segunda-feira, 30 de maio de 2016

Por favor, não se deixem iludir por gnósticos.




Este post é sobre uma pessoa que tem o costume de "retocar" sua biografia, apresentando mais de uma versão sobre o mesmo facto.
Essa pessoa já afirmou ter tido uma infância complicada e que conviveu com pessoas ditas notáveis de vários sectores.
Essa pessoa conheceu os mistérios da astrologia e teve uma carreira nessa área.
Mesmo sendo uma pessoa pública, ela se queixa de ser ignorada e de ter suas palavras distorcidas pelos intelectuais e pela classe política de sua nação.
A pessoa de que falo abandonou seu país de origem por aversão a tudo o qeu via de errado nele.
Depois de passar por muitos grupos gnósticos, e tendo conhecido vários  professores na área de religiões comparadas e se tornar também uma referência no meio, ela supostamente se converteu a uma religião tradicional.
Hoje em dia, ela vive de dar cursos online.
Se você achou que me refiro a Olavo de Carvalho / Sidi Muhammad, então se enganou. Tenho o prazer de apresentar Zeena Lavey aos leitores deste blog , filha do famoso Anthon Lavey, fundador da Igreja de Satanás, e também  a primeira menina a ter sido oficialmente baptizada para Satanás.
Zeena Lavey hoje vive na Alemanha , é professora de “Religiões Comparadas” e, tal como Schuon e Olavo, afirma que a arte e a filosofia são um caminho para Deus, como podem ver aqui: 

 
Zeena também foi uma das referências usadas por  Aaron Cheak(perenialista australiano) em um dos seus trabalhos sobre religiões comparadas na Universidade de Queensland na Austrália, como podem ver aqui :


Zeena Lavey segue actualmente uma religião tradicional, tendo oficialmente abandonado o “Satanismo”, apesar de ainda exibir com orgulho seus títulos obtidos na Igreja de Satanás e na Ordem dos Lobisomens (ordem muito poderosa e cheia de mitos e lendas a sua volta), e se identifica hoje como fundadora do “Movimento de Liberação de Seth”  ( Deus Egípcio da violência, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, da escuridão, das tempestades, dos animais e das serpentes. Set era encarnação do espírito do mal).
Bem, claro que a unidade desse pensamento teria de vir do Eterno Feminino, e a mesma Zeena não faz questão de esconder isso, afirmando publicamente que hoje em dia é uma budista da vertente Vajrayana, que nada mais é que uma forma de Shaktismo.
Podem ver as fotos de Shakti no seu site pessoal :


Podem ver também diversos trabalhos de arte da diabinha, incluindo várias pinturas de Shakti em suas diversas formas, no link abaixo :


Antes de encerrar este post, faço apenas um pedido: por favor, não confundam Zeena Lavey, a diabinha, com Olavo de Carvalho. A semelhança é imensa, mas garanto que não são a mesma pessoa.


quinta-feira, 26 de maio de 2016

Na Suécia, nacionalistas e esquerdistas se unem contra a NATO. Já por cá...

...fazemos jantaradas, e não é de hoje: é uma tradição de décadas.

Há poucos dias foi preso um agente do SIS em Itália. Segundo as autoridades, tentava passar informações relativas a segredos militares da NATO para os russos, o que me parece ridiculamente absurdo. Não consigo, por mais que me esforce, imaginar um segredo militar em posse de um agente do SIS que já não fosse conhecido de antemão pela inteligência militar russa, ainda mais sabendo que os EUA, o verdadeiro poder militar na NATO, não partilham muito com os seus aliados. Ao saber do preço do arranjo, 10 mil euros, fiquei com a sensação de que os tais segredos que o agente desejava passar teriam outra natureza, do tipo "políticos envolvidos no caso Casa Pia" ou "agentes do SIS infiltrados nos movimentos de oposição ao regime". Isso já faria sentido e explicaria a importância dada ao caso pelo director dos serviços de informação.

Quanto aos movimentos de oposição ao regime, vale a pena comparar o que temos por cá com o que se passa na Suécia, um dos países mais alienados do planeta:

Opposites Attract: Swedish Left and Right Unite to Sink NATO Deal
Apesar de toda a alienação, as relações da Suécia com a NATO tem sido um debate central naquela nação e juntou os nacionalistas e à esquerda não alinhada ao globalismo na oposição a essa associação criminosa, deixando de lado as suas diferenças pois é da sobrevivência da Suécia que se trata. É difícil não ficar perplexo ao notar que em Portugal, nação cuja identidade é talvez a mais bem definida no velho continente, nada disso se passa. 

domingo, 22 de maio de 2016

NATO/OTAN: não é estranho que "patriotas" se calem a respeito da maior ameaça à Portugal?







