quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Olavo, Soros e a Conexão Romena




A importância de Olavo de Carvalho no ressurgimento da direita brasileira foi destacada pela BBC. O artigo, a partir de uma perspectiva esquerdista, critica frivolidades e lança farpas ligeiras, mas omite os pontos cruciais, entre eles a sua ligação a interesses globalistas interessados na desestabilização do Brasil que apostam no surgimento de uma direita anti-comunista nos moldes romenos, repetindo de certa forma o que foi aplicado na Ucrânia. Nada diverso se poderia esperar da BBC. 

Observando atentamente os padrões de ingerência a que nos acostumamos desde a fragmentação da Jugoslávia, com ênfase para os anos passados desde o início das primaveras, é impossível não reconhecer o papel precursor de Olavo de Carvalho na formação da onda direitista brasileira, elemento essencial para que o actual processo de desestabilização do Brasil avançasse. No fundo, Olavo foi e é o quebra-gelo dessa nova direita. Durante anos, a sós, denunciou o Foro de São Paulo e até foi marginalizado pela direita com espaço nos media corporativos, mas esta, aos poucos, diante da mudança das circunstâncias, por acção dos grandes poderes internacionais (por intermédio da elite compradora local), e da quebra de certos tabus no debate político (aqui entra a acção de Olavo de Carvalho nas redes sociais), começou a adoptar as partes do discurso olaviano que o grande público estava pronto para digerir.  De figura relativamente marginal, chegou ao ponto de conseguir um emprego para um dos seus catamitas e hagiográfos na revista Veja às vésperas do momento mais intenso da campanha que levou ao impeachment de Dilma Roussef. 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Brasil Paralelo: A dor de cabeça de Joyce Hasselman e o “gato de Olavo de Carvalho”

 
No Brasil Paralelo, gato é "ersatz" de aspirina.


Soube que a jornalista Joyce Hasselman se encontra escondida, supostamente por causa de ameaças virtuais. Resumindo, uma tremenda dor de cabeça. De acordo com ela, as ameaças foram enviadas através da deep web e não podem ser traçadas. Verdadeiro ou não, e temos de levar isso em conta pois Joyce tem Olavo de Carvalho, especialista em golpes publicitários, por mestre, o episódio lhe deu a oportunidade de posar de heroína ao melhor estilo Hollywood, chamando atenção para si ao mesmo tempo.


Como não quero cometer uma injustiça, aceitarei a hipótese do episódio ser verdadeiro e deixarei aqui uma receita para curar dor de cabeça daquele que é, segundo o “jurista” Ives Gandra, o “professor de todos nós” (acredito que deve ser mesmo o mestre do membro do opus dei Ives Gandra, afinal, só isso explica o indigerível “pontos em comuns” proferido aos 10 segundos). Joyce, aprenda uma receita infalível com o “professor de todos nós”, ensinada no seu Curso de Alquimia, curso ministrado em 96 cujo conteúdo completo está em nossa posse, usando um gato:



Por ex.: gato cura dor de cabeça! Como faz? Você olha o gato colocando o olho nele de tal maneira contra a luz de modo que você veja o fundo (que parece uma lua). A hora que a luz bater lá e você olhar, a dor de cabeça pára. E o gato dorme quinze horas seguidas. Isto é magia. A definição de magia é você operar defeitos físicos através de imagens, através do olhar. Existem remédios para isso por via cutânea, sublingual, anal etc..






P.S: Caro, se depois de ter sido enganado pela esquerda você foi enganado por essa direita do tal Brasil Paralelo, lamento informar, mas você padece de retardamento. 


domingo, 20 de novembro de 2016

Trump: Falta muito para merecer um busto em mármore, a começar pelo cabelo.



Comemorei a derrota de Hillary Clinton, mas não me sinto confiante com Trump na Casa Branca. O mais positivo, por enquanto, foi ver o poder da imprensa globalista exposto e derrotado, e constatar que a maioria silenciosa começa a perder o medo da patrulha mediática. Infelizmente, mais do que nunca, é preciso um estadista capaz de guiar a nação americana numa fase em que tem basicamente duas opções: dissolver a própria soberania para criar uma ordem mundial estável onde a influência das elites que actualmente mandam em Washington esteja assegurada a longo prazo, o que só poderá ser conseguido mediante a absorção nessa ordem, em paz ou guerra, de nações como a Rússia e a China, ou voltar gradualmente ao "semi-isolacionismo" que caracterizou a política externa americana desde a fundação até a Segunda Guerra Mundial. 

