quinta-feira, 28 de julho de 2016

O fatwa do Aiatolá Nougué.


Você já ouviu falar do Crislã? Essa é uma mistura sincrética de Cristianismo e Islã que teria surgido na Nigéria nos anos 80.

Temo que o tradicionalismo católico brasileiro esteja sendo invadido por uma onda de "crislamização" ou algo do gênero. Nesse sentido, temos já um grupo de jihadistas católicos armados se formando nas redes sociais, e que, vira e mexe, vem postar comentários neste blog, parasitando nosso trabalho para atrair simpatizantes para sua causa enquanto atacam, frequentemente pelas costas, os que aqui escrevem.

Outro sinal dessa tendência é o post do Prof. Carlos Nougué no site Estudos Tomistas em 19 de julho deste ano. Intitulando-o "Os católicos e as manifestações do próximo dia 31", Nougué fez mais do que simplesmente convocar seus leitores para que saiam às ruas nesse dia em protesto contra o Governo Dilma e os políticos corruptos. Abusando do tom grandiloquente e do estilo um tanto enfadonho que lhe é peculiar, ele não redigiu uma mera postagem: ele emitiu foi um verdadeiro fatwa!

Uma das coisas mais repulsivas que um religioso jamais deveria fazer é tentar transferir às suas conclusões pessoais, por natureza falíveis, a autoridade pétrea que sua religião sempre tem entre seus irmãos de fé a fim de convencê-los a concordar consigo por atribuírem incautamente à sua opinião pessoal o mesmo valor da doutrina oficial de sua religião ou aquela defendida por suas autoridades mais notórias.

E é exatamente isso que Carlos Nougué fez: apelando para a autoridade da Igreja e de Santo Tomás de Aquino, deu um ar de dogma conciliar iluminado pela sabedoria infusa a um raciocínio totalmente mal-ajambrado.

E é isso o que procurarei demonstrar abaixo.

Após dizer que não há consenso em diversos pontos relevantes entre os que participarão das manifestações do dia 31, exceto a punição dos corruptos e a rejeição ao comunismo,  ele escreveu (negritos meus):
Ora, o católico, segundo doutrina infalível do mesmo magistério (posta porém de modo diverso de como se deu a definição contra o comunismo), não pode ser liberal nem defender o liberalismo. O militarismo (ou seja, a reivindicação de uma intervenção militar) parece-me de todo utópico no atual momento.
O católico, segundo ele, e acertadamente, não pode ser liberal e nem comunista, mas ele dá a entender, pelo contexto, que o "militarismo" - a intervenção militar - seria aceitável por não ser nem uma e nem outra coisa, só não sendo defensável porque, "no atual momento", ele lhe "parece ... de todo utópico".

Mas essa análise não faz absolutamente nenhum sentido: o que impediria um governo militar de estatizar ou privatizar todos os meios de produção, por exemplo, tornando o país comunista ou liberal, respectivamente? Ele ignora que o Derg etíope promoveu um golpe militar que, tirando o rei do poder, instituiu um regime comunistóide? Ou que o General Augusto Pinochet liberalizou a economia chilena?

Ele, então, complementa:
Quanto aos candidatos à presidência, se se mantiver o quadro atual, havemos de votar em Bolsonaro contra Lula, contra Marina, contra Aécio, assim como nos Estados Unidos haveríamos de votar em Trump contra Clinton: o que porém não quer dizer que nos identifiquemos com Bolsonaro nem, muito menos, com seu partido, protestante. Trata-se de um mal (bem) menor que os demais, ao menos se Bolsonaro se mantiver na linha em que está.

Da doutrina infalível da Igreja, que determina que um católico não pode ser liberal ou comunista, ele tira que "havemos de votar em Bolsonaro contra Lula, contra Marina, contra Aécio", o que só se sustentaria se esses 3 candidatos, ou mesmo seus partidos, fossem inequivocamente liberais ou comunistas, o que evidentemente não é o caso, pois nem isso consta dos estatutos dos partidos e nem os dois governos de Lula e tampouco as propostas das campanhas de Marina e Aécio para as eleições de 2014, por mais que envolvessem aspectos tanto socializantes como liberalizantes, jamais se aproximaram do comunismo ou do liberalismo propriamente ditos.

Quanto a Bolsonaro, sabemos muito mais do que o fato de seu partido ser, na prática, protestante (apesar disso não aparecer em seus estatutos):

1. Bolsonaro, apesar de sua assessoria ainda dizê-lo católico, foi batizado em Israel por um pastor da Igreja Assembléia de Deus.



2. Segundo a análise do caso por um teólogo e ministro luterano, seu batismo significa necessariamente a adesão à Igreja na qual foi batizado (o que, aliás, contradiz a declaração de sua assessoria).

