sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Unidade Transcendente das Mitologias - Colaboração de Caio Rossi

É comum entre autores perenialistas, apesar de se dizerem contrários à mistura de formas tradicionais, a utilização de aspectos presentes somente em uma tradição para explicar uma outra, e desta para explicar a primeira ou uma terceira, de tal forma que, no final do processo, o que resulta é um retalho eclético contrariando o princípio originalmente anunciado.


Tive um flashback dessas leituras ao acompanhar a posição tomada por um conhecido meu, que é cristão ortodoxo, em um desses sites de perguntas e respostas, diante da recente discussão sobre o culto a Shakti (ver aqui). Resumidamente, ele diz não acreditar que o tantrismo seja uma forma de satanismo, apesar daquele, em suas palavras, “lidar também com forças demoníacas no sentido de ctônicas”, mas que isso não constitui, por si mesmo, evidência suficiente. 



quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Ou cristianismo, ou perenialismo



Há muitos anos, em resposta às solicitações frequentes dos que entravam em contato por mais informações, postei uma breve introdução ao perenialismo guenoniano em um blog que mantinha à época. Poucos anos depois, através do mesmo meio, fiz uma extensa crítica, dividida em diversas e longas postagens, a esse mesmo perenialismo. Além disso, questionei repetidamente essa “escola” em um grupo sobre o assunto no Facebook. Não obstante, ontem, em uma discussão nessa rede social, fui acusado de ser um “católico fanático”, assim como eu teria sido à época um “perenialista fanático”.

E o que motivou essa acusação? O fato de ter apontado, em comentários a um post no perfil de um cristão ortodoxo, que repassara o texto de um praticante do tantrismo, que o culto aos deuses hindus – e mais especificamente a Shakti e suas ditas “manifestações” – consiste, do ponto de vista cristão, em um culto a anjos caídos, e que não há nada que possa ser dito para mudar esse fato, sobretudo considerando-se a natureza sacrificial do culto a Kali-Shakti, conforme referido por ninguém menos que Frithjof Schuon, o homem que se dizia em contato direto com ela.

Meus comentários motivaram a intervenção do tântrico autor do texto, que me acusou de fanatismo, e o fez psicologizando a minha posição, ridicularizando o Cristianismo, mas jamais enfrentando a questão de frente. E, a propósito, ao agir assim, recebeu “like” do tal “cristão ortodoxo”.

O praticante tântrico, empenhando-se em desviar a atenção de suas crenças e práticas, decidiu centrar sobretudo na psicologização da questão: eu teria um problema, que consistiria em um medo tremendo causado por um ataque de magia negra promovido pelos perenialistas que venho denunciando. Para tanto, o psicólogo kundalínico em nenhum momento atentou para o fato de que, se eu estivesse tão horrorizado, jamais teria prosseguido com as críticas e nem estaria lá, apontando o aspecto satânico de suas crenças conforme o Cristianismo. E tampouco percebeu que o ataque de magia negra foi por consequência do que eu andava publicando, e, portanto, não poderia ser causa de minha posição.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Brincando ao Lobo Mau


O comportamento errático do elemento conhecido por Lobão e do seu guru, o astrólogo Olavo de Carvalho (Sidi Ibrahim Muhhamad), pode parecer fortuito quando limitamos a análise aos dois, porém, sabendo que estamos diante de duas criaturas previsíveis, tal comportamento errático, que se estende a toda a direitinha sionista,  é mais do que esperado por aqueles que mexem os cordelinhos mais acima (designados investidores daqui em diante), acostumados há gerações a aproveitar o potencial da escória da humanidade.  

Para os investidores, quanto mais desorientado e assustado estiver o público alvo, melhor, pois disso resulta uma maior frustração, factor essencial para se despoletar uma guerra civil. Em tal contexto, também é natural que o espírito de facção ganhe espaço pois só na segurança do grupo se encontra algo certo, algo que pareça escapar ao contingente. É algo sofisticado, sem dúvida, mas não poderia esperar menos dos investidores: basta olhar para a Ucrânia e para o Médio Oriente para saber ao que me refiro. E, ao contrário do que pensa a maioria, estou convicto de que o potencial de auto-destruição do Brasil não fica muito atrás do que encontrávamos nas regiões mencionadas antes das tais primaveras. Por altura da secessão do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, as melhores mentes brasileiras temiam a haitização da nação, e parece que o cenário que estão montando para o Brasil passará por algo análogo, e a semente lá está.