Desde há muito o blogue Prometheo tem alertado para a crescente possibilidade de uma guerra mundial. Infelizmente, para variar, parece que este alerta de nada servirá e as nossas piores previsões serão concretizadas. 

Os senhores do mundo, apesar das constantes derrotas, ou até mesmo por isso, continuam a avançar sobre a Rússia e esta já deixou bem claro quais são os limites. Sinto informar, mas os mesmos foram ultrapassados recentemente com a instalação de sistemas de guiamento de mísseis, sob o ridículo pretexto de defesa contra o Irão, e com a instalação de tropas permanentes da NATO em nações vizinhas da Rússia, contra tudo o que havia sido acordado a seguir ao desmantelamento da URSS e depois de tudo o que se passou recentemente na Síria e na Ucrânia, para ficarmos por apenas dois exemplos.

E no mundo inteiro os sinais de tal avanço são crescentes. Da Ásia à América Latina, passando por África, quase não há nação imune ao controlo rígido da sua política em prol de interesses internacionalistas ou, no caso das que ainda ofereciam alguma resistência (não importando aqui a natureza dos seus regimes), sob ingerência e sofrendo vários tipos de campanhas de desestabilização. O mundo já passou por situações de grave dificuldade, mas jamais semelhantes às que vivemos. A globalização envolveu todas as nações numa rede que garantirá que a próxima guerra não deixará nenhuma de fora, e a técnica garante que ela será devastadora. Genghis Khan deve se arrepender de não ter nascido hoje.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Dissertando sobre a história da China, o ping pong e o Brasil



 Se eu disser que isso não foi um jogo de ping pong, vão me acusar de ser teórico da conspiração;)

Nada como recorrer ao passado para tentar abrir os olhos dos contemporâneos, especialmente se não tivermos de regressar a tempos imemoriais e estarmos familiarizados com os sujeitos. 

Poucos sabem, mas pouco depois da visita secreta de Kissinger à China, de 9 a 11 de Julho de 1971, visita que selou a reaproximação sino-americana, oficializada com a visita do presidente Richard Nixon em 1972 (vale a pena lembrar que Ceausescu foi o intermediário nos primeiros contactos), uma reacção contra a reaproximação com os EUA em curso e pró-soviética foi abortada graças a um aviso de Kissinger a Chou En-lai. Segundo Kissinger, Lin Piao, o verdadeiro detentor do poder militar na China e mais do que certo sucessor de Mao Tse Tung, estava em conluio com os russos e era o cabeça de um projecto de golpe de estado que passaria pelo assassinato de Mao Tse Tung. O plano, conhecido em inglês como “5-7-1 Engineering Outline”, foi vazado para a Casa Branca por uma fonte dos serviços secretos israelitas com “bons contactos” no Kremlin.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

A língua bífida dos americanos.


Assim disse o segundo homem no escalão da Secretaria da Defesa americana, Bob Work, em uma cerimônia na base aérea de Deveselu, Romênia, na quarta-feira, sobre a instalação do novo sistema de defesa americano no país:
Eu quero deixar claro, nem esta área e nem a da Polônia terão condições de solapar a [capacidade de] dissuasão estratégica dos russos.
E também o Capitão Jeff Davis, porta-voz do Pentágono:
O foco do [sistema] Aegis... é opor-se à ameaça de mísseis balísticos advindos do Oriente Médio, particularmente do Irã. Não tem simplesmente nada a ver com a Rússia. 
Mas se é esse o caso, por que, em 2014, os americanos traçaram um cenário completamente diferente? Conforme se lê no Russia Today em novembro daquele ano:

