sexta-feira, 30 de novembro de 2018

O princípio do fim...


Um metro e meio de degeneração absoluta...

A revista Veja, a mais importante publicação semanal do mundo lusófono, percebeu a importância do papel desempenhado pelo guru de Jair Bolsonaro e até lhe meteu na capa. É o princípio do fim, meus caros. Bastará que a vida do sujeito seja investigada por quem tem recursos para que toda a seita caia, e para que o Brasil inteiro perceba que não pode ser dar ao luxo de ter um imbecil dominado mentalmente por um criminoso dessa espécie na presidência.

Quero agradecer a todo o pessoal da revista Veja, e inclusivamente convidar os jornalistas envolvidos na reportagem para almoçarem - ou jantarem - comigo quando vierem a Portugal. Eu faço questão de vos levar ao melhor restaurante na minha zona e ainda pago a conta. De resto, volto a frisar a importância do trabalho exposto na série Desconstruindo Olavo de Carvalho, desenvolvido por Caio Rossi e focado na desconstrução das concepções metafísicas da seita olaviana,  e no documentário Adubando o Jardim das Aflições: Olavo de Carvalho, um caso de polícia?, inteiramente produzido pelo meu irmão, Jorge Velasco, e focado na biografia deste criminoso e chefe de seita elevado ao posto de ideólogo do governo brasileiro.

Para terminar, rogo às autoridades para que investiguem as actividades do bruxo da Virgínia. O Brasil é um país importante demais para ser governado por gente que faz a dinastia Duvalier do Haiti parecer o mal menor...  








P.S: E não esqueçam o Felipe Moura Brasil, responsável pelo livro de propaganda que promoveu este tumor quando do início da "primavera brasileira".

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Bozonari: um clã de idiotas de aldeia

Basta olhar o sorriso para concluir que San Martino di Vinezze também ficou a perder!


Não fosse o meu amor pelo Brasil, sentimento que me levou aos estudos históricos, estaria dando gargalhadas às custas do clã Bolzonaro. Não sendo assim, sou obrigado a preparar o meu estômago para os futuros encontros com amigos de outras nacionalidades com os quais gosto de "esgrimar" provocações que focam no lado ridículo das respectivas nações. Durante os anos de Lula, estive numa posição bem difícil, mas nem os piores momentos de Luís Inácio me prepararam para o que vem aí, caso não haja um plano B que nos salve dessa gente. 

Não bastasse a visita aos EUA do pimpolho mais velho do pupilo mais bem sucedido de Olavo de Carvalho, o bruxo da Barca Egípcia, com um boné de campanha pró-Trump, quando qualquer novato em questões políticas sabe da importância de se obter apoio de ambos os partidos nas duas casas do legislativo quando se deseja obter um bom acordo comercial com aquela nação, ou qualquer outro tipo de acordo (e logo após eleições legislativas que darão uma maioria aos democratas na Câmara de Representantes num quadro onde Trump, com baixa popularidade, não garante a fidelidade dos próprios republicanos!), eis que agora o futuro presidente do Brasil resolve bater continência para John Bolton numa "cerimónia" onde só faltaram talheres de plástico, latas de Coca-Cola e o Grupo Molejo*. Só faltou presentear Bolton com um macaco!





Para além dos brasileiros e daqueles que amam o Brasil, também devem estar tristes os habitantes da aldeia do Veneto de onde vieram os Bolzonari, San Martino di Vinezze. Levando em conta a qualidade da família, eles podem ter a certeza de que perderam os mais notáveis idiotas de aldeia que alguma vez pisaram no mundo!

* E o nosso amigo Ernesto Araújo, iniciado da seita de Olavo de Carvalho que até hoje era apenas uma piada entre os seus colegas do Itamaraty, estava lá para provar o seu tacto diplomático!