3. Além de ter participado desse controverso ritual de batismo e pertencer a um partido com destacados membros neopentecostais - dos quais Bolsonaro é muito próximo -, sua esposa é membro da Assembléia de Deus e um de seus filhos é batista.


4. É difícil acreditar que Carlos Nougué ignore a relação íntima entre pastores evangélicos, sobretudo da Assembléia de Deus - que é a igreja à qual pertence o Pastor Everaldo, que foi quem batizou Jair Bolsonaro, e logo em Israel -, com a maçonaria - como bem resumido pelo testemunho do Pastor Caio Fábio -, e a proximidade do próprio Bolsonaro com a instituição.




Na entrevista de Feliciano e Bolsonaro ao movimento Avança Brasil Maçons, e em outra entrevista, desta vez sozinho, ao mesmo grupo, em nenhum momento Bolsonaro expressa seu repúdio à organização, o que seria de se esperar de qualquer cristão e, sobretudo, de um católico.




Por que Nougué prefere ver comunistas e liberais onde não os há, enquanto ignora a evidente ligação do partido de Bolsonaro e do próprio com a maçonaria, veementemente condenada, tanto quanto o comunismo, como lembra o canonista católico Rodrigo Pedroso, pelo mesmo magistério infalível da Igreja que Nougué diz tomar como base?


E Nougué continua:
Mas parece-me que devemos apoiar decididamente a restauração da monarquia, pelas razões dadas em O movimento monarquista brasileiro e em Discurso do Príncipe D. Bertrand. Em resumo, o movimento monarquista e seu fim podem vir a constituir um efetivo bem, ainda que não o bem absolutamente desejável (mas também absolutamente impossível hoje) no âmbito do político.
Como uma intervenção militar seria algo "de todo utópico" mas a restauração da monarquia algo factível, sobretudo se levarmos em consideração que o Exército é a instituição em que os brasileiros mais confiam, sendo que, por outro lado, os brasileiros rejeitaram, com 79% dos votos, o parlamentarismo em 1963 e voltaram a fazê-lo no plebiscito em 1993, em que mais de 44 milhões votaram pela manutenção da República, contra menos de 7 milhões favoráveis à restauração da monarquia?

Afora isso, o que Dom Bertrand tem defendido é a monarquia parlamentarista, como Nougué até reconhece no artigo citado, o mesmo em que ele pretende defender um apoio ao "príncipe" com base em ninguém menos que Santo Tomás de Aquino (!!). Ora, tentar colocar essa discussão em termos tomistas é falsificá-la completamente: o Doutor Angélico viveu séculos antes que sequer fossem imaginados o estado-nação e a "democracia" liberal atuais, com seus "contratos sociais" e suas "monarquias parlamentares". Tentar escorar-se em sua autoridade para apoiar esse ou aquele postulante a rei é de um artificialismo e uma falta de rigor que certamente fariam o mesmo Santo Tomás reprovar o notório tomista fluminense caso esse fosse seu discípulo.

Voltando ao texto, no referido "O movimento monarquista brasileiro", Nougué havia dito:
Com efeito, a atual família real é membro do IPCO (Instituto Plínio Correia de Oliveira, antiga TFP – Tradição, Família e Propriedade). A TFP teve destacada participação não só no movimento popular que ajudou a evitar em 1964 o comunismo, mas no Concílio Vaticano II (onde atuou ao lado dos bispos tradicionalistas que tentaram evitar a catástrofe que enfim se consumaria).
 E o que se sabe da TFP, de Dom Bertrand e do movimento monarquista brasileiro?

1. Da TFP,  como atesta o Prof. Orlando Fedeli, sabe-se que um dia ao menos abrigou a seita secreta denominada Sempre Viva, que envolvia inclusive um culto à mãe do Dr. Plínio, Da. Lucília, o que sugere também suas semelhanças com o culto gnóstico ao Eterno Feminino que perenialistas schuonianos e "olavettes" acreditam ter se manifestado como a Virgem Maria. Além disso, há a "filosofia gnóstica" defendida também pelo Dr. Plínio em livro que pode ser baixado daqui e que foi analisado aqui pelo Prof. Fedeli.

2. O blog oficial de D. Bertrand chama-se Paz no Campo. Lá ele afirma, como se lê clicando-se em "Quem somos nós":
Nós somos os continuadores da luta de Plinio Corrêa de Oliveira...
Se o leitor fizer uma busca pelo termo "distributismo" - que é o desenvolvimento da Doutrina Social da Igreja - no blog de D. Bertrand, encontrará a seguinte resposta:


Já se o leitor fizer uma busca pelos termos "liberal" ou "liberalismo", encontrará a recomendação de vários textos favoráveis às políticas neoliberais.

Na mesma linha, O Príncipe dos Cruzados - um site favorável a Dom Bertrand e à TFP - sequer percebe a diferença entre defender a propriedade privada - como faz a DSI - e uma suposta defesa do capitalismo sem "seus abusos". Não sei se isso é fruto de falta de estudo ou falsificação deliberada mesmo.