O posicionamento "temporário" de tropas americanas na Polônia e nos países bálticos foi estendida por todo 2015, disse um comandante dos E.U.A. na Europa. A OTAN vende sua presença como um dissuasão para uma "agressiva Rússia", com Moscou respondendo que isso somente aumenta a tensão. 
A aliança posicionou várias centenas de tropas americanas na Polônia, Látvia, Lituânia e Estônia no início deste ano [2014]. A ação foi explicada como uma intenção de dar confiança a esses membros da OTAN depois da crise política na Ucrânia e a secessão da Criméia, sua região que passou a reintegrar a Rússia. A aliança classificou-a como anexação e disse que os países da região temiam um ataque militar de Moscou.
Haverá forças da exército americano aqui na Lituânia, assim como na Estônia, Látvia e Polônia, por tanto tempo quanto for necessário para impedir a agressão russa e assegurar nossos aliados, disse [o General de Divisão [Br]/Tenente-General [Pt] Ben Hodges, Comandante Geral do Exército americano na Europa], conforme citado na Reuters.
A propósito, saiu hoje a notícia de que o Departamento de Defesa americano enviou tanques de guerra para a Geórgia. A justificativa é a participação em "exercícios de guerra", mas, como afirma o artigo linkado, essa é "a mais recente demonstração do poderio militar de Washington em um período em que a OTAN tem flexionado seus músculos com crescente frequência nas proximidades da fronteira com a Rússia". 

Trata-se do exercício militar Noble Partner 2016, que está previsto para terminar em 26 de maio. Conforme relatado pelo site Sputnik:
Igor Korotchenko, expert militar e editor-chefe da revista russa National Defense,... a OTAN vê a Rússia como um verdadeiro adversário militar e acredita que uma guerra com a Rússia é não somente uma possibilidade, mas que [a Aliança] está de fato se preparando para ela...
O especialista apontou que a infra-estrutura da OTAN na Europa Oriental está sendo acompanhada pela instalação de áreas de lançamento de mísseis americanos na Polônia e Romênia e por um incremento das unidades navais da OTAN nos Mares Báltico e do Norte. 
O artigo então passa a reproduzir as palavras do próprio Korotchenko:
Se chamarmos as coisas pelos seus devidos nomes, a OTAN está se preparando para uma guerra real. Isso não significa necessariamente que essa guerra ocorrerá. Mas essas operações de combate e contínuos exercícios militares de larga escala promovidos pela OTAN, com a participação de unidades americanas, ocorrendo ao longo da fronteira noroeste da Rússia, sinalizam que a situação está muito tensa por lá.
Não é por outra razão a declaração do Presidente russo Vladimir Putin nesta sexta-feira:
Esse [escudo de mísseis americanos na Europa] não é um sistema de defesa, mas parte do potencial nuclear estratégico dos E.U.A. no Leste Europeu.
E ele ainda adicionou que os lança-mísseis que serão instalados na Romênia e na Polônia "podem ser facilmente utilizados para mísseis de curto e médio alcance".


Nós nos encontramos na iminência do maior conflito armado da história e a vitória do mundo unipolar americano não significa o triunfo da prosperidade liberal que nossa mesquinhez pequeno burguesa tanto anseia. Corremos o risco de ter todo o planeta varrido por uma guerra nuclear devastadora que, ao mesmo tempo em que tentaria realizar as pretensões hegemônicas da elite anglo-saxã, tornaria automaticamente efetiva a redução populacional global que essa mesma elite considera essencial para que seu projeto seja bem sucedido. 

Não podemos agir como Eva e cair na lábia da serpente mais uma vez. 
 







quinta-feira, 12 de maio de 2016

Um mundo à beira do colapso e por cá nada passa (e nem vai passar)



Sabem como sabotar com uma iniciativa patriótica? Basta infiltrar uns quantos 
idiotas que gostem de posar assim e uns quantos "líricos". É o suficiente para afastar a gente saudável.

Há poucos dias fora emitidas duas declarações da maior importância para os europeus, emitidas por duas figuras do mainstream da política euro-americana: 



Na última declaração, ficamos devidamente esclarecidos a respeito da natureza da OTAN/NATO. Ao menos os europeus já não podem reclamar de falta de transparência do seu “Grande Aliado”. E a última parte não deixa dúvidas nem ao mais lento dos americanófilos: “...or else”.
 
Buscando analogias para a geopolítica actual no passado, é difícil não remeter para o período clássico da Grécia, mais especificamente à rivalidade entre Atenas e Esparta após as guerras médicas e à evolução da Liga de Delfos. Tal e qual na Liga de Delfos, a contribuição comum para a defesa foi aos poucos substituída por compensações financeiras da parte dos estados mais fracos militarmente para o mais forte, ganhando um impulso com o fim do padrão-ouro. Voltando ao “...or else”, procurem saber o que se passou com a cidade de Milo durante a guerra do Peloponeso e pensem na nossa situação ridícula num mundo à beira da guerra total. Em nenhum momento semelhante do passado estivemos tão despreparados, e sabemos bem como o desleixo sempre saiu caro.