domingo, 25 de agosto de 2019

Caxias tá morto, seus babacas!

Pobre Caxias. Deixem ele de fora dessa palhaçada!


Meu desânimo, desesperança e mesmo desprezo crescente em relação à classe militar brasileira aumenta diariamente. Sou obrigado a dizer, do que vi nestes meses de presidência olavo-bozonariana, que até um astrólogo especializado em enganar viúvas e com fetiches homoeróticos orientalistas é mais sagaz do que esses soldados, ou melhor, esses sipaios com discurso patrioteiro de quinta.

Não é que os imbecis que deram crédito e respeitabilidade à candidatura de um terrorista que havia sido expulso das forças armadas, bateu continência para a bandeira americana e afirmou abertamente que a soberania brasileira sobre a Amazônia não existe, sendo melhor entregá-la para Washington, agora vêm com patriotadas e invocações mágicas a um espírito qualquer?

É o mesmo exército que na prática, no mundo dos vivos, falou grosso com o STF mas abriu as perninhas para a entrega da Embraer, da BR Distribuidora, do Pré-Sal, dos Correios e por aí vai, assim como tem fantasias homoeróticas com a mesma Lava Jato que mandou o vice-Almirante Othon Pinheiro da Silva, um dos pais do programa nuclear brasileiro, para a cadeia e destruiu todo o sector da engenharia e da construção naval no Brasil!

De resto, parece que nem de estratégia militar, e como ela se encaixa em algo mais amplo, essa gente que brinca de forças armadas, quando não passa de um corpo auxiliar de sipaios, entende. Acham, pelo que se vê das suas patriotadas, que se houvesse uma acção militar contra o Brasil ela passaria por um ataque directo à Amazônia! Vão ser burros assim na caserna que os pariu! 

Se houver concertação das nações ocidentais, e isso acontecerá, se acontecer, graças à colaboração do traidor que os digníssimos militares ajudaram a colocar na presidência, ela passará por um embargo comercial, por um ataque especulativo contra a moeda brasileira seguido de fuga de capitais e, talvez, por um ciberataque que deixe o país nas trevas por alguns dias. Posso garantir que isso bastaria para pôr o Brasil na mesa de negociações disposto a aceitar qualquer acordo, ainda mais com o presidente que os militares ajudaram a eleger.

Ainda que houvesse disposição para mais, pergunto: com um exército com munição para menos de uma hora de guerra, uma marinha sucateada, uma força aérea pífia e nenhum sistema anti-míssil e anti-aéreo, como protegeriam toda a infra-estrutura brasileira de um ataque de algumas centenas de mísseis de cruzeiro disparados por uma frota que poderia chegar impunemente às costas brasileiras? E qual seria o plano para controlar o caos que haveria nas grandes cidades?

De resto, os “napoleões de caserna” que continuem a falar grosso com a França ao invés de combater os incêndios e arrancar do presidente a promessa de que ele vai calar a boca e agir para melhorar a imagem do Brasil. Com isso eles conseguirão aquilo que o Bozonaro desejava quando cortou o orçamento militar em 44%: acabar de vez com o programa dos submarinos. Só para lembrar, o sócio estrangeiro escolhido no tal programa foi a DCNS, que é francesa.  Continuem falando grosso ao invés de agirem inteligentemente, e ainda conseguem que a França acabe com  programa.

Sendo assim, meu recado às forças armadas brasileiras é o seguinte: o Caxias tá morto, seus babacas!

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

O tempo do Brasil se esgotou: é agora ou nunca!


Digam adeus à Região Norte. Quanto às outras, se tornarão países "independentes", como o Congo...

Há anos tenho alertado para a situação que agora está diante do Brasil. De nada adiantou, e creio que de nada adiantará escrever este post. Mas, para registo histórico, minhas palavras ficarão aqui gravadas. O tempo do Brasil se esgotou!

