O verdadeiro dom de Sidi

Quando a populaça souber das actividades secretas do guru,

 ele vai experimentar a receita que recomenda aos ladrões de galinha.

Recentemente, em reacção a um ataque histérico de Olavo de Carvalho contra o Arcebispo de São Paulo, o Dr. Rodrigo Pedroso, num canal ligado à Igreja, expôs brilhantemente a incoerência do discurso olaviano e, mais importante, tocou no assunto que todos evitam: o envolvimento de Olavo de Carvalho, o maçom iniciado na Roménia, sionista e guru perenialista, com a astrologia, facto que há mais de um ano revelamos e que, apesar da importância em si pois desmascara mais uma mentira olaviana, é relativamente inócuo em relação ao todo.

De acordo com o Cagliostro de Campinas, o envolvimento com a astrologia não passou de uma fase de estudo cujo intuito era uma melhor compreensão da simbologia medieval, porém, a verdade é que ele não apenas foi astrólogo, chegando a ser um dos fundadores da escola Júpiter e escrevendo para a revista Planeta, como até hoje practica e promove a astrologia através do filho mais velho já que não pode dar mais nas vistas depois da falsa conversão ao catolicismo, tarefa na qual recebeu uma mão do seu grande e fiel amigo, o Padre Paulo Ricardo, o cavalheiro que passou um ano misterioso em Indiana (onde, por coincidência, ficava a famosa casa onde vivia Frithjof Schuon) antes de entrar para o Seminário. Basta procurar pelos famosos vídeos do Gugu, recomendado como mestre em religiões comparadas não apenas pelo guru campineiro, mas até pelo “padre” perenialista Paulo Ricardo, que garantiu que não hesitaria em pôr os seus sobrinhos sob a guarda do clã de bruxos, para tirar quaisquer dúvidas a respeito da continuidade de tal práctica.

 A trajectória aparentemente irregular da vida de Olavo de Carvalho, que desde os tempos em que era o encarregado da tarefa de destruir reputações no Partido Comunista, encobre o facto de que age de acordo com um padrão. A sua capacidade de mentir e não ruborescer quando apanhado em contradicções, desviando a atenção do interlocutor com a habilidade de uma prestidigitador, é impressionante, mas não funciona contra quem o compreendeu. Basicamente, se trata do velho “acuse-os do que você faz”, que ele denuncia tão bem nos espantalhos da esquerda. Tal técnica, para além de restringir o adversário à defensiva, garantindo a iniciativa ao charlatão que a usa, tem outra vantagem da qual o Sr. Olavo não fala em público pois assim se exporia: torna inverossímil aos ingénuos qualquer acusação semelhante às que o charlatão fez em primeiro lugar, protegendo-o contra a verdade. Penso que basta recorrermos às memórias da infância para perceber como a técnica funciona e é eficaz. 

Me tornei ciente desse padrão antes de saber que Olavo de Carvalho é um bruxo. Mais precisamente, se pode descrevê-lo como um charlatão que se envolveu com algo muito superior e que, graças à sua pouca inteligência, pudemos identificar e expor: a gradual criação de uma espécie de religião global a partir do movimento perenialista, cujo objectivo é introduzir gente iniciada nos seus mistérios nas grandes religiões com o intuito de as reorganizar. Ao contrário do que o senso-comum compreende por religião global, a verdadeira religião global é um culto unificado apenas nas camadas superiores, acessível apenas a uns poucos eleitos, mantendo por fora uma aparência de religião tradicional, mas com elementos de corrupção introduzidos discretamente, de forma a poderem ser lidos apenas pelos cúmplices. 