3. Quanto ao movimento monarquista, o blog "Maçonaria - Estudos Críticos" aponta para o seguinte fato:
...recentemente, viu-se o notório maçon, o "Comendador" Antonyo da Cruz, Presidente do Instituto Brasil Imperial - IBI - ser tratado com toda a pompa e circunstância em importante encontro monarquista, no Rio de Janeiro, chegando mesmo a dividir a Mesa de direção dos trabalhos, sentando-se a direita de S.A.I. e R. D. Bertrand de Orléans e Bragança! Não é curioso que o Ilustre Príncipe, que nutre profunda ojeriza pelos Integralistas, se sinta tão a vontade na companhia de um maçon?!
Ele então atesta o que diz postando o link para essa foto:



Sabendo-se também do apoio do blog e canal "olavette" Terça Livre ao movimento monarquista e a D. Bertrand, além das frequentes referências positivas de Olavo de Carvalho tanto a ele, como a Bolsonaro e também à maçonaria, e levando-se em consideração os fatos acima apontados, fica evidenciada uma estreita relação entre Jair Bolsonaro, de um lado, e o movimento monarquista brasileiro e D. Bertrand do outro, seja com o protestantismo, a maçonaria, o liberalismo ou o gnosticismo - os quatro condenados pela Igreja -, relação essa muito mais determinante para sua rejeição do que sugerem os aspectos socializantes e liberalizantes que por ventura se encontrem em Lula, Marina, Aécio ou seus respectivos partidos.

Carlos Nougué não "forçou a barra" somente: ele apelou para o magistério da Igreja e para a autoridade de Santo Tomás de Aquino para, distorcendo-os, avançar uma agenda política cujos agentes oferecem um risco muito maior à Igreja do que as opções por ele descartadas.

O fatwa do Aitolá Khomeini sobre Salman Rushdie pelo menos o condenou à morte por atribuir ao fundador do Islã a recepção dos tais Versos Satânicos. Já o fatwa do Aiatolá Nougué quer aproximar os católicos brasileiros dos defensores de doutrinas rejeitadas pela Igreja.

Parece-me que o Crislã tupiniquim será o sincretismo do pior de cada um dos lados.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Endrogan e a Terça Insana.

Tivemos recentemente uma breve amostra do resultado do trabalho de resgate da "alta cultura" no país que está sendo promovido pelo Seminário de Filosofia do Olavo de Carvalho. Isso ocorreu na forma de um Hangout envolvendo dois de seus mais destacados discípulos: Allan dos Santos e Ítalo Lorenzon.

Embora Lorenzon também tenha tido seus momentos, a grande estrela foi, certamente, Allan dos Santos. Para quem não o conhece, basta saber que ele foi até a "Embaixada Rússia (sic) pedindo a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria", como se quem tivesse de atender à solicitação da Virgem em Fátima fosse o embaixador russo no Brasil, não o Papa e os bispos. 

Já o que se viu no Hangout foi ainda mais patético, pois o que os dois protagonizaram foi um hilário show de ignorância e pretensão.

O tema era a recente tentativa de golpe militar contra o Presidente turco, que, naquele momento, ainda estava em andamento. Vamos por partes:


Endrogan e o Estado Islâmico

Na altura do primeiro minuto do vídeo, Allan dos Santos começa a compartilhar sua sabedoria sobre o assunto. Numerei as informações a serem comentadas abaixo de cada trecho que reproduzi:
O que nós sabemos, e que é preciso dizer aqui para vocês e que [1] a mídia não fala, é que o Presidente atual, Endrogan (sic), ele é parceiro sim, [2] ele não esconde a proximidade dele com o Estado Islâmico...

[1] Como deveria ser do conhecimento de qualquer pessoa que pretendesse analisar a situação, quem levantou essa lebre foi Putin, o Presidente do país que Lorenzon afirma mais à frente não merecer confiança. E, ao contrário do que Allan afirma, a mídia escreveu um bocado a respeito

[2] Se Erdogan "não esconde" a ligação com o EI, como explicar o que segue?
Erdogan foi rápido a reagir, ameaçando Moscovo com medidas de represália, se os russos continuarem a “espalhar calúnias”. E repetiu que se demitiria imediatamente se as acusações russas fossem provadas.
Allahu Akbar

Logo em seguida - 1m26s -, ele passa a mostrar um vídeo em que um grupo reduzido de turcos pró-Erdogan protesta contra o golpe gritando "Allahu Akbar". Para Allan, isso seria sinal de que [1] os que o apoiavam eram radicais islâmicos e que, pelo número de pessoas, [2] o povo turco estava majoritariamente contra o Presidente. 

