Monumento anti-semita.
Tentarei vos contar uma estorinha
interessante. Há mais de uma década, a mais poderosa nação do planeta sofreu um
ataque de terroristas sauditas. Pouco depois, o presidente da tal nação, o Sr. W,
invadiu, ou melhor, libertou o Afeganistão e o Iraque.
O Sr. W, filho de um antigo
presidente e chefe dos serviços de inteligência, muito bem conectado com os
sauditas, tinha por “ideólogos” uma espécie de grupo de sábios conhecido por
neo-cons, que, por coincidência, é majoritariamente composta por indivíduos do
mesmo grupo étnico do qual sairam os últimos presidentes da Reserva Federal, criada
em 1913 por pressão de um outro cavalheiro pertencente ao mesmo grupo étnico.
Para além de ordenar as tais
invasões, ou melhor, libertações, é importante referir que o mesmo aprovou um
pacote de leis que subverteram a ordem constitucional que ficou conhecido como
Patriot Act, que o presidente anterior, muito amigo da família apesar de
pertencer a um club de cavalheiros rival, havia tentado aprovar duas vezes, sob
outros nomes, após um nebuloso episódio envolvendo uma seita qualquer que se
preparava para o fim do mundo e depois de um atentado esquisito, oficialmente
perpetrado por um ex-militar fã de um homem conhecido pelo bigode quadrado.
O resultado das suas acções pode
ser resumido assim: começaram a desaparecer pessoas más ao mesmo tempo que vôos
secretos - ou melhor, grátis - para Guantánamo, Marrocos e outros destinos
paradisíacos aumentaram, o livre mercado foi imposto, ou melhor, oferecido ao
Afeganistão, que agora vivencia um boom económico em meio ao caos, graças à
produção de papoilas, provando que o livre-mercado é imbatível, e a democracia
foi imposta, ou melhor, presenteada ao Iraque, fazendo com que centenas de
milhares de cristãos, ou melhor, de nazis e fascistas fossem expulsos de uma
terra por eles conspurcada há quase dois milénios. O povo local está contente e
demonstra a sua gratidão, diariamente, com fogo real, afinal, fogos de
artifício fazem pouco barulho e há que se comemorar a Aurora de um Novo Mundo
em grande.
Terminada a sua obra, chega a
hora de, democraticamente, o povo do tal Destino Manifesto escolher um
presidente de outro club, elegando, pela primeira vez em sua história, um
sujeito do qual ninguém havia ouvido falar até poucos meses antes das eleições,
elemento que, por acaso, era financiado por sauditas e por gente daquela mesma
etnia à qual pertenciam os tais neo-cons e o cavalheiro responsável pela
fundação da Reserva Federal, que apesar do nome, não é federal.
Eleito o novo presidente, Mr.
Droneman, cuja mais excelsa qualidade é ler textos em voz alta e possuir uma
tez diversa dos presidentes que o precederam, numa eleição que mais pareceu a
eleição do presidente do mundo do que outra coisa, eis que ele vence, ainda sem
nada ter feito, um famoso prémio concebido por um bilionário, que fez fortuna
graças à guerra, por tudo o que ele havia feito pela paz, apesar de nada ter
feito. Para provar que era digno desse prémio, fez tal e qual quase todos os chefes
de estado que o venceram e passou a fazer guerras pela paz. Nem o ursinho Teddy,
um bonacheirão amigo da natureza, fez melhor.
Atacou a Líbia, castigou um tipo
qualquer, que rapidamente jogaram ao mar, que de acordo com os meios oficiais,
que nunca mentem, era o tal que organizou o atentado sofrido nos anos de
presidência do Sr. W desde umas cavernas perdidas no meio do nada (por
coincidência, todos os membros da equipa envolvida na operação morreram),
promoveu revoltas nos estados menos alinhados do mundo árabe, conduzindo, num
gesto magnânimo, os inimigos de ontem ao poder e abrindo as portas para o
massacre, ou melhor, para a punição justa de comunidades cristãs, ou melhor,
fascistas, e se juntou à “islamista” Turquia, à pérfida Albion, à amiga Arábia
Saudita, à entidade criada na Terra Santa e à maçónica França, para além de
outras nações sob o jugo de gente acima de qualquer suspeita, para atacar a
maldita Síria, um campo de concentração a céu aberto comandado pelo implacável
Assad, o Empalador, ajudando directamente os guerreiros pertencentes ao mesmo grupo
que havia antes atacado os EUA e agora demonstra a sua gratidão eliminando os
criminosos cristãos, ou melhor, os fascistas sírios, apoiados por outros
bandidos como os terroristas do Hezbollah e os malucos de Teerão, que, como todos
sabemos graças aos nossos queridos jornalistas, têm por intenção acabar com o
mundo.
Mr. Droneman só não fez mais pela
paz e pela democracia pois o bicho papão, ou seja, Putin, o Terrível, disse
basta, ameaçando o paladino da paz com a guerra (que horror!), o que motivou
Mr. Droneman, que no seu quintal quer obrigar umas freiras fascistas a
financiar abortos de forma a torna o mundo um lugar mais respirável e mais
sustentável, a pedir ajuda aos seus bons amigos para desestabilizar a Ucrânia
recorrendo a uns tipos que, estranhamente, nutrem admiração pelo homenzinho do
bigode que encarna todos os males do mundo, especialmente a perseguição ao povo
da etnia que, apesar de constituir menos de 1% da população do planeta, dita a
agenda de quase 100% dos governos ocidentais e de todos os seus satélites e
acusa, com toda a razão, todos os que ousam falar desses factos de serem
apoiantes do fascimos.