Segundo o "padre", não é por acaso que querem crucificar o "divisor de eras"...
A frase acima foi dicta por alguém que conhece intimamente o elemento Olavo de Carvalho, e não se trata de um arrivista ou sicofanta qualque. Foi dicta por um sujeito que oficialmente é padre, o qual não hesitou em dizer que a sua vida intelectual, ou seja, a sua procura pela verdade, se resume a um "antes do Olavo e depois do Olavo". Ciente disso, ao me ver confrontado com tais palavras, não poderia deixar de vir à minha cabeça a famosa pergunta de Pôncio Pilatos: Quid est Veritas? Parece que a resposta que o senhor padre tem em mente é diversa da minha, e fico por aqui, afinal, posso estar louco.
Apesar de ser um desafecto de Olavo de Carvalho, admito que é um senhor com um currículo ímpar, e também admito que o admiro por ainda não ter sido aposentado por via jurídica. Não que tenha advogados, promotores e juízes em grande conta, mas ainda assim é preciso ser minimamente bom para não ser apanhado apesar de tanta indiscrição. É um verdadeiro sobrevivente, disso não há dúvidas. Devo às indiscrições dele, tanto quanto ao conhecimento do Professor Caio Rossi e do meu irmão, a descoberta da importância fundamental da compreensão do que é o perenialismo para a compreensão da política mundial, mas em relação a isso não me sinto particularmente grato pois não é que ele tenha desejado que assim fosse, ajudando apenas involuntariamente. Me sinto grato, sobretudo, por algumas das verdades que ele partilhou voluntariamente nos textos e demais escritos, nos programas de rádio e nas poucas aulas que consegui ver até ao fim, sem dormir ou desistir para ir tomar um copo em melhor companhia.