Bolsonaro, um presidente zoofilo sob domínio mental de um tarado e chefe de seita




A partir do momento que comecei a acompanhar Olavo de Carvalho pelas redes sociais, o que era muito diverso de ler artigos escritos com cuidado e ouvir esporadicamente programas de rádio voltados para um público mais vulgar, comecei a notar certos padrões perturbadores. A sua obsessão pelo ânus e por falos, com destaque para os africanos, tudo isso recheado de histórias bizarras envolvendo experiências grotescas e uma necessidade doentia de simular virilidade e inventar histórias de bravura altamente suspeitas, acabou depois por fazer sentido, já quando tomei contacto com relatos de pessoas que com ele conviveram, histórias que, na sua maior parte, omiti do público por pudor. Mas ainda assim deixei escapar algumas coisas, como a existência da "malinha secreta": 


A misteriosa malinha do "filósofo" Olavo de Carvalho



Hoje fui bloqueado na rede social facebook devido a uma campanha de denúncias em massa promovida pelos fanáticos do guru de Jair Bolsonaro, mas fiquei a saber que o chefe de seita atacou o ex-presidente Luís Inácio da Silva, do qual fui sempre um opositor (digo isso para que os recém-chegados não se enganem a meu respeito), a propósito de uma pergunta que atiçou as suas taras, respondendo à questão sobre o seu posicionamento a respeito da educação sexual acusando o ex-presidente de violar cabritas. Até hoje não soube de nenhum caso de zoofilia envolvendo Olavo de Carvalho (apenas de sacrifícios de gatos e galinhas de Angola em rituais de magia negra), mas aqui o duplo padrão de avaliação dele volta a ser exposto, afinal, Lula já foi presidente, portanto, já não entra na equação, mas o futuro presidente admitiu em público que estuprou galinhas, entre outras coisas que, ao menos para mim, são bastante invulgares e desqualificam qualquer um para um cargo de tal importância:





Caros, acho que não é preciso ser uma mente brilhante para perceber que, especialmente num mundo onde a informação é tão fluída e os meios de divulgação tão eficazes, e relativamente baratos e acessíveis, um imbecil desses não é apenas incapaz de exercer o cargo executivo, mas será facilmente submetido a pressões extra-oficiais até pelo mais tosco e primitivo serviço de informação existente no mundo. Com tantas pontas soltas, e ainda por cima sendo dominado mentalmente por um tarado e chefe de seita, o Palácio do Planalto terá as portas escancaradas. Talvez isso explique a insistência com que o clã Bolsonaro, apesar das pressões de gente bem próxima e com um mínimo de sensatez, como o general Mourão, está empenhado não apenas em transformar o que deveria ser - e sempre foi - uma política de estado numa mera política de governo, mas ainda por cima a cometer um acto de estupidez ímpar na história da diplomacia mundial, afinal, nossa amizade com Israel não depende disso, mas as nossas relações com o mundo muçulmano, tão importantes desde os tempos do general e estadista Ernesto Geisel, serão postas em causa:


Mudança de embaixada em Israel está decidida, diz Eduardo Bolsonaro

  

Ainda é tempo para se evitar o pior. Como já afirmei, bastará um teste de QI para se provar que o futuro presidente padece de um ligeiro retardamento, e a sua saúde física também não o habilita a um cargo tão exigente. Parafraseando o mote da campanha do atrasado: é melhor "jairem" pensando num plano B...

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Quando o guru Olavo de Carvalho nega o bruxo Olavo de Carvalho



Olavo de Carvalho, numa discussão acesa com o jornalista Gilberto Dimenstein que ainda corre, veio negar que alguma vez afirmou que Barack Obama era membro do KGB (ver acima). Bom, posso garantir que afirmou não apenas uma, mas inúmeras vezes. Aqui posto um exemplo recente, que ainda não foi apagado do Twitter do drombo da barca egípcia, agora guru de Jair Bolsonaro. Podem  acessar o link abaixo:


De resto, o pasquim português Observador, que já tomou posição favorável a Bolsonaro, apesar da ignorância total dos seus membros a respeito do Brasil, país que conhecem ainda menos que Portugal, já veio dar voz a uma defensor local do bruxo da Virgínia. Enfim, fica confirmado, mais uma vez, o que aqui escrevemos a respeito do jornaleco do ex-maoista e eterno menino de recados Zé Mané Fernandes. Como diz o antigo adágio, asinus asinum fricat.

sábado, 24 de novembro de 2018

General Mourão: uma surpresa positiva

Espero, para bem do Brasil, ter de pedir desculpas ao general Mourão.




Quem acompanha o blogue sabe que critiquei o General Mourão sem dar quartel. Em verdade, o ataquei com uma virulência invulgar. Mantenho a minha posição sobre os pronunciamentos que me causaram ojeriza, porém, diante da moderação, realismo e responsabilidade que ele tem demonstrado nos últimos dias, quando o que o Brasil mais precisa é justamente disso, não hesito afirmar que ele, gradualmente, tem ganho a minha simpatia. 