A segunda opção, da perspectiva do mundo, é a menos nociva. Considerando que o abandono imediato dos países sob protecção americana causaria tanta instabilidade quanto o prosseguimento dos actuais objectivos, com os actuais métodos, seria preciso se alcançar um consenso em que certos interesses americanos vitais fossem assegurados e um novo equilíbrio de poder, com todo o tempo que isso demanda, emergisse lentamente em áreas como o Extremo Oriente, a Europa e o Médio Oriente. Num tal quadro, em que seria necessária uma reconversão da própria economia doméstica, é de se esperar que o poder americano compensasse nas Américas o que viesse a perder no resto do mundo. A própria segurança militar americana, levando em conta que nações como a China irão adquirir capacidade expedicionária e dependerão de um crescente afluxo de matérias-primas,  obriga a isso. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Os demónios libertados por Olavo de Carvalho e o Império do Comunismo Nascente



Para olavistas, esta é a bandeira do Brasil comunista do Camarada Temer.


Os últimos dias foram pródigos em notícias que apontam para a exactidão do que há muito denunciamos aqui, ou seja, a acção do agente provocador Olavo de Carvalho.
Há poucos dias, um pai assassinou o próprio filho, um jovem anarquista, por razões ideológicas. A seguir, ao ver o filho morto e ser confrontado pela realidade, resgatando a lucidez após um transe ideológico, se matou:


Quem libertou este demónio? Todos sabemos. Foi Olavo de Carvalho. O mesmo Olavo de Carvalho que criou em torno de Jair Bolsonaro, até há poucos anos um político marginal, quase "folclórico", uma aura de respeitabilidade, usando da sua falsa credencial de intelectual para dar sustento ao que, em verdade, não passa de um oportunista boçal. Jair Bolsonaro, contente com o crescimento do seu carisma e do mito em torno de si, encarna com crescente intensidade o ideal político olaviano. Pouco depois de recebermos a notícia do assassinato do estudante anarquista pelo próprio pai, uma página de divulgação de propaganda pró Jair Bolsonaro, na rede social facebook, promoveu o vídeo abaixo como exemplo a ser seguido pela população, mas foi logo censurada:

Quem libertou este demónio? Todos sabemos. Foi Olavo de Carvalho. Mas ainda há mais demónios. Enquanto isso, em Brasília, um grupo de alucinados ligados a Olavo de Carvalho invadiu a Câmara dos Deputados, interrompendo a sessão em meio a agressões, destruição de património público e manifestações esclarecedoras, entre elas a de um manifestante que defendia claramente uma “solução ucraniana” para o Brasil, como preconizava e preconiza, o ideólogo do poder na rua, o bruxo da Virgínia:


Enfim, mais demónios libertados pelo bruxo da Virgínia. E para que ninguém tenha dúvidas a respeito da profundidade das reflexões que levaram essa gente a apoiar as soluções radicais preconizadas pelo bruxo da Virgínia, e da qualidade do “ensino olaviano”, da qual já demos fartas provas, recomendo que assistam ao vídeo que se segue, em que uma “olavete” dos quatro costados, amiga de outra louca famosa por suas "intervenções políticas", mostra o seu horror diante da “nova bandeira comunista do Brasil”:

Manifestante confunde painel em homenagem ao Japão com bandeira comunista

Infelizmente, não dá para rir. O olavismo faz vítimas e pode causar ainda mais estragos. Se a desestabilização do Brasil for levada adiante, o olavismo mostrará todo o seu potencial destructivo: os meios usados por essa gente enlouquecida não deixam dúvidas a respeito do alto preço em sangue que o país pagará se os demónios libertados pelo bruxo da Virgínia não forem exorcizados de uma vez por todas, custe o que custar!   

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Jornalistas: Os grandes derrotados nas eleições americanas

Se não estivessem implicados numa campanha que visa nos levar para uma guerra e a nos submeter a uma ditadura,
 seriam apenas moleques. Sendo o que são, para além de moleques, são criminosos cuja actividade deve ser investigada. 



