quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Quando a máscara do liberalismo cai, o que se vê é uma banana...



Graças à minha actividade empresarial, cada vez mais exigente (por boas razões), tenho tido pouco tempo para me dedicar ao blogue. O pouco tempo livre que me sobra para actividades mais elevadas tem sido ocupado por estudos históricos que espero poder concluir em breve. O principal foi feito e agora tenho de avançar com mais alguns estudos sobre alguns pontos secundários, mas de forma alguma insignificantes. 

Enfim, uma rotina muita diversa daquela comum aos defensores do liberalismo, os quais, invariavelmente, nunca exerceram actividades empresariais ou sequer têm disposição, coragem e engenho para tanto. Todos eles, repito, todos, não passam de paus mandados dependentes do meretrício nas universidades ou nos jornais para sobreviver, ou seja, têm vidas bem diversas daquelas que obrigam os outros levar a partir de posições moralistas que em nada ficam a dever ao sentimentalismo adolescente dominante à esquerda.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Mudando de Assunto




De algumas semanas para cá,se nota o silêncio da imprensa em relação aos rebeldes na Síria. O velho truque do silenciamento agora é ordem, após mais uma série de acções desastradas por parte dos americanos (e aliados envolvidos) e contínuos acertos da parte dos russos. Depois dos últimos eventos, subitamente todos esqueceram o financiamento dos “rebeldes” (especialmente depois de sabermos da relação entre a família de Erdogan e os traficantes de petróleo da Entidade Islâmica) e passaram a falar dos candidatos presidenciais americanos.
            A agenda americana é cada vez mais clara e um número cada vez maior de pessoas se distancia dos grandes meios de comunicação e procura vias alternativas. Uma grande revolução na transmissão da informação está acontecendo diante dos nossos olhos e com ela muda perspectiva política de um público crescente. Claro que estamos no princípio desse fenômeno, mas ele já faz estragos significativos na máquina propaganda corporativa. Hoje em dia, mais de 70% dos americanos (povo mais habituado ao uso da internet) não acredita na versão oficial do 11 de Setembro, e o mesmo se dá em relação à versão oficial da invasão do Iraque.
Obama está sofrendo os efeitos do desgaste político, aumentados pela super-exposição a que o obrigaram, e a sua administração perdeu a utilidade para os globalistas, se tornando urgente promover "A New Face to An Old Agenda".

            Ao mesmo tempo, Putin continua transmitindo uma imagem de segurança e força, apesar da distorção pelos meios de comunicação. A empatia por ele é cada vez maior dentro e fora da Rússia. Apesar de ter aberto várias frentes de batalha contra o imperialismo, inclusive se chocando de frente contra a Monsanto (notícia mais uma vez omitida pela imprensa), nada disso o impediu de demonstrar vigor e segurança na questão turca:

           "We are not going to rattle the sabre. But, if someone thinks they can commit a heinous war crime, kill our people and get away with it, suffering nothing but a ban on tomato imports, or a few restrictions in construction or other industries, they’re delusional. We’ll remind them of what they did, more than once. They’ll regret it. We know what to do."

domingo, 13 de dezembro de 2015

Trump: a "Opção Persa" do globalismo





Não confio em Trump, apesar de concordar com muitas das suas declarações. Donald Trump se encaixa perfeitamente no perfil de testa de ferro de uma esquema de lavagem de dinheiro. O envolvimento com o jogo e com o sector imobiliário de alto luxo, que o levou a uma falência bilionária, e a meteórica recuperação poucos anos depois, constituem um elenco de factos suficiente para que eu aposte na hipótese de Trump ser apenas a face visível de algo bem vasto. O casamento e, ainda mais importante, a posição em que deixa a a descendência por causa do mesmo, também pesam. Tudo obedece ao padrão que se observa em operadores externos à rede que tentam entrar para o círculo interno pela via do sangue, se é que me entendem...

Devido a questões laborais, pouco tempo tive para fazer uma investigação exaustiva da vida de Trump, para além do que "todos sabemos". Ainda assim, consegui reservar algum tempo para sua a entrevista ao canal Infowars, do jornalista Alex Jones, o qual me parece ele próprio ter sido de algum modo envolvido pela rede. Alex Jones não apenas foi brando com Trump, chegando ao ponto de aceitar a instrumentalização da versão oficial do 11 de Setembro por Trump como gancho para puxar pela questão da segurança, mas chegou mesmo ao ponto de o elogiar pelas suas posições em política externa, quando não passam de um discurso neo-con destituído da ideologia democratizante, focado na necessidade da América fazer guerras para manter a sua afluência material.

Ao abordar o Médio Oriente, Trump repetiu o mantra republicano anti-obamista e prometeu basicamente uma reorientação da política externa americana, hoje focada na desestabilização da Síria e da Ucrânia, para um retorno em força ao Iraque, onde os EUA gastaram imensos recursos  humanos e materiais e agora vêem a “China” e o Irão ocuparem posições económicas e políticas que, segundo Trump, pertencem de direito aos EUA. Lendo nas entrelinhas, sabendo que a mesma elite que promoveu Obama agora promove a reacção contra o mesmo para fazer a agenda avançar, sou da opinião que Trump é uma das cartas, senão a mais importante carta, dos globalistas, e o objectivo desejado para uma eventual victória de Trump é a guerra mundial a partir de um conflicto contra Teerão. 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

As vantagens da neutralidade, e as condições para a mesma.