Tudo me leva a crer que, ciente da nova realidade e da importância do cargo, o patriotismo - e o respeito próprio - do general Mourão ganhou alento e isso o tem levado, pouco a pouco, a se transformar numa peça fundamental para que o Brasil resista à loucura de Jair Bolsonaro, ou melhor, levando em conta que Jair Bolsonaro é um atrasado mental sob total domínio do líder de seita Olavo de Carvalho, ele é hoje a primeira linha de defesa contra o “olavismo”.

O general Mourão não apenas se posicionou contra as imbecilidades defendidas pela caricatura de cruzado que meteram à frente do Ministério das Relações Externas, o ufólogo e membro da seita olaviana Ernesto Araújo, como chegou ao ponto de dizer, de forma elegante, que Jair Bolsonaro é um completo imbecil desconectado da realidade.

Espero, com toda a sinceridade, ter de me desculpar pessoalmente ao general Mourão e dar razão ao actual chefe do exército, o general Villas-Bôas, detentor da minha confiança e admiração, que afirmou ser o general Mourão um excelente soldado. 

De resto, torço para que, caso o general Mourão venha assumir a presidência,  o que acho provável tendo em conta que Jair Bolsonaro é um desequilibrado sob domínio de um líder de uma seita milenarista, e há base legal para se depor legalmente um chefe de estado por incapacidade, que ele impeça a venda da Embraer, reforme a Petrobrás, tornando-a uma empresa mais transparente e imune à pressão de sectores políticos que a vêem como um bolo a ser dividido no jogo partidário, e conceda o perdão ao Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, para além de dar maior atenção às forças armadas, especialmente em relação ao desenvolvimento de tecnologia militar. 

Quanto ao seu viés liberal e à sua inclinação para uma relação mais estreita com os EUA, não vejo nisso mais do que um ponto de discordância cordial e civilizada, e pelo que tenho visto do general Mourão, ao contrário do que cheguei a pensar em certos momentos mais tensos em que ele agiu sob o calor da paixão, se trata de um homem inteligente que não se deixará guiar por teorias abstractas. Esperemos que assim seja!


sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Jair Bolsonaro: o Candidato da Manchúria do Olavismo


O presidente do Brasil, Olavo de Carvalho, junto de Ernesto Araújo, 
membro da sua seita e Ministro das Relações Exteriores do futuro governo.


Se alguma dúvida sobre quem de facto manda na presidência Bolsonaro ainda existia após a nomeação do ufólogo olavista Ernesto Araújo para o cargo de chanceler do Brasil, nomeação desastrosa que coloca a política externa à mercê das crenças de uma seita milenarista, ela foi dissipada pela escolha do colombiano Ricardo Velez para o cargo de Ministro da Educação:





Se trata de algo grave, ou melhor, gravíssimo. O descaramento é tanto que, como se vê no post acima, Olavo de Carvalho chegou a dar a ordem publicamente! Jair Bolsonaro padece de um retardamento ligeiro que o torna incapaz de assumir um cargo de tamanha importância. Devido a essa incapacidade, que o impossibilita de ser autônomo intelectualmente, segue fielmente as ordens do seu guru, até porque chegou onde está actualmente graças ao facto de ter adoptado o discurso olaviano, especialmente a partir das primeiras manifestações de 2013. E não só ele, mas também os seus filhos seguem as instrucções do guru com fidelidade canina, já tendo sido publicamente classificados por Olavo de Carvalho como discípulos.

A maior parte dos que votaram em Bolsonaro, excluindo a minoria olavista, foi enganada. A minha sugestão é que Bolsonaro seja submetido a um teste de QI, de modo que o seu retardamento seja comprovado por métodos científicos e exposto publicamente, e que se convoquem novas eleições. O Brasil não só é importante demais para ser governado pelo chefe de uma seita criminosa como não se pode permitir que alguém que não foi eleito, Olavo de Carvalho, seja o presidente. Diante do que se passa, as suspeitas de fraude nas urnas não passam de uma brincadeira. Bolsonaro, meus caros, é o Candidato da Manchúria do olavismo!

