Pobre Caxias. Deixem ele de fora dessa palhaçada!
Meu desânimo, desesperança e
mesmo desprezo crescente em relação à classe militar brasileira aumenta
diariamente. Sou obrigado a dizer, do que vi nestes meses de presidência olavo-bozonariana,
que até um astrólogo especializado em enganar viúvas e com fetiches
homoeróticos orientalistas é mais sagaz do que esses soldados, ou melhor, esses
sipaios com discurso patrioteiro de quinta.
Não é que os imbecis que deram
crédito e respeitabilidade à candidatura de um terrorista que havia sido
expulso das forças armadas, bateu continência para a bandeira americana e afirmou
abertamente que a soberania brasileira sobre a Amazônia não existe, sendo
melhor entregá-la para Washington, agora vêm com patriotadas e invocações mágicas
a um espírito qualquer?
É o mesmo exército que na
prática, no mundo dos vivos, falou grosso com o STF mas abriu as perninhas para
a entrega da Embraer, da BR Distribuidora, do Pré-Sal, dos Correios e por aí
vai, assim como tem fantasias homoeróticas com a mesma Lava Jato que mandou o
vice-Almirante Othon Pinheiro da Silva, um dos pais do programa nuclear
brasileiro, para a cadeia e destruiu todo o sector da engenharia e da
construção naval no Brasil!
De resto, parece que nem de
estratégia militar, e como ela se encaixa em algo mais amplo, essa gente que
brinca de forças armadas, quando não passa de um corpo auxiliar de sipaios, entende.
Acham, pelo que se vê das suas patriotadas, que se houvesse uma acção militar
contra o Brasil ela passaria por um ataque directo à Amazônia! Vão ser burros
assim na caserna que os pariu!
Se houver concertação das nações
ocidentais, e isso acontecerá, se acontecer, graças à colaboração do traidor que
os digníssimos militares ajudaram a colocar na presidência, ela passará por um
embargo comercial, por um ataque especulativo contra a moeda brasileira seguido
de fuga de capitais e, talvez, por um ciberataque que deixe o país nas trevas
por alguns dias. Posso garantir que isso bastaria para pôr o Brasil na mesa de
negociações disposto a aceitar qualquer acordo, ainda mais com o presidente que
os militares ajudaram a eleger.
Ainda que houvesse disposição
para mais, pergunto: com um exército com munição para menos de uma hora de
guerra, uma marinha sucateada, uma força aérea pífia e nenhum sistema
anti-míssil e anti-aéreo, como protegeriam toda a infra-estrutura brasileira de
um ataque de algumas centenas de mísseis de cruzeiro disparados por uma frota
que poderia chegar impunemente às costas brasileiras? E qual seria o plano para
controlar o caos que haveria nas grandes cidades?
De resto, os “napoleões de
caserna” que continuem a falar grosso com a França ao invés de combater os
incêndios e arrancar do presidente a promessa de que ele vai calar a boca e
agir para melhorar a imagem do Brasil. Com isso eles conseguirão aquilo que o
Bozonaro desejava quando cortou o orçamento militar em 44%: acabar de vez com o
programa dos submarinos. Só para lembrar, o sócio estrangeiro escolhido no tal
programa foi a DCNS, que é francesa. Continuem falando grosso ao invés de agirem inteligentemente, e ainda conseguem que a França acabe com programa.
Sendo assim, meu recado às forças
armadas brasileiras é o seguinte: o Caxias tá morto, seus babacas!