domingo, 7 de fevereiro de 2016

A Armadilha Turco-Saudita e a Visita de Kissinger

Quando a esperança reside em Kissinger, é porque algo correu muito mal...




Às vésperas da data marcada para o ataque americano contra a Síria, logo a seguir à farsa criada em torno da utilização de armas químicas pelas forças de Assad, totalmente corroborada, como é habitual, pelos meios de comunicação para as massas, Putin ameaçou atacar a Arábia Saudita caso a administração Obama seguisse em frente:


Ainda assim, Obama deu ordens para o início da campanha de bombardeamento e, segundo várias fontes confiáveis, chegaram a ser disparados dois mísseis de cruzeiro que foram desviados da rota em pleno voo por sistemas de contra-medidas electrónicas russos cuja eficácia tem sido comprovada em diversos episódios isolados. Tal facto convenceu o comandante americano a descumprir as ordens e minou ainda mais a autoridade de Obama entre os militares. 

 

A partir de então a estratégia americana mudou. Não demorou muito para que, das forças de oposição ao regime de Assad, surgisse o Estado Islâmico, operação levada a cabo pelos serviços de inteligência que desde então tem servido de pretexto para a intervenção ocidental na Síria. No princípio desta nova fase da ingerência na Síria, a Rússia limitou-se a apoiar Assad com o incremento do fornecimento de armas e com a presença de forças navais, porém, nada disso foi suficiente para conter o avanço das forças rebeldes no terreno, estrategicamente divididas em facções que vão se alternando no papel de moderadas e radicais de acordo com as exigências do momento.
Ao mesmo tempo, o Ocidente tentou um golpe na Ucrânia para dificultar o fornecimento de armas a Assad e envolver a Rússia numa guerra desgastante, mas Putin soube isolar a questão ucraniana, neutralizando ao mesmo tempo a Criméia, sem perder o apoio interno, que só aumentou com as novas sanções que o Ocidente levantou e a intensificação da campanha de propaganda anti-russa, cada vez mais desconectada da realidade. É em tal contexto que devem ser entendidas as movimentações da Arábia Saudita e da Turquia, assim como de Israel:

E os factos mais recentes apontam para a precisão de tais especulações avançadas no blogue Prometheo, infelizmente:



Do lado russo, os sinais de que não haverá recuo são constantes, e cada vez mais fortes:



E eis que agora aparece um novo sinal:


Há já bastante tempo que Kissinger tem demonstrado reticências em relação à política de confrontação da Rússia favorecida pela escola de Zbigniew Brzezinski, preponderante no establishment, e tal pode indicar uma preparação para uma acomodação com a quase certa substituição da administração democrata por uma republicana, o que seria positivo, servindo as actuais movimentações no Médio Oriente (e não só) para melhorar a posição negocial do "Ocidente", ou, o que é péssimo, que Kissinger, homem ao qual se podem atribuir muitos defeitos, mas não o da burrice, está preocupado e tenta ganhar tempo com Putin para trabalhar numa solução para a escalada em curso, que pode deitar tudo por terra abaixo. 

Saberemos em breve, mas uma coisa é certa: em nenhum momento da guerra fria o mundo esteve tão perto de um conflicto generalizado cujo potencial destructivo supera o de todas as guerras anteriores reunidas...

5 comentários:

  1. Reduzir jornada de trabalho? Não vai dar certo.

    https://www.youtube.com/watch?v=u4dDyp6LLQM

    Governo brasileiro: Nem pra roubar direito!

    https://www.youtube.com/watch?v=l7XMe7drxAs

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    1. Porque você continua a postar essas porcarias aqui ?

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    2. Para ensinar uma pouco de economia para muitos.

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    3. Como algo classificado como porcaria pode ensinar algo a alguém ?

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    4. Classificado por quem? Por você? Então não é porcaria.

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