Ciente de tal facto, é possível descobrir pistas importantes a respeito de Olavo de Carvalho a partir das próprias acusações que o mesmo fez e faz aos desafectos, afinal, mesmo quando suas acusações são verdadeiras, elas fornecem pistas a respeito do que ele esconde do grande público. Agora voltemos a um certo passado que Olavo de Carvalho esconde a todo o custo, afinal, pode abrir os olhos para o que se passa no presente e ele esconde de todos (leiam na página e jornal abaixo: "Tradição, a seita que extorque em dólares, agora caso de polícia" e "Homossexualidade e aborto"):

Depois de uma experiência tão terrificante, se fosse assim tão traumática para Olavo de Carvalho e para a sua futura esposa (então o Pe. Paulo Ricardo celebrou ou não o casamento?), o que se deveria esperar de uma pessoa normal a não ser o afastamento de tais meios tão mal frequentados? Mas, como sabemos, depois do envolvimento com Idries Shah, Olavo de Carvalho, assim como Roxane, se envolveram com Frithjof Schuon e Martin Lings. Por mera coincidência, acusações de abortos induzidos, prácticas sexuais pouco ortodoxas ritualizadas e até mesmo de pedofilia levaram Frithjof Schuon aos tribunais e ao isolamento nos últimos anos de vida, e a carta de Marting Lings a Olavo de Carvalho (ou melhor, Sidi Muhammad Ibrahim), mostra que o Olavo de Carvalho continuou pelo mesmo caminho. Portanto, as acusações que fez a Idries Shah, que acredito serem verdadeiras, não foram a motivação principal para o seu rompimento com ele, ainda mais quando sabemos, com provas escritas, a que tipo de prácticas Olavo de Carvalho se submeteu nessa fase da sua vida:

Sexo, Sufismo e Mentiras: Quando Olavo é Traído por Sidi

Não contente, depois de tudo isso, Olavo de Carvalho abriu um curso de filosofia em São Paulo, do qual obtivemos a cópia de uma acta que esclarece bem a natureza dos ensinamentos do cavalheiro:

Acta de fundação do curso de filosofia do astrólogo em São Paulo: mais uma prova de formação de seita que Sidi Muhammad/Olavo de Carvalho não irá refutar

O que é isso a não ser uma seita? E coisas estranhas continuam a acontecer em torno do clã Carvalho, como no famoso e recente caso do Instituto Olavo de Carvalho em Curitiba, onde trocas de casais e confusões rocambolescas eram regra e um exorcismo foi necessário. Para se defender de qualquer possibilidade de ser exposto, na altura em que isso se passou, o bruxo alegou que o seu curso havia sido infiltrado por uma tariqa. Desculpa esfarrapada, afinal, toda a equipa que estava à frente do IOdeC em Curitiba continua trabalhando para o clã Olavo, agora na Rádio Vox, no Instituto Landmark, no COF e no Instituto Lux et Sapientia, do qual já expusemos uma aula bastante interessante aqui no blogue, e o fructo mais maduro da educação olaviana, Gugu, o ronaldinho do clã Carvalho, chega a ser ainda mais descarado em relação ao que faz quando as câmaras não estão por perto:

77 notas sobre a "aulinha" de Sidi Ahmad, o "Gugu"

Por coincidência, pouco antes de tais evento,s ocorreu a famosa exposição do gnosticismo da “filosofia” promovida por Olavo de Carvalho pelo professor Orlando Fedeli, interrompida apenas pelo inesperado falecimento do último.

O Sr. Olavo e o seu clã vão cair, não mais apenas pela acção do que querem que a verdade seja exposta e as actividades do clã Carvalho sejam investigadas, mas sobretudo porque certos meios devem estar incomodados com o facto de um imbecil colocar em risco um plano magnífico, ainda que maligno. Os sinais de que começa a se formar um cordão de isolamento em torno da figura do Sr. Carvalho, e que o mesmo está a caminho de ser persona non grata em muitos dos círculos que até agora o promoveram (Veja, Opus Dei, ...), indicam que o processo já vai em fase avançada. Portanto, a partir de agora será preciso atenção redobrada a todos os que passarem a atacar Olavo de Carvalho. É mais do que certo que muitos que até agora se calaram o atacarão, a não ser que algo imprevisto aconteça e dê sobrevida ao guru.

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