domingo, 13 de dezembro de 2015

Trump: a "Opção Persa" do globalismo





Não confio em Trump, apesar de concordar com muitas das suas declarações. Donald Trump se encaixa perfeitamente no perfil de testa de ferro de uma esquema de lavagem de dinheiro. O envolvimento com o jogo e com o sector imobiliário de alto luxo, que o levou a uma falência bilionária, e a meteórica recuperação poucos anos depois, constituem um elenco de factos suficiente para que eu aposte na hipótese de Trump ser apenas a face visível de algo bem vasto. O casamento e, ainda mais importante, a posição em que deixa a a descendência por causa do mesmo, também pesam. Tudo obedece ao padrão que se observa em operadores externos à rede que tentam entrar para o círculo interno pela via do sangue, se é que me entendem...

Devido a questões laborais, pouco tempo tive para fazer uma investigação exaustiva da vida de Trump, para além do que "todos sabemos". Ainda assim, consegui reservar algum tempo para sua a entrevista ao canal Infowars, do jornalista Alex Jones, o qual me parece ele próprio ter sido de algum modo envolvido pela rede. Alex Jones não apenas foi brando com Trump, chegando ao ponto de aceitar a instrumentalização da versão oficial do 11 de Setembro por Trump como gancho para puxar pela questão da segurança, mas chegou mesmo ao ponto de o elogiar pelas suas posições em política externa, quando não passam de um discurso neo-con destituído da ideologia democratizante, focado na necessidade da América fazer guerras para manter a sua afluência material.

Ao abordar o Médio Oriente, Trump repetiu o mantra republicano anti-obamista e prometeu basicamente uma reorientação da política externa americana, hoje focada na desestabilização da Síria e da Ucrânia, para um retorno em força ao Iraque, onde os EUA gastaram imensos recursos  humanos e materiais e agora vêem a “China” e o Irão ocuparem posições económicas e políticas que, segundo Trump, pertencem de direito aos EUA. Lendo nas entrelinhas, sabendo que a mesma elite que promoveu Obama agora promove a reacção contra o mesmo para fazer a agenda avançar, sou da opinião que Trump é uma das cartas, senão a mais importante carta, dos globalistas, e o objectivo desejado para uma eventual victória de Trump é a guerra mundial a partir de um conflicto contra Teerão. 


Como sabemos, apesar de todo esforço despendido, e do enorme risco da opinião pública começar a perceber como está sendo enganada diante de tantas evidências que surgem todos os dias (nada que atentados de falsa bandeira não resolvam por uns tempos nesse mundo de menininhas sentimentais e intelectuais cheios de medo de rótulos vazios), os globalistas não conseguiram o que desejavam na Ucrânia e na Síria, e não conseguirão mais pois o público ocidental percebeu o “erro” das primaveras e da ingerência na Síria e os actuais operadores da política, a começar por Obama, estão demasiado desgastados para qualquer mudança de curso, o que exigirá um capital de confiança perdido há muito.

Alias, esta foi a razão pela qual Putin, em grande parte, conseguiu evitar a guerra, apostando muito em contra-golpes arriscados. Na altura da intervenção militar que Obama havia marcado para a Síria, na sequência da falsa acusação de utilização de armas químicas pelo governo Assad que foi prontamente corroborada pelas prostitutas dos mass media e ainda hoje nenhuma delas desmentiu, Putin deu ordens para que os primeiros mísseis de cruzeiro disparados pelos americanos fossem desviados, e antes havia dado um recado bem claro: se os EUA atacassem a Síria, a Rússia atacaria a Arábia Saudita. 

Obama deu ordens para que o ataque continuasse, apesar da acção russa, o que implicaria o início de uma guerra mundial, e só a desobediência dos oficiais da marinha no comando da operação impediu que Obama fosse bem sucedido. A partir daí, a presidência Obama, que já estava enfraquecida ao ponto de não conseguir a coesão mínima necessária para acções de força, se perdeu, especialmente no seio das forças armadas, e aos insucessos da política externa se junta o drama económico vivido pelos EUA, à beira de um colapso sem precedentes que ameaça transformar o que foi a mais próspera nação do mundo numa Detroit continental. Trump aproveita isso para vender o seu peixe. Assim, depois dos “falhanços” na Síria e na Ucrânia, chega ao fim a presidência de Obama e se torna importante preparar a próxima presidência, que deverá ser forte para que o objectivo do despoletamento da guerra mundial seja cumprido.