O leque de possibilidades aberto pela actual presidência, voluntariamente e conscientemente, dá às grandes potências ocidentais total controle sobre os desenvolvimentos futuros. Nem citarei a possibilidade de uma intervenção armada, o que aconteceria apenas no cenário mais extremo, e contra a qual o Brasil estaria completamente indefeso e sozinho, ainda mais depois de se ter isolado das nações que poderiam ajudar o Brasil a manter a sua soberania intacta, a saber, Venezuela, Rússia e China (e nada de virem com observações baseadas na ideologia, afinal, aqui se trata de REALPOLITIK!). Bastarão sanções económicas para que o Brasil fique de joelhos, em meio a uma crise onde a fuga de capitais fará o resto e a população, já desorientada e polarizada, contribuirá para o suicídio colectivo em curso escolhendo lados entre uma direita entreguista e uma esquerda igualmente vendida aos interesses externos. E se quiserem tornar a situação ainda mais extrema, podem apagar o Brasil com um ataque cibernético não identificado. Imaginem como ficariam São Paulo e o Rio de Janeiro em poucos dias…

E as coisas não ficarão por aqui, ou seja, pela internacionalização, ou compra, da Amazônia. O próximo passo será a fragmentação do resto do Brasil em, ao menos, quatro entidades, mais ou menos coincidindo com as regiões do Brasil: Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Numa nação cronicamente dividida pela polarização, estupidificada pela ideologia, desorientada pela guerra de informação e frustrada pelo crescente e, podem ter a certeza, perene fracasso económico, os separatismos serão incentivados. Depois disso, veremos em cada uma dessas “mini-politéias” a continuação do que está sendo feito hoje com o fim de se despertar guerras civis crônicas, explorando tanto as divisões ideológicas quanto um novo elemento que aos poucos ganhará força, ou seja, a divisão racial.

Longe de mim dizer que as coisas se passarão exactamente dessa maneira, mas no geral é esse o quadro que se vislumbra num futuro nem assim tão distante e que levará, invariavelmente, ao mesmo resultado: a balcanização do Brasil e a subsequente congolização de cada um dos seus fragmentos.

Ciente do que é o legislativo, do grau de cooptação do judiciário e da conivência do executivo, a única esperança do Brasil reside na parte sã do seu povo, das suas lideranças políticas e na coragem e astúcia dos seus militares nacionalistas, se é que eles ainda existem. Do que tenho visto, se tivesse de apostar meu dinheiro, serei sincero: aposto na fragmentação pois o Brasil está condenado pois nem sequer compreendeu o que se passa, à excepção de sectores marginais sem expressão política e desorganizados. É com pena que sou obrigado a admitir que tudo o que tenho tentado fazer nos últimos anos, e revelado, não serviu para nada. Olavo não tem razão, mas venceu, ficando o Brasil a perder…


terça-feira, 20 de agosto de 2019

Como Bolsonaro vai entregar a Amazônia Brasileira para Washington e seus sócios minoritários


Parafraseando o Gilberto Gil, a Gronelândia é aqui...


O Brasil, a não ser que Bolsonaro seja destituído, o que exigiria que as figuras mais destacadas da política e do judiciário - ou pelo menos as altas patentes militares - tomassem vergonha na cara e/ou adquirissem mais uns pontos de QI (sim, a idiotice conta muito), vai perder a Amazônia. O golpe que está sendo aplicado ao Brasil é óbvio e eu já o anunciei aqui várias vezes ainda antes do fim das eleições. Basta procurar no arquivo do blogue.

Bolsonaro já deixou bem clara qual é a sua posição em relação à Amazônia em duas ocasiões:


 Conversa com o "confrade olaviano" Nando Moura:



 "Discurso" em público: 



Daquilo que se pôde observar, e prevendo o futuro pelo passado recente do mundo, o golpe terá quatro actos. A primeira parte já está completa. Bolsonaro, num primeiro momento, depois de garantir uma posição de destaque no Top Ten dos maiores inimigos da humanidade na percepção do homem médio ocidental, dá carta branca a madeireiros e garimpeiros para avançarem para cima da floresta, exterminarem a fauna selvagem e abaterem índios à vontade. Como esperado, algumas nações com forte interesse na Amazônia e um movimento ambientalista de peso se aproveitam disso para criticar o Brasil e incitar a opinião pública do mundo ocidental, ou melhor, dos países que fazem parte da NATO/OTAN, contra o Brasil. 