É isso que dá meter-se a falar sobre o que se ignora. Vamos lá:

[1] Muçulmanos, em sua grande maioria não-radicais, dizem Allahu Akbar várias vezes ao dia, pois isso faz parte das orações diárias islâmicas. 

Mais do que isso: cristãos árabes dizem Allahu Akbar também, como atesta o bispo ortodoxo na Palestina.

Somente alguém limitado às "impressões" populares do que seja o radicalismo islâmico pode concluir, a partir do mero brado dessas duas palavras, que se tratava de um grupo de radicais. 

[2] Complementando, a partir do 4º minuto, com base no depoimento de uma brasileira que lhe teria enviado um áudio, ele afirma que a maior parte da população local estaria apoiando o golpe do Exército. 

Ora, como sabemos, a população, convocada por Erdogan, tomou em massa as ruas em defesa do Presidente e contra os golpistas. 


Islâmicos de burka

Na altura dos 10m20s, ele solta mais uma pérola:
Na Turquia, [1] existem islâmicos que não usam a burka, [2] ele é um país ainda muito liberal...
[1] Islâmicos não usam a burka em país algum do mundo. A burka é um traje exclusivamente feminino! Mais grave ainda é imaginar que o único traje islâmico para mulheres seria esse, e que, portanto, se um grupo islâmico quer implantar a sharia, ele automaticamente também defende o uso da burka. 

[2] Qualquer um com algum conhecimento da história do país sabe que o Genocídio Armênio ocorreu sob os "Jovens Turcos" e o Genocídio Grego sob Ata Turk, dois governos seculares da atual Turquia. O historiador Paul Johnson, por exemplo, sabe disso. Mas Allan só apela a clichês, pois não tem nenhuma noção do que está a comentar. Duvido que ele saiba da ligação dos "Jovens Turcos" com a Maçonaria - que seu mestre tanto defende - e com os judeus. Será que ele ou Lorenzon sequer já ouviram falar dos Dönme, os cripto-judeus turcos suspeitos de terem promovido o Genocídio Armênio e o fato de comporem parte significativa da elite turca hoje em dia? 

Como querem analisar uma situação cujos players eles claramente ignoram?!


A mídia "comunistinha", a "comunistona" e a que não sabe nada

Na altura dos 12m52s, Allan avisa a seu público que ele não deve se informar através da Rede Globo, que seria "comunistinha", e muito menos pela CNN, que seria, suponho eu, "comunistona". Ele diz só confiar na Fox News. 

Mais à frente, lá pelo 23º minuto, Lorenzon diz que a mídia nacional estava dizendo que Erdogan teria conseguido controlar a situação. Allan diz, então, que a CNN também estava falando isso, mas que a Fox News não dizia nada a respeito. 

Como sabemos agora que ele realmente havia conseguido garantir-se no poder, parece-me claro que uma das razões pelas quais Allan dos Santos erra tanto é o fato de que ele só se informa pela Fox News. 


Endrogan

Abordemos agora a luta travada por Allan dos Santos ao tentar, mais de uma vez, pronunciar o nome do Presidente turco. Aos 22m22s, ele manda um recado para alguém que assistia e criticava sua dificuldade em pronunciar o nome de Erdogan. Allan o xinga e justifica o erro dizendo que não tinha obrigação de saber pronunciar um nome em língua turca.

Analisemos essa resposta:

1. Percebam que não se trata de um nome como o do influente geo-estrategista de origem polonesa Zbigniew Brzezinski, que possui uma combinação de letras que sugere uma pronúncia totalmente estranha ao que é típico da língua portuguesa. 

2. Alguém de fato esperava que Allan pronunciasse Erdogan como um nativo turco? É claro que não. O que se esperava dele, e de qualquer outro brasileiro alfabetizado, é que, diante da combinação das letras e-r-d-o-g-a-n, o leitor conseguisse ler "Er-do-gãn". Só isso! No entanto, Allan tenta ler o nome mais de uma vez, e só consegue fazê-lo de forma aceitável para um brasileiro letrado na terceira tentativa.  

3. Mas a minha intenção aqui não é massacrá-lo pelo erro, e sim mostrar como as olavettes se esforçam em construir uma imagem de "alta cultura" absolutamente sem estofo que a sustente. É evidente que Allan dos Santos não acompanha política internacional para poder comentá-la, ou teria cruzado tantas vezes com o nome de Erdogan que qualquer dificuldade inicial já teria sido superada.

