, a conta-gotas, irão desactivar toda a infra-estrutura industrial e as unidades de desenvolvimento de tecnologia da Embraer. Tudo em nome das sinergias... Quem acompanha a história económica das últimas décadas sabe como isso é feito, e no próprio caso da Boeing se deu um processo semelhante quando a mesma absorveu a antiga McDonnell Douglas. 

Não sou contra a busca de novos parceiros pela Embraer, mas estes deveriam ser procurados no Japão, na Suécia, na Índia ou na Coreia do Sul, de preferência em empresas que complementam o seu portfolio, e tem o mesmo poder de fogo, ao invés de concorrerem com o mesmo e terem acesso ilimitado aos fundos do maior orçamento militar do mundo. O que acontecerá, se não houver uma ruptura que impeça tal facto, será o fim da Embraer, disfarçada num primeiro momento para tornar o processo digerível pela opinião pública, e nada mais. E quem fala em golden share não sabe do que fala. A golden share vale apenas enquanto há disposição política para utilizá-la, e mesmo nesse caso não passa de uma garantia no papel e não de uma garantia material. Mesmo que não fosse assim, pergunto: que disposição política existe numa nação que abdicou, sem grande oposição para além de algumas vozes isoladas, das riquezas do Pré-Sal? Comparem isso com a maneira como os noruegueses, tão ciosos das riquezas do seu mar territorial, resistem ao canto da sereia da União Europeia justamente por saberem que tal mudança seria o primeiro passo para perderem os benefícios auferidos pelo exercício da posse das suas riquezas!

O efeito nefasto de tal passo não se limitará à indústria aeronáutica brasileira, um dos poucos ramos em que o Brasil ainda despontava, abrindo caminhos numa indústria de vanguarda que contrariam a tendência das últimas décadas de transformação do gigante entorpecido numa feitoria ao melhor estilo Argentina/Congo. Devido ao envolvimento da Embraer no programa Gripen NG com a sueca SAAB, e à rasteira que agora o Programa Gripen NG, concorrente do F35 da Boeing, levará, o Brasil pode dar adeus a qualquer hipótese de desenvolvimento de tecnologia militar de ponta, que uma nação como o Brasil será obrigada, por mais que não queira, a fazer em associação, e ficará para sempre dependente do fornecimento de material militar usado do seu "sócio americano" e confinado a sectores industriais obsoletos. 

Que nação será estúpida o suficiente para, depois dessa demonstração de absoluta irresponsabilidade e incapacidade para manter uma política de estado independente das preferências dos governos (o que já foi sinalizado pela desastrosa escolha do membro da seita olaviana Ernesto Araújo para o MNE),  colocar os seus segredos militares à disposição de uma república bananeira que, em troca de uns poucos bilhões e promessas verbais da parte de um poder que só respeita o poder, está disposta a competir com a Colômbia, a Argentina e o Panamá pelo título de nação mais incapaz e servil do planeta, abdicando de dar um passo que qualquer nação deve seguir se deseja chegar ao estatuto de potência?

Nada tenho contra uma aproximação estratégica aos EUA, e ela até é desejável, mas isso se faz com "arte", dando sinais contrários para se obter de Washington, ainda mais no contexto actual, de decadência do poderio americano, o máximo de contra-partidas. É o contrário do que está sendo feito pelos amadores que tomaram conta de Brasília. Não é por acaso que aquele que mais tem a ganhar com a futura presidência brasileira nem se dará ao luxo de ir à posse da sua nova empregadinha, apesar dos inúmeros convites e da ridícula adulação pública que o clã Bolsonaro e toda a trupe olaviana, a começar pelo imbecil do Sr. Araújo e a terminar pelo filho mais velho do “Seu Jair”, manifestou em relação a Trump.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Quando perguntar ofende, mas é fundamental.


 Talvez seja um general comunista...



Qual era mesmo o candidato que exaltava as milícias e que até as queria legalizar? Será que é o mesmo que, depois de um esfaqueamento muito estranho, teve uma série de pessoas na sua campanha tentando diminuir a importância da investigação do caso Marielle em razão do suposto atentado? Nunca tive qualquer tipo de simpatia pela ideias de Marielle, mas vivi e estudei o suficiente para saber que há algo de podre no reino franco-tabajara...

Espero que a mesma firmeza demonstrada com um rapaz de 23 anos seja aplicada ao candidato que afirmou que iria "fuzilar a petralhada aqui do Acre", torceu para que Dilma Roussef morresse e ainda defendeu o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso. Antes de começar, a nova presidência já é um desastre e mostrou que está disposta a usar de todos os meios para garantir o poder, ameaçando todas as garantias que ainda permitem alguma liberdade aos brasileiros.