A segunda parte, a catástrofe ecológica, também chegou ao termo. Após poucos meses de governo, em pleno inverno no hemisfério sul, eis que enormes incêndios deflagram em vastas áreas da floresta e cobrem parte significativa da América do Sul com fumo, convertendo o dia em noite em muitas cidades, o que ainda por cima tem a virtude de tocar na questão do aquecimento global e dá belas fotografias para as primeiras páginas dos jornais mundiais. Imaginem quando aparecerem as fotografias dos pobres animais torrados nesse inferno! Sendo assim, estamos prontos para o terceiro acto. 

O governo Bolsonaro, o mesmo que entregou a estratégica Embraer para a Boeing, cedeu a distribuição de combustível para empresas internacionais e cortou os gastos com as forças armadas como nunca antes na história da actual república (enterrando programas estratégicos como o dos caças Gripen e o da construção dos submarinos), forças armadas essas que poderiam ter um papel de relevo na protecção ambiental, dos índios e no combate aos incêndios, mas agora vivem na penúria e estão impotentes, adoptou políticas económicas que levarão à perda de todas as reservas internacionais e à fuga de capitais, e isso enquanto usa a política externa para abalar as exportações agrícolas, a única coisa que ainda mantém o Brasil de pé. O acordo UE-Mercosul recentemente assinado dá à Bruxelas, caso queira usar a sua legislação sanitária e ambiental, o poder para impedir unilateralmente as importações agrícolas do Brasil, ao mesmo tempo que garante que nada afectará a posição privilegiada das importações de produtos europeus, e Bolsonaro tem se esforçado para que isso aconteça, para além de hostilizar outros mercados importantes para o agronegócio (países árabes, Irão e China). O Brasil vai, em questão de algum tempo, quebrar. Terá então de recorrer, de mãos vazias, à banca internacional. Chegamos assim à quarta fase.

Na quarta fase teremos o derradeiro pretexto para que todos aceitem a "solução" já adiantada por Bolsonaro antes da eleição. O Brasil, quebrado financeiramente e diante de catástrofes ambientais contínuas, mostrando impotência e falta de vontade para combater a devastação da Amazônia, e forças armadas desdentadas, será palco de um enorme massacre de índios, talvez em conjunto com outra onda de incêndios. E num país onde não faltam pistoleiros, sabendo ainda por cima como os que estão de olho na Amazônia têm recursos e “disposição” de sobra (pensem na Síria e na Ucrânia), não é difícil imaginar onde quero chegar. 

Então, nesse exacto momento toda a comunidade internacional se erguerá e Bolsonaro, o salvador da nação aos olhos de tantos imbecis, dirá que o Brasil perdeu a Amazónia e o melhor é explorá-la em conjunto com Washington, nosso aliado, para não perdê-la por completo, como desejarão os europeus. Os americanos então ficarão com os lucros, e o Brasil com o prejuízo da imagem desgastada. Após algum tempo, num quadro de miséria crescente, os EUA conseguirão, sem grandes dificuldades, fazer na Amazônia o que acabaram de propor em relação à Gronelândia, ou seja, comprá-la. E para esses idiotas cujo sonho de consumo é uma viagem à Disney, isso será um grande negócio.

E com o Eduardo Bolsonaro em Washington, a família Bolsonaro ainda conseguirá engordar a sua conta bancária em 50 ou 100 milhões de dólares, logicamente antes de levar a tradicional rasteira ianque... O enredo pode variar de acordo com a evolução do cenário, mas não há de variar muito. Quanto aos militares brasileiros, que tanto diziam querer defender a Amazônia, só posso dizer uma coisa: se os senhores não estão vendidos, então são uns grandes palhaços. Mostraram em poucos meses que só servem para fazer policiamento de favela, a mando de americanos, nas favelas do Haiti. Não é a toa que até um bruxo especializado em enganar viúvas vos fez passar por néscios. Tenho vergonha dos senhores. Parece que toda a excelência que existia nas forças armadas morreu com a geração de Geisel e do Almirante Othon!

terça-feira, 6 de agosto de 2019

O iminente fim do Brasil. O tempo de reacção se esgotou!