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Fernando Collor de Mello: um talento desperdiçado

Gravitas


Como todos sabem, apoiei Ciro Gomes na última eleição. Era de longe o mais bem preparado dos candidatos, e o único com uma agenda capaz de recolocar o Brasil no caminho que pode levar a maior das nações da esfera lusófona a um estatuto condizente com as suas potencialidades materiais e humanas (a bem da verdade, é a única nação latina com massa crítica para ser uma potência mundial de primeira ordem). Minha convergência com as propostas de Ciro Gomes é enorme, apesar de me afastar dele em questões culturais, porém, nesse ponto deixou de haver conflicto desde que assumiu o compromisso de não ser um déspota iluminado em matérias de costumes. Espero que o Brasil se aguente nos próximos quatro anos, algo sobre o qual não posso ter certezas pois dependerá não apenas da evolução interna, mas sobretudo das pressões exteriores num mundo em clara decomposição, e que o eleitorado não volte a se iludir com aventureiros.

Porém, um outro nome me tem chamado a atenção nos últimos tempos. Para surpresa de muitos, e também minha, tenho sido positivamente surpreendido com a maturidade demonstrada pelo senador  Fernando Collor de Mello em questões de política externa, e mais ainda por saber que ele é, em questões económicas, um liberal. Fui alertado para a actuação do senador Fernando Collor por amigos que o acompanham há algum tempo e posso dizer que a princípio estava reticente, afinal, considero a sua acção enquanto presidente foi extremamente negativa para o país em termos de soberania. Mas sou obrigado a reconhecer que Fernando Collor amadureceu e hoje possui uma visão que faz dele um estadista, e um talento desperdiçado. Conheço bem os parlamentos europeus, assim como os deputados e senadores americanos, e posso assegurar que o senador Fernando Collor está num nível muito superior ao da média no mundo ocidental, para não dizer da média da câmara dos deputados e do próprio senado brasileiro.

Peço a todos que pesquisem a respeito das viagens que o senador Fernando Collor tem feito pelo mundo e que ouçam o seu último discurso, que pode ser acessado no link abaixo, com a atenção que merece. Quem me dera que a última eleição tivesse sido disputada entre Ciro Gomes e Fernando Collor. Posso vos garantir que a qualidade do debate faria inveja a todo o cosidetto primeiro-mundo. De resto, como paulista, estou cada vez mais convencido de que do nordeste virá a solução política para os problemas enfrentados pelo Brasil. Naquelas elites corre o sangue dos heróis de Guararapes e de grandes estadistas que serviram ao multicontinental Império Português. Apesar da decadência dos últimos dois séculos, o orgulho e a adversidade forjaram uma nova elite verdadeiramente capaz de olhar para o mundo com uma perspectiva realista, altiva e nacional!



quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Esclarecimentos a meu respeito e sobre o projecto Prometheo





Diante do interesse acrescido a respeito de quem sou, penso ser necessário prestar alguns esclarecimentos pessoais, e explicar os objectivos do projecto Prometheo. Em primeiro lugar, farei uma pequena introducção biográfica, mas não sei antes fazer uma observação a respeito da ortografia que uso (e do acordo ortográfico). Uso a ortografia que considero mais bela, e essa ortografia não segue nenhuma ortografia oficial. Se fosse obrigado a usar a ortografia consagrada no novo acordo ortográfico, o que aconteceria se escrevesse num jornal ou lançasse um livro, não teria problemas em fazê-lo. Considero as lutas em torno do acordo ortográfico uma perda de tempo e tenho mais o que fazer.

Quanto a mim, me formei em História na Universidade de Coimbra, onde fui próximo de muitos indivíduos que mais tarde teriam posições de relevo na Assembleia da República, em Portugal, e na academia, terminando o curso com uma tese sobre imigração, agricultura e industrialização no Brasil,  que escrevi ao mesmo tempo em que fui investigador e dei aulas no finado Instituto de História da Ciência e da Técnica da mesma instituição. No ano a seguir, em 2002, fiz uma pós-graduação em Estudos Europeus pela Universidade de Siena sobre a Organização Comum de Mercado do Açúcar na Europa, passando alguns meses na Universidade de Salamanca e na Universidade de Estrasburgo, onde pude contactar vários deputados durante as sessões locais do Parlamento Europeu, e tive por colegas vários indivíduos que agora trabalham para a União Europeia.

