Quando a esperança reside em Kissinger, é porque algo correu muito mal...
Às vésperas da data marcada para o ataque americano
contra a Síria, logo a seguir à farsa criada em torno da utilização de armas
químicas pelas forças de Assad, totalmente corroborada, como é habitual, pelos
meios de comunicação para as massas, Putin ameaçou atacar a Arábia Saudita caso
a administração Obama seguisse em frente:
Ainda assim, Obama deu ordens para o início da
campanha de bombardeamento e, segundo várias fontes confiáveis, chegaram a ser
disparados dois mísseis de cruzeiro que foram desviados da rota em pleno voo
por sistemas de contra-medidas electrónicas russos cuja eficácia
tem sido comprovada em diversos episódios isolados. Tal facto
convenceu o comandante americano a descumprir as ordens e minou ainda mais a
autoridade de Obama entre os militares.
A partir de então a estratégia americana mudou. Não
demorou muito para que, das forças de oposição ao regime de Assad, surgisse o
Estado Islâmico, operação levada a cabo pelos serviços de inteligência que
desde então tem servido de pretexto para a intervenção ocidental na Síria. No
princípio desta nova fase da ingerência na Síria, a Rússia limitou-se a apoiar
Assad com o incremento do fornecimento de armas e com a presença de forças
navais, porém, nada disso foi suficiente para conter o avanço das forças
rebeldes no terreno, estrategicamente divididas em facções que vão se
alternando no papel de moderadas e radicais de acordo com as exigências do
momento.
Ao mesmo tempo, o Ocidente tentou um golpe na Ucrânia
para dificultar o fornecimento de armas a Assad e envolver a Rússia numa guerra
desgastante, mas Putin soube isolar a questão ucraniana, neutralizando ao mesmo
tempo a Criméia, sem perder o apoio interno, que só aumentou com as novas
sanções que o Ocidente levantou e a intensificação da campanha de propaganda
anti-russa, cada vez mais desconectada da realidade. É em tal contexto que
devem ser entendidas as movimentações da Arábia Saudita e da Turquia, assim
como de Israel:
E os factos mais recentes apontam para a precisão de
tais especulações avançadas no blogue Prometheo, infelizmente:
Do lado
russo, os sinais de que não haverá recuo são constantes, e cada vez mais
fortes:
E eis que
agora aparece um novo sinal:
Há já bastante tempo que Kissinger tem demonstrado
reticências em relação à política de confrontação da Rússia favorecida pela
escola de Zbigniew Brzezinski, preponderante no establishment, e tal pode
indicar uma preparação para uma acomodação com a quase certa substituição da
administração democrata por uma republicana, o que seria positivo, servindo as
actuais movimentações no Médio Oriente (e não só) para melhorar a posição
negocial do "Ocidente", ou, o que é péssimo, que Kissinger, homem ao
qual se podem atribuir muitos defeitos, mas não o da burrice, está preocupado e
tenta ganhar tempo com Putin para trabalhar numa solução para a escalada em
curso, que pode deitar tudo por terra abaixo.
Saberemos em breve, mas uma coisa é certa: em nenhum
momento da guerra fria o mundo esteve tão perto de um conflicto generalizado
cujo potencial destructivo supera o de todas as guerras anteriores reunidas...
Reduzir jornada de trabalho? Não vai dar certo.
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=u4dDyp6LLQM
Governo brasileiro: Nem pra roubar direito!
https://www.youtube.com/watch?v=l7XMe7drxAs
Porque você continua a postar essas porcarias aqui ?
EliminarPara ensinar uma pouco de economia para muitos.
EliminarComo algo classificado como porcaria pode ensinar algo a alguém ?
EliminarClassificado por quem? Por você? Então não é porcaria.
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