The Economist: uma velha conhecida...


A revista The Economist resolveu dar destaque à "questão amazónica" na semana passada, chegando ao ponto de lhe dedicar a capa. Há anos tentei advertir o público a respeito da cobiça mundial sobre a Amazónia brasileira, cobiça que nada possui de novo, afinal, é a continuação do processo que levou à formação das Guianas francesa, inglesa e holandesa (Suriname). 

Eis que agora a Foreign Policy decide ir mais além:


O governo Bolsonaro, como cá mostramos por diversas vezes, é parte do processo que conduzirá a isso. Lembremos o que escrevi ainda antes da posse de Bolsonaro:




Bolsonaro, de um lado, manifesta a vontade de permitir a compra de largas parcelas de terra por corporações estrangeiras, enquanto do outro defende o fim das restrições ambientais, promove o desmatamento, a caça da fauna autóctone e até mesmo a hostilidade contra os brasileiros silvícolas, que assim começam pouco a pouco a se tornar susceptíveis a uma campanha anti-brasileira orquestrada desde fora.

Este é o mesmo governo, lembrem, que cortou drasticamente as verbas dos militares, pondo um fim a programas importantes como o dos novos submarinos e o das fragatas, e permitiu a "entrega" da Embraer para a Boeing, e o mesmo vale para a estratégica Petrobrás, colocando o Brasil numa posição de total fragilidade perante a possibilidade de um ataque cirúrgico contra alvos estratégicos (nem sequer temos defesa anti-aérea ou anti-míssil!), ou mesmo um simples bloqueio. Ou seja, ao mesmo tempo que fornece os pretextos para uma futura intervenção na Amazónia, corta os meios de oposição a tal possibilidade e abre as portas a uma maior influência estrangeira sobre a Amazónia convidando corporações estrangeiras para lá comprarem imensos territórios. Como seria de esperar, tais corporações aumentarão a devastação do território a curto prazo, dando combustível aos ambientalistas a soldo dos estados centrais do Ocidente, para depois elas próprias se beneficiarem da entrega - ou conquista - do território sob pretextos humanitários e ambientalistas.

Mas, como diz o título, não quero me limitar ao que se passa na Amazónia, mas sim escrever um bocado sobre o que está acontecendo com o Brasil como um todo. Bolsonaro ainda por cima incita os ódios regionais, chegando ao ponto de já ter dado um impulso inicial para a formação de grupos separatistas no Nordeste, uma novidade na história recente do Brasil. Isso só servirá para reforçar os separatismos sulistas, e quem sabe o Centro-Oeste entrará na onda em breve, iludido de que o seu potencial agrícola o salvará da crise em que o resto da nação se afunda. Para piorar, a população está cada vez mais dividida entre uma esquerda identitária, que se resigna a alimentar as chamadas "causas fracturantes" e tira da pauta das discussões o que realmente interessa, como tudo que se liga ao tema soberania, alimentando do outro lado a direita moraloíde, e igualmente internacionalista, que está na base do olavo-bolsonarismo, direita cujo mentor espiritual já fala abertamente em assassinatos. A esquerda identitária e o olavo-bolsonarismo se alimentam mutuamente e não passam de instrumentos de subjugação do Brasil!

O Brasil, neste momento, está prestes a perder o resto da pouca indústria que ainda possui, que mal chega a contribuir para 10% da formação do PIB, e isso num quadro onde a indústria extractiva ganhou um peso gigantesco (10,4% segundo os últimos dados), se limitando cada vez mais a actividades como a agricultura extensiva e a mineração, actividades que jamais garantirão a prosperidade da sua imensa população de 210 milhões de habitantes, condenando o país a uma cada vez maior desigualdade social e a uma frustração crescente que só alimentará o ciclo vicioso no qual já está preso de forma, creio eu, irreversível. Bastará uma crise internacional que faça o preço das commodities caírem e pronto, teremos a crise perfeita.