Trump, estou convencido, é o grande nome, e a retórica do mesmo mostra por onde seremos apanhados. A sua crítica contra Obama se resume ao facto dele não ter conseguido trazer vantagens políticas e materiais para a América com as suas acções, o que é verdade, mas implicitamente não vão na direcção do isolacionismo, da quebra do FED, da expulsão dos ilegais, do fecho de fronteiras e da restauração das liberdades perdidas nas últimas duas décadas, revigorando o velho sonho americano de ser uma nação de pequenos empreendedores, mas sim na direcção de um imperialismo que continuará as guerras noutros continentes em favor das corporações “americanas”, compensando o americano comum com empregos

Sendo assim, relativamente às recentes polémicas envolvendo Trump, Israel e o príncipe Awaleed bin Talal, aposto que tudo isso não passa de jogo para enganar o grande público fazendo Trump passar por anti-globalista/anti-sionista. Os mentirosos sabem que as pessoas tendem a acreditar no que desejam, e é mais do que humano desejar que Trump seja uma verdadeira alternativa ao establishment que domina a América, e o mundo. Veremos, e espero estar errado.

21 comentários:

  1. Uma das filhas de Donald Trump é um sionista de uma família muito poderosa nos Estados Unidos.

    Achar que esse homem é anti-sionista é piada.

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    1. Mais acima eu queria dizer o seguinte:

      Uma das filhas de Donald Trump é CASADA com um sionista de uma família muito poderosa nos Estados Unidos.

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    2. interessante que os sites de extrema direita 'neo-nazista" tratam o cara como um Rei anti-judeu.

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    3. eu sou NS, (não de "extrema-direita" obviamente) e não trato o gajo como um rei anti-judeu.
      muito pelo contrário, tudo o que vocês dizem do homem e da relação dele com israel, a relação da filha dele com judeus e etc, é tudo verdade.

      nada a ver.
      deves estar a falar do idiota do Andrew Anglin, mas ele é um caso isolado, e é um ex-conservador arrependido que agora pensa que é NS.

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    4. Esse mesmo, o imbecil acha que o Trump é a solução, por isso eu prefiro a leitura do Varg Vikernes sobre a problemática sionista.

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    5. Nesse caso particular, não há grande novidade. A maioria do pessoal, independentemente da ideologia, está perdida no meio de tanta informação e de desenvolvimentos tão importantes e rápidos se sucedendo de forma cada vez mais rápida e intensa.

      Um abraço.

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  2. 8 anos governa os democratas, e 8 anos os republicanos, por que já está tudo combinado, não existe democracia nos EUA, por que o país em si é uma corporatocracia.

    Eu concluí isso vendo um debate dos republicanos traduzido pelos "tradutores de direita", onde os candidatos republicanos conversam abertamente sobre "governar 8 anos" para o público em geral.

    Trump é a maior prova de que o processo eleitoral dos EUA é falso como um todo - O cara pode cometer todas as gafes inimagináveis que quiser durante a campanha, mas sempre continua líder nas pesquisas. Trump poderia mostrar a bunda durante um debate, e mesmo assim, ganharia a eleição.

    Democratas operam com revoluções coloridas.
    Republicanos declaram guerras oficiais.
    Trump vai ganhar, e o Daesh eliminado - Automaticamente, os EUA estarão invadindo Iraque, Síria, Jordânia e Irã no processo - Possivelmente foi para isso que o Daesh foi criado.
    E não se esqueça de juntar: Nigéria, Afeganistão, Líbia e Iêmen a esta lista.
    http://i.imgur.com/OAeg8eZ.jpg

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    1. Saudações!Nigéria,Afeganistão,Jordânia, Líbia, Iêmen, etc, eu creio que estão sim na lista.Mas o Irão é osso duro de roer.Pra mim não seria novidade ver em um futuro próximo o Irão no BRIC´S...

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    2. Pois é. A farsa é bem flagrante. É que estamos a tratar de uma espécie de constante matemática que não falha. Algo muito estranho quando temos em mente que estamos a falar de sociedades humanas.

      Um abraço.

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  3. Carlos, o que acha desse absurdo?