E é bom lembrar, diante do pouco que já saiu para a imprensa a respeito do motoristagate, que o rapaz mais não fez do que pedir pela aplicação da lógica olavo-bolsonariana do bandido bom é bandido morto, a não ser que a mesma só valha para quem roubou menos de 24 mil reais, como defende o jurista autodidata Augusto Heleno Ribeiro Pereira.

Que venha Mourão, a bem ou a mal! O Brasil é importante demais para, depois de mais de uma década de desgoverno, aguentar quatro anos de caos, ainda mais quando temos em conta o que se passa na América Latina e no mundo. O resultado das péssimas escolhas da besta que escolheram para presidente já se fazem sentir, ou os senhores acham que a recente manobra russa de apoio à Venezuela nada tem a ver com a eleição no Brasil e os seus desdobramentos? Escreverei mais a respeito nos próximos dias.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

A raiz do antinacionalismo "disfarçado" de Bolsonaro

Conde é o ca...lho. Eu sou o rei dessa po..ra! 
Dom Afonso Henriques, na historiografia olaviana, 
foi uma espécie de líder de facção e Portugal era uma boca de fumo .


Para se entender a raiz da subserviência de Bolsonaro aos interesses estrangeiros, expressa politicamente na escolha na dupla Ernesto Araújo/Paulo Guedes, é necessário compreender o pensamento do seu guru, o ocultista Olavo de Carvalho. Ainda lembro do mesmo, repetidas vezes até o ano 2013, explicar uma suposta covardia dos brasileiros atribuindo-a à herança lusitana. 

Segundo o guru, isso se devia ao facto de terem os portugueses vivido durante séculos numa posição de incerteza, espremidos entre os senhores muçulmanos e cristãos. A imbecilidade de tal opinião, ou melhor, palpite, salta à vista de qualquer conhecedor da reconquista. Olavo apenas provou que desconhece os factos básicos do processo, como as sucessivas deslocações de populações cristãs do sul da Península Ibérica para norte e a posterior ocupação do sul despovoado a partir do norte, para além da própria história militar luso-brasileira. Se a guerra brasílica contra a WIC, contemporânea do esforço militar português no velho continente contra os temidos tercios espanhóis (e no caso dos espanhóis, por qual razão não valeria o mesmo raciocínio?), fosse conhecida do auto-proclamado sábio, deveria bastar para que tal ideia pueril fosse descartada e não chegasse ao cúmulo dessa formulação artificiosamente idiota, que mostra que a sua imagem mental do medievo ibérico foi inspirada em filmes sobre o feudalismo inglês ou francês! 

Tais imbecilidades, expressas com um tom de certeza e com um grau de detalhe que dão a impressão de que ele realmente estudou o assunto,  são a regra no pensamento olaviano, e não se restringem apenas à História, mas abrangem a própria Filosofia, área que supostamente domina (ver aqui). Recentemente, seu discurso público sobre essa suposta covardia luso-brasileira mudou por mera conveniência pois caía mal entre os monárquicos, para além dos católicos em geral, mas os fundamentos continuam lá, ao menos para os mais atentos, como se poderão constatar na obra de propaganda “Brasil Paralelo”. 

Hoje li um artigo que pega na "obra magna" do bruxo da Virgínia e dá mais um exemplo da ignorância desse autodidacta lusófobo oriundo do submundo da astrologia. Aqui deixo um trecho:


Tal pérola merece ir para os anais da imbecilidade travestida de sabedoria! Olavo, em questões históricas, está ao nível de uma conversa de bar ao estilo “os portugueses roubaram o ouro do Brasil” e o seu pupilo, Jair Bolsonaro, que nem sequer domina a língua-pátria, consegue ser ainda mais raso. Não é por acaso que se comporta como um lacaio perante aqueles que lhe causam complexo de inferioridade, que são os mesmos que embasbacam o seu guru, um provinciano encantado por uma América que jamais compreendeu e que jamais o aceitou. Quanto a essa falta de aceitação, no Brasil, ele podia reclamar de não ter sido convidado para dar aulas alegando que isso se deve a uma suposta inveja da academia brasileira em relação ao seu génio (quem mais, a não ser o grande Olavo, o Jack Parsons tabajara, poderia ter feito um experimento de transmigração numa Barca Egípcia construída por ele próprio e ser aclamado pela populaça como o maior sábio da nação depois de um internamento num hospício?). Mas e na América, como ficamos? 

Incrível que um gigante do porte de Olavo de Carvalho, que até recebeu um visto de génio, seja completamente ignorado em Harvard, Yale ou Princeton, apesar de todos os seus esforços para chamar a atenção da academia e da inteligentsia local! Bom, talvez a academia americana seja dominada por comunistas e o "KGB" deu ordens para que ele fosse ignorado, afinal, é o homem que derrotou Dugin...