Infelizmente, os grupos que sabem o que se passa não contam na política nacional e a classe militar está despreparada para compreender o tipo de acção que ameaça fazer do Brasil um gigantesco Congo, ou melhor, uma colecção de Congos e Colômbias. Não quero perder as minhas esperanças, mas, olhando para o quadro de forma racional, sou obrigado a admitir que o fim do Brasil é iminente. O tempo para reacção se esgotou na última eleição e aqueles que poderiam fazer alguma coisa estão desorientados e não foram preparados para o presente desafio. Basta ver como os militares presentes no governo foram domesticados pelos capatazes de um bruxo terraplanista especializado em enganar viúvas que vive na Virgínia, bruxo esse que nem sequer esconde seu envolvimento com o Departamento de Estado americano e com o milenarista Steve Bannon!

Nações muito mais bem preparadas sucumbiram em tempos recentes, e o Brasil, ou melhor, a maioria esmagadora dos brasileiros andou a dormir. Apesar da tal ideia de que vivemos num mundo globalizado ser um lugar comum, parece que quase ninguém entendeu as consequências - e os perigos - disso. O brasileiro continuou agarrado à convicção de que o Brasil é uma espécie de paraíso isolado dos problemas que afectam o resto do planeta Terra, apesar dos alertas de um Snowden, ainda em 2013, ou das primaveras árabes, do golpe na Ucrânia, da ingerência na Síria e, pasmem, da tentativa de intervenção numa Venezuela que se tornou um dos pontos quentes da geopolítica mundial num continente acostumado a uma posição periférica!

De resto, para mostrar o quanto a nossa elite é provinciana e estúpida, cito o recente acordo Mercosul-União Europeia. Iludidos pela mesquinhez, os caipiras produtores de commodities comemoraram  o sacrifício do pouco que ainda sobrou da indústria (e, diga-se de passagem, até industrialistas imbecis comemoram esse golpe nos seus interesses por razões obscuras que só posso interpretar como prova de demência suicida), e a abdicação de qualquer política industrial daqui para a frente, e tudo isso por um acordo em que, mas só em teoria, ganham algumas migalhas insignificantes. Na realidade, graças às regras sanitárias da União Europeia, que dão a Bruxelas o poder para vetar unilateralmente as importações agrícolas do Brasil sob vários pretextos eficazes (e Bolsonaro deu ainda mais pretextos aprovando o uso de pesticidas antes proibidos!), não ganharam nada e a longo prazo perderão qualquer posição negocial, afinal, uma nação sem uma indústria forte é fraca, e uma nação fraca não consegue defender os seus interesses agrícolas. Basta olhar para o mundo e ver quem é que determinou os acordos agrícolas nas rodadas comerciais em detrimento do mundo em desenvolvimento nas últimas décadas. União Europeia, Estados Unidos da América, Canadá e Japão conseguiram desde sempre condicionar os mercados agrícolas às suas necessidades e impuseram a abertura dos mercados industriais e de serviços das nações fracas às suas corporações, dando em troca apenas migalhas e promessas! Se alguma coisa permitiu que a agricultura brasileira crescesse, foi basicamente a demanda da China e do Médio Oriente que não podia ser suprida pelas nações centrais.

E virá o momento em que os ruralistas perderão tudo. Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento do mundo, e da história humana, sabe que chegará o dia em que essa classe será demonizada no exterior e movimentos como os sem-terra, ou bem mais radicais, receberão apoio internacional para destruir a posição dos grandes agricultores brasileiros, aos quais restará vender as suas terras, a preço de banana, para as grandes corporações internacionais. Para quem promoveu o Estado Islâmico quando isso convinha...

Enfim, a ganância misturada à estupidez das elites brasileiras não só conseguiu deitar abaixo o sonho de um Brasil potência, como aquele com que sonhamos na era Geisel, mas conseguiu sepultar de vez o próprio Brasil. Espero me enganar, mas o "ratio" de acertos deste blogue nos últimos anos me deixa pouco esperançoso...