    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/12/paises-apoiadores-da-oposicao-na-siria-se-reunem-em-paris.html

    Os vermes realmente vão derrubar Assad? Como fica a Rússia no meio de tudo isso?

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    1. Caro, penso que vão fazer de tudo para conseguirem o pretexto para a guerra contra a Rússia. Creio que não vão conseguir derrubar o Assad, a não ser por meio de um atentado, mas sinto, que a partir da próxima presidência americana, se tentarão causar uma guerra a partir do Iraque por meio de choques com as forças do Irão.

      Um abraço.

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  4. Somente de ver o Trump e o Alex Jones juntos, para mim foi o suficiente para cair a mascara de ambos.

    Trump foi casado com uma judia, é puxa-saco de Israel, sua filha casou com um judeu e acabou por se converter ao judaismo, ou seja, rejeitou Cristo, parte da equipe que forma o time politico de Trump é composta por Judeus.

    Alex Jones até pouco era casado com uma judia, ao acabar o casamento foi tirar umas ferias em Israel, o produtor de seus programas é judeu, o dono da radio retransmissora dele é judeu, recentemente recebeu David Duke em seu programa, aonde o mr. Jones foi holocausteado em praça publica, com direito a intervenção do produtor judeu, então o que fizeram, excluiram o programa de todas os seus canais de comunicação, tanto do site oficial como do Youtube, no que resultou em uma enxurrada de criticas por parte dos proselitos jonesnianos.

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    1. Não vejo diferença entre um judeu e 1 protestante sinceramente.
      Os dois são o "povo escolhido" um por sangue outro por "batismo". Apesar de suas cabecinhas saberem que tem algo estranho eles não conseguem entender (nem acreditar nessa palhaçada) e teorizar daí a bagunça total.

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    2. Acho que o Alex Jones está perdidinho no meio do tiroteio...

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    3. Eu também perdi a minha confiança no Alex Jones. Só ainda não descobri como é que ele "caiu". É que a inflexão começou há uns dois anos, e se tornou óbvia há alguns meses. Porém, quando a gente analisa o que ele já revelou, é quase impossível concluir que desde sempre ele esteve "metido no jogo", mas não vou excluir a hipótese.

      Um abraço.

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    4. Jones já disse há tempos que é sionista. Mas essa não é a razão pela qual o desprezo - o cara é um palhaço, aberração do "talk radio" que grita e dá chiliques o tempo inteiro, apelando pra emoções ao invés da razão. Só um pouco menos pior que Michael "Savage".
      Pra quem entende inglês: http://cuttingthroughthematrix.com

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  5. o Trump está apenas a servir de palhaço para "entreter" as massas, captar/desviar votos para o republicanismo neocon através das bocas racistas, e desviar atenções de mais guerras e atentados neocons que vêm aí a caminho a partir de 2017, mas com outro presidente/candidato que não ele.

    ele apenas está a concentrar sobre ele os holofotes, para mais tarde outro (provavelmente Bush) vir ocupar o lugar.
    a família Bush é demasiado odiada e por isso arranjaram outro para ocupar os holofotes antes da eleição a sério.
    basicamente é isso.

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    1. Pode ser, Thor. O Pedro Marcos aposta numa hipótese semelhante, mas avança com outro nome. Vamos ver quem ganha a aposta;)

      Um abraço.

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  6. O Trump não vai dar em nada e está a fazer jogo a favor do Ted Cruz, um fuinha, um verme sionista da pior espécie.

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    1. Pode ser, Pedro. É uma hipótese bem provável, mas ainda me inclino mais para apostar na minha;)

      Um abraço.

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  7. Vejo Trump como uma reutilização do modelo "Hitler" de Messias Apocalíptico/autoritário ( com aquele "approach" "I'm a winner", que funciona tão bem na psiquê Nórdica - a maioria dos Americanos sendo de sangue Alemão. Só que desta vez destinado a perder a eleição; mas não antes de incitar e atiçar os ânimos da classe média branca Americana - para possíveis tumultos e revoltas, culminando em uma lei marcial imposta sob o regime Clinton.
    De certa forma, desempenha função similar à que o Guru da Virgínia exerce sobre a classe média branca Brasileira, considerada a diferença psicológica ( Íbero-Sefarditas funcionam no modelo "elite intelectual predestinada - çou ixperrto" em oposição ao modelo Führer ).

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