Há muito deixei de recorrer à imprensa oficial. Nos dias que correm, basta ler os títulos das "notícias" para saber o que os senhores do mundo desejam lançar e manter na pauta de discussões de modo a fazer passar certas decisões políticas por naturais, como que nascidas de um debate espontâneo surgido no seio da tal sociedade. Nada mais ilusório do que essa imagem. Com os meios disponíveis aos grandes, desde jornais, passando por rádios e chegando às televisões, ainda mais em tempos em que famílias comem à mesa em silêncio, ouvindo as mentiras emitidas pelo cartel da informação, só um ingénuo pode acreditar que a pauta de "debates" públicos é influenciada pelo homem comum.

Hoje quebrei a regra e li as opiniões de algumas nulidades nacionais só para ver até onde chegariam no encobrimento da realidade que o resultado final das eleições americanas revelou ao mundo: eles mentiram conscientemente de forma a influenciar os rumos da eleição e encobrir uma fraude gigantesca! Sim, mentiram de forma consciente e criminosa. Se não acreditarmos em tal hipótese, então devemos concluir que não passam de completos idiotas, afinal, como poderia se definir de outra maneira uma classe que apesar de possuir todo o tempo do mundo, de dispor de meios de investigação que pessoas como eu não têm, de ganhar generosos salários e de ter contactos com pessoas bem informadas não esteve à altura de algo tão simples, ou seja, descrever um processo eleitoral nos EUA e deixar claro o que estava em jogo? E, para piorar, lembrem que essa classe proclamou que Hillary venceria quando toda a gente responsável admitia que o resultado dessas eleições era imprevisível!  Não esqueçam que são os mesmos que previram, há poucos meses, o apocalipse depois do Brexit...


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Objectivos do grande jogo

Estranho, sim, mas não improvável. 


O que se passa hoje faz sentido quando interpretado à luz das propostas de reorganização do mundo surgidas após a desintegração da União Soviética, ainda que os desenvolvimentos recentes não previstos tenham uma importância fundamental, mais reforçando do que alterando o rumo das coisas. As constantes revelações a respeito do lado sombrio dos Clinton, por exemplo, são apenas a ponta do iceberg. Se a trama for investigada até ao fim, o que pode muito bem acontecer numa presidência Trump, a estrutura de poder do mundo será exposta e a actual elite, ou pelo menos uma parte significativa dela, terá os dias contados. 

Os sinais em torno de Trump são pouco claros, mas aceito como provável a hipótese de que a sua eleição realmente representará uma ruptura na América, ainda que seja por mera ambição pessoal. Trump terá sérias limitações e enfrentará uma onde de oposição inédita na história americana e ele, verde em questões internacionais, pode bem ser colocado numa armadilha. Os senhores do mundo, ainda que percam a América, podem causar problemas dos mais variados e complexos em qualquer parte do mundo, sabem que as multidões são previsíveis e têm o poder sobre os media corporativos...

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Algumas palavras sobre o futuro do blogue Prometheo Liberto



Devido a circunstâncias que não cabe aqui expor, o Prometheo Liberto deixou de contar com o privilégio da colaboração de Jorge Velasco e Caio Rossi. Fico agradecido pela participação dos dois e lamento que tenham saído, mas aqui continuarei e futuramente não excluo a hipótese de convidar pessoas com perspectivas semelhantes para colaborar. Mas o projecto deve ser redefinido pois os últimos anos foram intensos em descobertas e o mundo mudou bastante, ou melhor, continua a mesma porcaria, mas se aproximou como nunca antes de uma guerra cujas consequências, em virtude da tecnologia, pode levar toda a civilização ao colapso. 

No meio dessa tempestade, ainda por cima, várias das convicções que possuía quando do início do projecto caíram por terra graças ao avanço do meu conhecimento histórico, fertilizado sobretudo pelo diálogo constante com o Caio Rossi e com o Jorge Velasco, dupla cujas descobertas me obrigaram a rever vários pontos obscuros da história do Ocidente que antes, por não possuir o conhecimento deles na área da religião, me pareciam  pouco importantes, quando em verdade eram fundamentais. Enfim, passei a enxergar a história do que chamamos de Ocidente, após a queda do poder romano à poente, com outras cores e isso reforçou o meu afastamento do grupo político ao qual estava ligado no princípio do blogue Prometheo, facto que se tornou público há poucos meses. Fico a dever um texto de esclarecimento a respeito das minhas posições e das minhas opções políticas no actual momento para que ninguém fique com dúvidas a respeito de quem sou.

E assim continuarei em frente, mesmo sem saber direito como e para onde. A única coisa da qual estou´convicto é que hay que seguir adelante!

domingo, 23 de outubro de 2016

Adeus e boa sorte.