Mais tarde, em 2005, comecei um mestrado, que tinha intenção de converter em doutoramento, a respeito das Cortes de Lisboa de 1821, na Universidade do Porto, mas deixei isso de lado quando senti que a resistência às conclusões a que chegava seriam enormes. Perdi o interesse pela academia e decidi buscar a fortuna de modo a poder, um dia, fazer as minhas investigações, contratando e minha própria equipe, mas até hoje não fiz a tal fortuna. Sou independente e tenho o meu negócio. Graças a isso refinei o meu conhecimento da economia, conhecimento que, a par da História, busquei desde cedo.

Me envolvi em várias iniciativas políticas, mas rapidamente me desliguei delas. A busca da verdade me incompatilizava com o espírito de facção. Depois de anos defendendo os princípios da monarquia tradicional ibérica, hoje sou um republicano, mas um republicano bem diverso do que anda por aí. Creio em mudanças graduais e retenho do princípio da divisão de poderes apenas a ideia de divisão dos poderes, abandonando a ideia de tripartição, simplificação teórica que, por ter sido levada às últimas consequências, nos trouxe grandes problemas. Guardo do foralismo o princípio municipalista e uma ideia próxima do que seria uma espécie de federação de municípios. 

Quanto aos partidos, creio que, num quadro de centralismo como aquele em que vivemos, são um perigo pois, através de uma noção de representatividade corrompida pelo sistema eleitoral, são facilmente instrumentalizáveis pelos interesses capazes de agir em âmbito nacional e de buscarem apoios no exterior. Quanto às ideologias, posso, no máximo, concordar com pontos isolados delas, mas não compro nenhum “pack completo”. As considero palas que reduzem a perspectiva.  Estou disposto a trabalhar com qualquer grupo em causas isoladas, e nada mais.

No fundo, estou aos poucos me transformando num historiador, e quem persegue o caminho da História chega, mais dia ou menos dia, se for inteligente e honesto, a uma espécie de pragmatismo bem fundamentado que se distancia e ri de todas as quimeras criadas pelos filósofos. O projecto Prometheo pode ser explicado por aí, mas convém lembrar que para além do fundamento histórico, há ainda a perspectiva geopolítica (onde me assumo como um realista), que me impede de isolar as questões políticas num contexto nacional, e um sentimento patriótico que não se esgota em fronteiras ou estados criados ao acaso, por meros acidentes. Enxergo um potencial imenso no triângulo  Portugal – Brasil – Angola, sem ter ideias fixas sobre como organizar uma comunhão de interesses desses estados, para além dos outros que fazem parte da esfera lusófona Acima de tudo, creio que não vale a pena forçar a história, ou se fechar a qualquer possibilidade, incluindo nisso o mundo “hispânico” e latino.

Acima de tudo, espero acabar os meus dias em paz, contente com o estado do meu povo e num lugar onde falam a minha língua. Como gosto de climas quentes, mas secos, e de muita luz, posso até dizer onde gostaria de passar a velhice: na Ilha do Sal, em Cabo Verde.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Olavo de Carvalho: Para que fique claro de onde vem o perigo da presidência Bolsonaro


É assim que, segundo Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro, se trata um "comunista".
Comunista, em olavês, é quem não concorda com o guru.


Uma das coisas que sempre me incomodaram bastante em Olavo de Carvalho, guru de Jair Bolsonaro, foi a constante repetição da sua solução para se lidar com aqueles que ele acusa de promoverem o "pensamento revolucionário": um tiro na cabeça. Enfim, achava isso não apenas algo pouco inteligente, afinal, ele próprio foi comunista na juventude, mas sobretudo criminoso, genocida e estúpido. Ir por aí, vos asseguro, é o caminho seguro para uma guerra civil e para um futuro triunfo do comunismo real.

No último post, tivemos uma pequena amostra do que são os métodos e fins dessa nova classe de políticos formados no olavismo, classe essa que já começa a chamar a atenção de vários veículos da velha imprensa, como se pode ver abaixo:


Mas ontem mesmo, seguro da sua posição, ele voltou a repisar no assunto de forma bem explícita:
 

Acho que não é preciso fazer um desenho a respeito de quais são as intenções do homem que afirma que veio para foder com tudo. Eu, que fui próximo, me lembro das conversas a respeito da formação de milícias ou colónias olavistas no interior do Brasil, o que já não será preciso, afinal, agora eles são mainstream e possuem gente distribuída por toda a imprensa, no congresso e ainda podem contar com as milícias do Rio de Janeiro, que desde sempre tiveram apoio de Jair Bolsonaro.