quinta-feira, 30 de outubro de 2014

NATO: um pacto suicida

Não há semana em  que não haja uma novidade russa no sector militar. 
Diante das possibilidades futuras, não vejo melhor opção para Portugal do que sair da União Europeia 
e da NATO, aproveitando a neutralidade de maneira inteligente, de modo a melhorar a posição 
portuguesa nas negociações internacionais.
Quanto à União Europeia, que tantos acreditam ser o nosso oxigénio, lembro que uma outra nação
 considerada marginal se tivermos em conta um continente unificado em torno de Bruxelas, 
a Noruega, se encontra numa posição invejável do ponto de vista económico e social, e o seu povo 
quer distância de Bruxelas, e a Suíça desmente aqueles que afirmam que precisamos da NATO 
para nos defender. Talvez a Suíça constitua a única nação europeia, se excluirmos a Rússia, 
capaz de se defender numa guerra a valer, e isso num quadro de neutralidade que só a favorece no 
actual contexto de provocação constante contra a Rússia.
Caças portugueses interceptam aviões russos em espaço aéreo luso

A provocação contra a Rússia, protagonizada pela União Europeia e pela NATO, faz de nós um dos alvos da Rússia e da China num iminente conflicto militar, e a nossa posição nos coloca entre os alvos prioritários. É nisso que devemos pensar quando recebemos certas visitas, ou melhor, avisos:

Alguns dirão que isso constituiria uma traição ao Reino Unido, nosso mais antigo aliado, e aos EUA, que mais não practica do que uma continuação da política do Império Britânico, porém, aqui vale a pena lembrar que essas potencias, que dão as cartas na Aliança Atlântica, sempre colocaram à mesa opções como a abandono de Portugal à Espanha, entre outras, quando isso parecia ser favorável aos seus interesses, e só nos ajudaram quando o seu interesse foi directamente afectado. Já o mesmo não pode ser dicto de nós, portanto, estamos aqui perante falsos aliados, afinal, não compartilhamos os mesmos valores. 

É assim que tem sido há muito, e só piorou desde que entramos para a tal aliança. Nos expusemos à agressão soviética e em troca "nossos aliados" tomaram a iniciativa de começar os movimentos de separação da África Portuguesa, isso depois de sinalizarem à Índia que estava autorizada a tomar a Índia Portuguesa à força, se antecipando ao perigo vermelho que nos impeliu para essa maldita aliança. Não satisfeitos com a amputação de Portugal, promoveram uma revolução que não apenas destruiu a nossa independência económica, mas nos colocou à mercê do maior perigo já enfrentado pelo velho continente desde Napoleão, ou seja, a União Europeia.  

Está mais do que na hora de repensarmos de vale a pena morrer em troca de saque das nossas riquezas, ainda mais pelo lado que vai perder a guerra. Eu, sinceramente, não estou minimamente preocupado com a sorte dos actuais senhores do Ocidente, ou melhor, sei que eles são o nosso maior problema. 



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