A propósito, essa semana mesmo, no site Como Educar seus Filhos, cujo proprietário também é olavette, foi publicado um artigo do pedagogo Luiz Moura sobre o construtivismo em que ele aponta, entre outras coisas, os problemas da alfabetização pela whole language:
Aprender a ler com base em textos, aprender a ler privilegiando as habilidades cognitivas superiores, aprender a ler do todo para a parte, aprender a ler dando valor à função social da linguagem, tudo isso é whole language, tudo isso é construtivismo aplicado à alfabetização, tudo isso é letramento. Ora, tentaram aplicar o whole language também em Israel. Mas, como o desempenho em leitura dos alunos israelenses começasse a cair, o Knesset, parlamento de Israel, formou um grupo coordenado pela cientista Rina Shapira para buscar entender o que estava acontecendo. Eles rapidamente identificaram a universidade de onde vinham as iniciativas de implementar essa abordagem pedagógica e fecharam seu departamento de letramento, demitindo todos os professores.
Foi precisamente isso que Allan dos Santos fez: tentou ler o nome que lhe era estranho a partir do todo, em vez de aplicar a estratégia de decodificar as partes - a relação entre cada letra e seu respectivo som em português - para conseguir ler a palavra inteira. 

Ou seja, uma das olavettes mais destacadas, que mantém um canal no Youtube cuja finalidade é "promove[r] a boa cultura", além de se meter a analisar uma complexa situação da qual não conhece nem o básico, não foi nem sequer devidamente alfabetizada!

Para mim, é difícil até acreditar que esse pessoal do Terça Livre realmente se leve a sério. Chego mesmo a suspeitar que sejam um spin-off secreto do pessoal da Terça Insana para acabar com a reputação da direita nacional. 



terça-feira, 19 de julho de 2016

O mínimo que Olavo de Carvalho precisa saber para não ser um idiota.



1. Para não ser um idiota, o Olavo precisa saber que a Pepsi não usa células de fetos abortados como adoçante.


2. Para não ser um idiota, o Olavo precisa saber que a família nuclear não é fruto de Hollywood e nem das Revoluções Industrial e Francesa.

Ele escreveu, em "A família em busca de extinção":
A "família tradicional" que os cristãos e conservadores defendem ardorosamente contra o assédio feminista, gayzista, pansexualista etc., bem como contra a usurpação do pátrio poder pelo Estado, é essencialmente a família nuclear constituída de pai, mãe e filhos (poucos). O cinema consagrou essa imagem como símbolo vivente dos valores fundamentais da cultura americana, e a transmitiu a todos os países da órbita cultural dos EUA.
Mas esse modelo de família nada tem de tradicional. É um subproduto da Revolução Industrial e da Revolução Francesa...
Ele absolutamente ignora que o pesquisador Emmanuel Todd demonstrou que a família nuclear é uma característica cultural que os atuais anglo-saxões herdaram de seus antepassados bárbaros, e que, portanto, nada tem a ver com Hollywood, a Revolução Industrial ou a Revolução Francesa:


E para que o anti-esquerdismo doentio da "nova direita" não invalide ciência séria em favor de sua ideologia: esse é um traço da cultura americana orgulhosamente enfatizado pelos conservadores que escreveram America 3.0

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3. Para não ser um idiota, o Olavo precisa saber que Claire Sterling não tem nenhuma credibilidade jornalística.

Em "Lavagem de Notícias", Olavo de Carvalho diz:
Conforme mostrou a repórter Claire Sterling no seu livro Thieves' World ("O Mundo dos Ladrões"), New York, Simon & Schuster, 1994, a constituição desse Império do Crime deu-se sob o comando da "máfia russa", que continua regendo o espetáculo...
E vai na mesma linha em "O mundo como jamais funcionou":
Em 1993 a notável repórter do Reader's Digest, Claire Sterling,já havia fornecido um retrato muito mais completo da situação no seu livro Thieves' World, ao descrever a rápida arregimentação mundial das máfias dos diversos países sob o comando unificado russo.
Durante o Governo Reagan, William Casey, simpático aos belicistas neo-conservadores, ao chegar ao comando da CIA, reuniu um grupo de especialistas para confirmar as alegações de Claire Sterling em seu livro intitulado The Terror Network, no qual afirma que todos os ataques terroristas na época da Guerra Fria eram articulados pela URSS. No entanto, como se aprende na primeira parte do documentário "The Power of Nightmares", da BBC, ele foi informado de que a própria agência de investigação americana é que havia passado falsas informações à autora em sua guerra de informação e desinformação: jamais havia existido uma coordenação russa do terrorismo mundial!



Nas palavras de Melvin Goodman, que, de 1976 a 1987, dirigiu o escritório de assuntos soviéticos - Head of Office of Soviet Affairs - da CIAno documentário citado:
Quando folheamos o livro, vimos que episódios muito claros de falsa informação (black propaganda) da CIA, informações clandestinas que foram criadas, em um plano de ação secreto, para serem plantadas nos jornais europeus, haviam sido escolhidos e colocados nesse livro... Dissemos isso a ele de forma clara e direta, e até mandamos o pessoal de Operações dizer isso a Bill Casey... mas foi tudo ignorado...
4. Para não ser um idiota, o Olavo precisa saber que, uma vez que ele admita a falta de qualidade de um trabalho seu em uma dada área, ele não pode usar esse mesmo trabalho para atestar a autoridade de seu conhecimento nessa mesma área.  