Caros amigos, foi muito boa a caminhada até este ponto. Não pretendo apresentar os motivos da minha decisão, não pretendo que entendam a mesma, pretendo apenas que respeitem.

Obrigado, Jorge Velasco.

sábado, 22 de outubro de 2016

O caso Lusvarghi chega à Globo: um possível golpe contra a dissidência pode estar em curso no Brasil.




Se nada for feito, amanhã virão atrás de todos nós. 



Fui avisado a respeito da intenção da Globo, por meio do programa Fantástico, um dos campeões de audiência no Brasil, transmitir uma reportagem a respeito do caso Lusvarghi durante a noite de Domingo. Espero que os jornalistas responsáveis  exprimam a verdade ao invés de se inspirarem no exemplo de alguns colegas, que já se apressaram em comprar o pretexto da Junta de Kiev para sequestrar Rafael Lusvarghi acusando-o de terrorismo. Tenho as minhas dúvidas pois a Globo faz parte do pool de redes televisivas a serviço da política externa americana, rede que deu suporte propagandístico à recente onda de prisões, sob a mesma acusação de terrorismo, de dezenas de veteranos da guerra contra a junta que tomou o governo em Kiev. A intenção é clara. Ao criminalizarem voluntários que combateram como soldados nas fileiras dos que se opuseram a Kiev, se pode avançar para a criminalização de toda a dissidência europeia, deixando no seu lugar apenas movimentos radicais alinhados com o atlantismo que podem facilmente ser usados para criar, junto à acção dos islamistas introduzidos na Europa, um situação que justifique o estado de excepção (já escrevi sobre isso). 

É possível que o mesmo se passe no Brasil. A tibieza do actual governo brasileiro levanta suspeitas. Em circunstâncias normais, Brasília usaria todos os recursos necessários para protestar contra o sequestro de Lusvarghi, ainda mais por este ter sido atraído para a armadilha ainda em território brasileiro, e exigiria a libertação imediata do mesmo pois ele não é, sob qualquer interpretação que se possa dar à palavra, um terrorista.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Criando a alta cultura, não é ?





Writing is the best way to talk without being interrupted.
Tradução: Escrever é o melhor meio para falar sem ser interrompido.
(Jules Renard)


Como Jules Renard afirmou, a arte de escrever é um meio para falar sem interrupções. Com isto em mente, vamos tentar imaginar um escritor. Sei que muitos irão imaginar uma pessoa elegante, não é ? Alguns imaginarão um indivíduo imponente, capaz de transformar a caneta numa espada, não é ? Alguns o imaginarão com uma voz forte (a famosa voz do narrador que criamos em nossa mente ao ler um bom livro), não é ? Mas, sem excepção, creio que todos imaginarão uma pessoa com um discurso articulado  e nada repetitivo, não é ?
Agora vos apresento uma pessoa bem especial, um homem que se propôs a formar a nova geração de escritores que irão formar a “Alta Cultura” brasileira: Rodrigo “Não é” Gurgel, o homem que termina todas as frases em “Não é” e dá cursos sobre escrita.


                      

Se forem mais resistentes que eu, tentem contar o número de vezes que o “crítico literário” Rodrigo Gurgel diz “não é”. 

P.S: Eu tentei, mas perdi a conta poucos minutos depois do início do vídeo.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A Ditadura de Putin: o falso ícone de Olavo de Carvalho

Rússia: uma ditadura tão terrível que até nerds
ligados à agenda atlantista vão para lá e divulgam vídeos da estadia... 




Durante a mais recente reunião dos "BRICS" em Goa, evento que se destacou pelo isolamento de Temer, a Rádio VOX, instrumento de propaganda ao serviço de Olavo de Carvalho, que provamos, com factos materiais, não passar de um promotor da "propaganda à direita" de George Soros (que ele crítica publicamente com o cuidado de expor apenas a "propaganda à esquerda" do mesmo), tal e qual, em sentido inverso, os esquerdistas financiados pelo infame especulador (um exemplo é o Mídia Ninja, aqui denunciado por Rodrigo Constantino, que critica tal associação mas se cala perante o facto de Olavo de Carvalho trabalhar para o mesmo actor, tendo inclusivamente confirmado presença na última farsa olaviana), publicou mais uma peça de ficção:


