sexta-feira, 24 de abril de 2020

Incitação à Guerra Civil no Brasil: A confissão involuntária do crime por uma criminosa (Texto Fundamental)




Cenário perfeito para a acção de mercenários colombianos...


Em 2014, muito antes do impeachment, lancei um texto no site Geopolitika a respeito do que se passava no Brasil, focando no papel de Olavo de Carvalho no processo e conjecturando a respeito dos cenários futuros:


Desde então, descobri falhas e refinei as conclusões do texto, mas faço questão de o citar pois não sofreu nenhuma alteração (nem ao nível dos erros da tradução). Um exemplo de erro foi a relevância que dei ao Foro de São Paulo, que se revelou durante as primaveras sul-americanas nada mais do que um saco de gatos, nada mais que um fórum para discussões vazias entre idiotas.

Alertei para o perigo de uma “ucranização” do Brasil, ou seja, para o risco de uma guerra civil fratricida, entre outras coisas. Olavo de Carvalho, na altura, se defendeu afirmando que tudo isso era fantasia, usando a técnica de inflar o que disse o adversário para dar um ar absurdo ao conteúdo para os que não tiveram o cuidado de ler o texto original, ou seja, a maioria. Era difícil para o homem comum aceitar tal hipótese, mas hoje, passados seis anos, só um mentecapto não enxerga o perigo.

É com isso em mente que devemos reflectir sobre as iniciativas recentes do personagem que se esconde sob o nome de guerra Sara Winter. Recentemente, no Twitter, escreveu mais do que deveria, confessando algo da maior gravidade, e foi prontamente apoiada em público por Olavo de Carvalho, que hoje responde ao Departamento de Estado americano e por sua vez teve “formação política” com o que chamamos aqui de "conexão romena", toda ela ligada directamente a George Soros, o espantalho olaviano que, "por acaso", foi um dos mentores do Euromaidan!


O tal Soros, que na Ucrânia promoveu um golpe de estado por grupos neo-nazistas, no Brasil se dá ao luxo de apoiar ao mesmo tempo a esquerda mais radical, como a confissão do editor do Mídia Ninja provou, como a direita que depois aproveitou a escalada da tensão para despoletar o processo do impeachment, como prova um artigo que nós, aqui no Prometheo, fomos os primeiros a evidenciar através de uma nota na coluna social que deveria ter passado despercebida:


 


Sobre a declaração de Sara Winter, penso que não preciso dizer muito para que qualquer pessoa com capacidade para contar sem usar os dedos desvende o significado. Em primeiro lugar, hoje, ao contrário de 2013 ou mesmo 2014, já não paira nenhuma dúvida a respeito do que significa “ucranizar”. A evolução da Ucrânia desde o Euromaidan até 2020 não deixa margem para dúvidas*. Se não for isso, e estiver enganado, se tratando assim a ucranização de algo positivo, então sugiro aos bolsonaristas que emigrem para Kiev ao invés de buscarem refúgio para a crise económica e política que ajudaram a promover no Brasil em Miami ou, para meu desgosto, Lisboa.  

Mas a agitadora Sara Winter foi ainda mais longe. Não satisfeita em clamar pela ucranização do Brasil, ele admite que foi treinada lá (sem dizer que isso foi no tempo das Femen). Para quê? Para ucranizar, ou seja, treinada para promover ações cujo objectivo é levar uma nação à guerra civil e à partilha do território!

E como ela propõe iniciar a nova fase do processo de ucranização? Com uma manifestação em Brasília cujo cartaz não deixa dúvidas a respeito da intenção por detrás do evento, invocando o imaginário do filme “300”. Para quem não conhece o simbolismo por detrás do filme nas fileiras olavo-bolsonaristas, sugiro que ouçam com atenção este vídeo a partir de 6 min 40s:





Mesmo que houvesse dúvidas a respeito dos métodos e intenções dessa escumalha, as ordens dadas pelos capitães do Olavo-bolsonarismo deixam bem claro qual é o objectivo desses criminosos:






Quem acompanhada o Prometheo Liberto não está surpreso, ou melhor, deve estar surpreso com a precisão das nossas piores previsões. Sim, digo piores previsões pois dentre os cenários que descortinamos, é o pior que está em curso no momento. Ainda antes do fim das eleições, advertimos sobre o que poderia vir:



Infelizmente, o tempo nos deu razão.

O círculo se fechou e os mesmos que antes nos acusavam de mentir sobre as suas reais intenções (ou de exagerar sobre o que era o perigo Olavo-bolsonarista), agora promovem sem pudor o que afirmamos que fariam.

E hoje, para reforçar a nossa convicção, Sérgio Moro, o empregadinho do Departamento de Estado americano, pediu demissão e já começou a campanha de exposição que levará ao impeachment de Bolsonaro. Ou seja, o Departamento de Estado americano deu o seu consentimento para a queda de Bolsonaro. Qual a intenção disso?  Conhecendo o Modus Operandi dos gringos, Washington tratará de, por um lado, reforçar o olavismo, que investirá na narrativa de que houve um golpe comunista, e do outro promoverá, por meios indirectos, o lulo-petismo.

Fiquem de olho na tal manifestação convocada pela agitadora Sara Winter.  Pode vir a ser a ocasião ideal para um false flag que poderá ser o estopim de uma escalada irreversível rumo à guerra civil. Portanto, peço por uma última vez que abram os olhos. A existência de uma nação que começou a ser construída há 522 está nas vossas mãos. Se os senhores falharem, não haverá uma segunda chance. 

Por fim, faço questão de pedir que leiam todos os posts que temos vindo a escrever desde, pelo menos, 2018. Podem nos pôr à prova e até vos faço um desafio: comparem o acerto das nossas previsões com o de qualquer outro meio de comunicação. Posso vos garantir que ninguém acertou mais que do que nós!

*Ucranizar: Verbo. Promover false flags sangrentos, destruir todas as instituições, elevar máfias ao poder, instrumentalizar a retórica nacionalista em prol de interesses estrangeiros, submeter uma nação à guerra civil, preparar um país para a partilha entre os grandes tubarões da cena internacional.

P.S: Diante da urgência da situação, não fiz a correcção do texto, portanto, não hesitem em apontar os erros de português.