Em sua "Resposta a um Fantasma de Boston", em que debate com um defensor de Darwin, Olavo diz:

A segunda não precisa ser provada, sendo público e notório que o Sr. Dawkins não tem um único trabalho publicado na área da ciência das religiões, na qual creio, em contrapartida, ter alguma autoridade, se não como conferencista constantemente convidado a falar sobre o assunto em instituições religiosas e universitárias, ao menos como autor de um estudo sobre história islâmica premiado em 1986 pela Universidade de Al-Azhar, há séculos o principal centro de erudição religiosa muçulmana no mundo.
3 anos depois, ele mesmo disse, em um fórum em inglês, que seu livro...
...foi premiado muito mais graças aos seus defeitos do que pelas suas qualidades inexistentes"

5. Para não ser um idiota, o Olavo precisa aprender estatística básica. 

A participação no EVForum referida acima ocorreu no dia 09 de janeiro de 2007. Nesse mesmo post, ele afirmou que a via espiritual islâmica, o sufismo, com suas interpretações não-literais dos trechos mais violentos do Alcorão, só é seguida por uma "pequena minoria de homens espirituais" hostilizados "pela sociedade muçulmana em geral".  

No dia 05 de março do mesmo ano, portanto menos de 2 meses depois, ele afirmou, em um True Outspeak, que, de cada 1000 muçulmanos, pelos menos 900 pertencem a alguma tariqa. Tariqa é uma ordem esotérica que guarda e propaga os ensinamentos da "pequena minoria de homens espirituais", os mestres praticantes do sufismo, referidos no post em inglês. 

Somente 07 dias depois, em 12 de março, o Diário do Comércio publicou um artigo seu em que afirma que, se "você entra numa mesquita e ali há mil pessoas, você pode ter certeza que pelo menos metade delas pertence a uma tarica". Ele diz ainda que a origem do artigo seria a resposta que teria dado no True Outspeak do dia 05 de março, "sem alterações, apenas levemente corrigida".

Há uma enorme diferença entre "uma pequena minoria", 90% e "pelo menos metade".

6. Para não ser um idiota, o Olavo precisa saber que parte do crime organizado é controlado por evangélicos. 

Em 2001, no artigo "Os Gurus do Crime", em contraposição às "pessoas cultíssimas, sabedoras, iluminadas" da esquerda que "asseguram, com ar de certeza infalível, que a miséria produz a criminalidade", ele afirmou categoricamente que "se o excluído, o miserável, o favelado é também evangélico, ele não trafica, nem assalta, nem mata, nem estupra". Por isso, ele continua, "nas cadeias, a gerência do crime odeia aqueles a quem pejorativamente chama 'os bíblias'".

Não obstante, o tráfico nas favelas cariocas está sendo dominado por chefes convertidos a diferentes denominações evangélicas, como atesta essa reportagem:


7. Para não ser um idiota, o Olavo precisa deixar de apostar no incerto e de duvidar do óbvio ululante, ou cuidar para que não seja pego quando finge estar fazendo isso.

Para quem não sabe, eu fui colaborador do Olavo no Mídia sem Máscara. Já até fomos amigos e trocávamos mensagens. Em uma delas, de 08 de junho de 2006, ainda um conservador americanizado, eu disse, finalizando um e-mail e desconfiado da agenda de Bush:
Quanto mais eu leio sobre a administração Bush, mais me convenço de que ele só faz concessões politicamente necessárias ao moralismo da direita religiosa americana para conseguir se safar no que é mais importante.... 
Ele então respondeu, no mesmo dia:
Prezado Caio, 
Bush é pessoalmente um conservador, mas, até por herança de família, pertence ao CFR. Não tem autonomia de voo. Vai até onde a gasolina permite, depois volta à base. Convicções profundas e rabo preso não combinam, O resultado é sempre hesitação, incoerência, autodestruição.
Ainda sobre a Administração Bush,  eu disse, em 27 de junho do mesmo ano:
...uma administração que avance na surdina a criação da North American Union não tem um histórico que me permita presumir transparência.
Resposta do Olavo, na mesma data:
Você está radicalmente enganado. Apenas não tenho essa sua urgência de tomar partido. Coloco para mim mesmo todas as perguntas que você coloca, mas não tenho a menor ilusão de poder respondê-las antes de vinte ou trinta anosportanto não tiro das constatações gerais sobre o globalismo nenhuma conclusão sobre pontos particulares que só poderão ser elucidados a longo prazo. Com essa pressa, você está apenas arriscando à toa o seu sistema nervoso. 
Com relação ao Bush, onde vejo manifestamente ambigüidade, contradição e indecisão você quer logo descobrir o sentido de uma política coerente, que só poderá ser a de um plano maligno...
No entanto, não em "vinte ou trinta anos", como havia dito, mas em 13 de agosto do ano seguinte, ele afirmou, a partir do 49º minuto do True Outspeak:
O Thompson é um cara do CFR. Ele está comprometido com o projeto da Comunidade Norte Americana. Ou seja, ele é apenas um novo George Bush. É O CARA QUE SE FAZ DE CONSERVADOR PARA FORA MAS QUE NO FUNDO ESTÁ COMPROMETIDO COM O ESQUEMA GLOBALISTA.
8. Para não ser um idiota, o Olavo precisa conhecer a esquerda e a direita americana antes de analisá-las, e parar de fingir que já sabia o que acaba de descobrir.