O título é risível. Só um palerma desinformado acredita que Putin é um "eurasianista" ou "duguinista, quando a sua trajectória prova que se trata de um estadista paciente e pragmático que, como qualquer russo patriota, defende uma agenda que em alguns pontos coincide com a agenda defendida pelos grupos próximos ao professor Dugin, que é ouvido pelo Kremlin com a mesma atenção que outros intelectuais e personalidades que contam na Rússia o são. Fosse Dugin o "cérebro" por detrás de Putin, ficaria difícil explicar como alguém numa posição tão importante foi ao Brasil em condições para lá de modestas e há poucos meses quase perdeu a cátedra na universidade por pressão política. Mas, como todos sabemos, as presas de Olavo de Carvalho não prestam atenção aos detalhes e, mesmo se prestassem, seriam incapazes de ligar os pontos. 



O artigo da rádio Vox começa com um "O ditador russo Vladimir Putin...",  repetindo o mantra de que Putin é um agente do KGB, e de que a sua estrutura continua intacta, controla a Rússia e persegue os mesmos objectivos. Porém, apesar de Putin, segundo Olavo (assim como Obama e Hillary), ser um ditador genocida que manda executar centenas de opositores, orquestra todo o terrorismo a nível global e está disposto a lançar o mundo numa guerra sem precedentes para implantar o comunismo a nível global, e de ter ficado claramente chateado com a mudança política que ocorreu no Brasil, como demonstra a sua postura na reunião de Goa, a dupla responsável pela angiografia em película de Olavo de Carvalho, que há mais de um ano está para ser lançada, está neste exacto momento na Rússia de Putin, às claras:


Incrível que os responsáveis por uma obra de propaganda pró-Olavo, cavalheiro que afirma ter exposto e destroçado o professor Alexander Dugin, o cérebro por detrás do "ditador Vladimir Putin", num debate há quatro anos, a ponto de afirmar que se tornou num alvo de vingança, tenham ido à Rússia para lá ficarem por um tempo considerável! Como se pode ver na filmagem, feita logo a seguir à chegada, os rapazes estão contentes e nem sequer se queixam de uma simples má recepção no aeroporto. Mais estranho, se levarmos a sério o que afirma Olavo de Carvalho, é o facto de não haver nenhum comissário do "KGB" no apartamento, imóvel escolhido pelos próprios rapazes ao invés de ser atribuído, como é habitual numa ditadura como a que Olavo afirma existir na Rússia, e deles se sentirem seguros o suficiente para lá ficarem por tanto tempo, o que demonstra que não temem retaliações de agentes do governo russo ou, mais significativo ainda, de populares influenciados pela propaganda estatal russa.

E razões para isso, temos de admitir, não faltariam, e nem sequer me refiro à promoção cinematográfica de Olavo de Carvalho ou à rixa com Alexander Dugin, mesmo aceitando que o que afirma Olavo a respeito da ameaça que paira sobre a sua cabeça é real (não é). Há dias, quando escrevi a respeito do que fizeram ao cidadão brasileiro Rafael Lusvarghi, classificado como terrorista por ter lutado como soldado numa guerra, várias olavettes sob influência dos ensinamentos do seu guru, que defendia uma solução ucraniana para o Brasil durante as manifestações que precederam o impeachment, escreveram para cá ofendendo Rafael Lusvarghi, e alguns fanáticos pediam mesmo para que ele fosse torturado, executado e lançado para uma vala comum (fizeram o mesmo na nossa página do facebook). E por falar na guerra da Ucrânia e em terrorismo, há poucos dias um herói das forças da Novarússia, o comandante Motorola, foi morto numa acção que pode ser descrita, sem injustiça, como terrorista, por agentes do governo nazi de Kiev (apoiado por Olavo e pelos seus seguidores, como seria de esperar de um agente de George Soros),  onde foi usada uma bomba no elevador de um edifício residencial. Por coincidência, recebemos avisos de olavettes de que fomos denunciados pelos mesmos e estamos a ser vigiados por agentes dos serviços secretos ucranianos...

Apesar disso tudo, os paus mandados do Olavo se sentiram confiantes o suficiente para pisar em solo russo e nem sequer temem a possibilidade de levarem uma surra por promoverem uma acção de propaganda que, segundo as ameaças da turba incitada por Olavo de Carvalho, já os colocou em contacto com células terroristas do governo golpista de Kiev. Esta é a terrível e perigosa ditadura de Putin...