Meu e-mail, para o Olavo, em 09 de julho de 2006, referindo-me ao Iraque:
Olavo, a esquerda americana apoiou e continua a apoiar a guerra...
A resposta dele, na mesma data: 
A esquerda americana apóia a guerra? Porra, e eu aqui não leio as notícias todos os dias, não freqüento os think tanks, não converso com deputados e senadores, ñão sei de bosta nenhuma. O poder da adivinhação transcende os meus pobres olhos e ouvidos.
Olavo de Carvalho, no mesmo True Outspeak citado anteriormente, mas no 51º minuto:
A Folha de São Paulo descobriu agora o seguinte: 'Democratas também querem manter tropas no Iraque'. Ora, porra... eu disse isso UM ANO ATRÁS [...] Se vocês pensam que os democratas querem sair do Iraque vocês estão loucos [...] Não pode, não pode, não pode, não tem jeito [...] é tudo da boca pra fora...
9. Para não ser um idiota, o Olavo precisa começar a citar fontes.

Em 15 de junho de 2006, no artigo "Nas origens da burrice ocidental",  ele disse:
... Um dos paradoxos inaugurais dos tempos modernos está na facilidade sonsa com que a parte pensante da Europa aceitou os dois princípios da mecânica newtoniana -- a eternidade do movimento e a lei de inércia -- sem parar por um instante sequer para notar que eram mutuamente contraditórios...
Após uma breve explicação do contrassenso do conceito de "estado presente", ele conclui: 
A contradição é tão flagrante, que chega a ser escandaloso que durante tantos séculos quase ninguém a tenha percebido, ou pelo menos assinalado expressamente...
O leitor fica com a clara impressão de que ele percebeu independentemente tal suposta contradição, já que não cita fontes. Há alguma referência a Eric Voegelin no artigo? Nenhuma, mas esse autor, bem conhecido do Olavo, já havia abordado a questão.  

10. Para não ser um idiota, o Olavo precisa admitir que as ONGs americanas agem em conluio com o Estado americano.

No True Outspeak de 17 de setembro de 2007, portanto ainda na época do Governo Bush, ele afirmou que as ONGs americanas atuando na Amazônia não eram promovidas pelos Estado americano, e que seus membros, na realidade, nem falavam inglês! Era como ele pretendia desvincular o governo americano dessa agenda. 

No entanto, nesse artigo, que estava no site da embaixada americana no Brasil então e que recuperei através da Wayback Machine, afirma-se que os Estados Unidos, através da USAID, estavam ajudando a implantar a Agenda 21 no Brasil. E, em 2005, portanto bem antes de Obama se tornar presidente, o então Embaixador dos Estados Unidos no Brasil elencava toda a participação do governo americano em ações de "proteção ambiental e desenvolvimento sustentável" na Amazônia brasileira.

11. Para não ser um idiota, o Olavo precisa deixar de acreditar que o Iraque de Saddam Hussein era uma potência militar.

Em "Fraqueza Suicida", de 2007,  em que o Olavo caprichou:
"A fraqueza atrai a agressão", dizia Donald Rumsfeld, cujo malogro político não deve fazer esquecer que foi o arquiteto da mais espetacular vitória militar dos tempos recentes, a ocupação em quinze dias de um país inimigo poderoso e bem armado,...
12. E, finalmente, para não ser um idiota, o Olavo precisa parar de acreditar nos astros.
Em 2006 houve os ataques do PCC em São Paulo. Na mesma época, o Mídia sem Máscara sofria uma grande crise, com brigas internas. Dos Estados Unidos, no dia 18 de maio, o Olavo enviou a seguinte mensagem, com cópia para vários colaboradores do site, entre os quais eu me encontrava:
Vocês têm de se conservar unidos, mesmo engolindo sapos, mas não é só para fazer um jornal e sim para SALVAR SUAS VIDAS. Nos meses vindouros, a situação exigirá de cada um extremos de auto-sacrificio solidário que, no momento, vocês talvez não consigam nem imaginar, mas que para mim, com o conjunto de informações de que disponho e que seria impossível resumir aqui (ou mesmo nos artigos que publico), estão claros como o dia. Quem não superar agora mesmo dissensões miúdas estará despreparado para os sofrimentos e desafios que sobrevirão inevitavelmente.  Vocês estão no meio de um furacão revolucionário disputando o direto à posse de um picolé. Dentro de semanas ou meses, talvez tenham de abrigar uns aos outros nas suas casas, isto se não forem todos fugitivos ou cadáveres. É esta a dimensão real da situação







segunda-feira, 18 de julho de 2016

Lições a se tirar do sucesso do UKIP



Muitos imbecis diriam (ao melhor estilo "Ambrósio..."):  que falta de chá...

O recente sucesso do UKIP vale não apenas pelo resultado do referendo, positivo para todos os que se colocam contra o avanço do rolo compressor das corporações e bancos globalistas, mas sobretudo pelas lições que podemos daí tirar. Sendo assim, resolvi seleccionar alguns pontos que muito poderão ajudar os que têm vontade de se empenhar na luta pela nossa sobrevivência (sim, é disso que se trata, ainda mais agora que vivemos há três anos numa situação geopolítica explosiva que spuera os perigos da Crise dos Mísseis em Cuba) a não desperdiçar suas forças com causas perdidas ou com clubes de fashionistas para os mais variados gostos.

1 – A liderança deve ser exercida por gente economicamente independente e capaz de empreender por conta própria, o que prova um conhecimento práctico da realidade material (quem sabe faz, quem não sabe ensina) e capacidade para enfrentar o risco de uma vida sem garantias, o que acaba por ser o destino de quem se empenha na luta contra a máquina. Burocratas e assalariados do sector privado são dependentes e, mesmo sabendo que há gente capaz, honesta e corajosa em situação de dependência económica, não vale a pena correr o risco, ainda mais quando o que está em jogo é tão importante. 

2 – O discurso pode se inspirar nas lições do passado, mas deve se adequar ao tempo presente. A liderança do UKIP, discorde-se ou não da sua orientação, soube desde sempre mostrar um conhecimento  profundo dos temas centrais para os seus objectivos, como a economia, tema que, apesar de não ser o mais importante, não deixa de ser fundamental, ainda mais quando vivemos em tempos de materialismo e precisamos conquistar grandes números. Nenhum movimento que se limite a ficar palas generalidades e declarações bombásticas, sem gente capaz de formular e defender propostas concretas nos vários aspectos da vida em sociedade e demonstrar como isso pode ser implementado, conseguirá quebrar o encanto exercido pela palavra dos “especialistas” dos media corporativos e ganhar a confiança do homem comum, que é menos tolo do que os nefelibatas que, infelizmente, predominam no mundo da política “anti-regime”. Duvidam que é esse o tipo predominante? Então perguntem por qual razão um regime visto pela maioria como putrefacto e irreformável, que trouxe Portugal a uma crise económica  tão intensa que ameaça fazer ruir todos os pilares da soberania, ainda por cima em tempos de paz, ainda sobrevive? É graças a isso e ao facto de existir uma “oposição domesticada”. 

domingo, 17 de julho de 2016

Tácticas demoníacas



Como o falecido exorcista  Pe.Malachi Martin bem disse no seu livro  “Hostage to the Devil”, a regra mais importante durante um exorcismo é  : “Jamais responder ao Diabo / Possuído”.  Essa regra é fundamental para se alcançar o sucesso contra o diabo ou pessoas inspiradas pelo mesmo.  O exorcista deverá ser como um delegado durão, insistindo na pergunta e jamais deixando o possuído comandar a situação. A mesma regra se aplica a mentirosos compulsivos, pessoas com distúrbios de identidade ou uma combinação qualquer disso tudo.
Visto o Sidi Muhammad / Olavinho estar a fugir de nós há 2 anos (em especial os vídeos realizados por Caio Rossi, antigo colaborador do Mídia Sem Máscara mostrando a natureza luciferiana do perenialismo), é importante expôr uma das técnicas mais utilizadas para fugir ao desmascaramento e repúdio público, como a que utilizou em seu perfil no Facebook:





Perceba, caro leitor, o procedimento que ele utiliza: primeiro, insulta aquele que o critica, com frequência apelando para alguma alcunha ou apelido irônico. Isso ajuda a desgastar a imagem do adversário ao mesmo tempo em que serve ao propósito de evitar responder ao crítico. Se a pessoa insistir na pergunta, então ele adopta uma segunda táctica, esperando uma pergunta diferente aparecer ( de algum aluno carente pela atenção de Sidi Muhammad) para fingir que a pergunta original nem mesmo está mais lá. Com o inconveniente mascarado, as mentes fracas se esquecem facilmente do que estava em causa e o assunto é desviado com sucesso.
Se insistirem na pergunta, o recurso é menos subtil: a solução é levarem logo um bloqueio.
E assim se enganam os “Creyssons” da vida...