Milícia suíça: garanto que o nosso "exército profissional",  um bando de azeiteiros burocratizados, 
nada vale em comparação com estes civis em armas.


Se enganam os que pensam que a neutralidade é o refúgio das nações fracas, sem objectivos e sem vontade. Neutralidade não significa mais do que independência, e para que a mesma o seja de facto, e não apenas de direito, é preciso força.

Os poderosos, quando optam pelo caminho do imperialismo, processo em que as elites locais (ou já estrangeiradas) passam a ter interesses que divergem daquilo que poderia se definir como interesse nacional, forçam os fracos à alianças, limitando a sua capacidade de escolha sem dar mais do que garantias verbais, mas mantém para si, exclusivamente, a opção da neutralidade.

Portugal, nas décadas de pertença à tal aliança atlântica (e mesmo ao longo da sua história a partir da Restauração), experimentou os danos resultantes disso na pele, e o mais incrível é que poucos "intelectuais" conseguiram enxergar a realidade, se agarrando a abstracções infantis a respeito da política externa que valem apenas como arma de propaganda "americana" (para ser mais preciso, globalista). Em troca da inimizade do bloco leste, durante a guerra fria, conseguimos a seguinte lista de benesses:

1 - Perda das praças indianas, tomadas com o incentivo e total apoio retórico e material do Reino Unido e dos EUA.

2 - Desestabilização de Angola e de toda a África lusa, começada pela acção do agente americano Holden Roberto nos massacres que inauguraram a Guerra do Ultramar.

3 - Inimizade do bloco comunista, factor que veio, diante da constatação de que Portugal seria desfeito a partir de dentro por acção da elite globalista, aumentar ainda mais o desgaste das guerras em África, abrindo novas frentes, e facilitar o golpe que as próprias elites preparavam para Portugal (para o qual o PCP foi instrumentalizado, cumprindo o papel de carne para canhão).

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A mentira Perenialista e o perigo para o Cristianismo.






“ Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho,  a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” 

João 14:6

                    Hoje tomei conhecimento de um texto a respeito da enorme vaga de jovens que manifestam interesse pela chamada escola tradicionalista e a partir daí redescobrem o Cristianismo, enveredando muitos pela vertente Ortodoxa. Como temos alertado, o movimento perenialista faz uso da Sofiologia, heresia que coloca em causa a verdadeira natureza de Maria, fazendo dela o elo fundamental para a união de todas as religiões tradicionais num culto feminino.
                   Quase todos ignoram o perigo dessa infiltração e a dimensão da mesma, porém, hoje tive a satisfação de conhecer mais um membro da Igreja Ortodoxa que está a par da situação, o Diácono Marcelo Paiva.
                   Reproduzirei aqui o texto do mesmo, na sua forma integral. Aproveito a oportunidade para agradecer ao Diácono Marcelo Paiva pelo seu empenho e coragem em abordar este tema .

“                 Estejamos atentos : Uma revolução está acontecendo
                   Até há alguns anos atrás, o rebanho ortodoxo em nossas terras se resumia aos descendentes da imigração (em sua maioria apenas nominalmente ortodoxos, confundindo a ortodoxia como um "patrimonio cultural familiar") e alguns poucos brasileiros de "classe media", que conheciam a Igreja através de suas viagens anuais a Europa e aos EUA e que retornando ao Brasil, se vinculavam a uma das poucas paroquias edificadas no pais (em poucas capitais do Sudeste e do Sul) pelos imigrantes de países tradicionalmente ortodoxos (e voltado para atender a esses).
                   Nestas paroquias, estes brasileiros buscavam se encaixar, e nisso buscavam aprender a orar em idiomas estrangeiros, aprendiam seus costumes, se tornando um pouco russos, um pouco gregos, para melhor se adequar.
                   A Igreja então permanecia "escondida" dos olhos, corações e mentes da maioria dos brasileiros, que ao pensar nos termos "igreja" e "cristianismo", pensavam que tudo se encerrava no Catolicismo Romano e no Protestantismo .
                   O que levou e ainda leva a tantos a buscar as religiosidades sem Cristo (a infinidade de seitas budistas, hindus e Nova Era), por falta de identificação com o "cristianismo conhecido".
Graças a Deus, a partir de alguns anos a Santa Ortodoxia tendo sido descoberta, e temos um novo rebanho a chegar a porta de nossas igrejas.
                   Em virtude da massificação da internet, e do fim das fronteiras da informação que trazem um conhecimento cada vez maior sobre o que acontece em todo o mundo, a Igreja Ortodoxa começa a ser conhecida não apenas por estudiosos do tema religioso, mas por todos aqueles que diante da grande crise da identidade religiosa do ocidente, se veem perplexos com a descoberta deste "outro cristianismo", que não é nem o catolicismo romano nem o protestantismo.
                   E desses buscadores, se destaca a procura de uma legião de jovens, de 16 até 30 anos, e este movimento vai aumentar.
                   Nossas igrejas precisam estar preparadas.
                   Claro, devemos identificar este crescente interesse dos jovens brasileiros como uma graça e ter alegria em ofertar o Evangelho santo de nosso Senhor para todas essas crianças espirituais.
Contudo, é necessário estabelecer uma preparação catequética muito seria, que desde os primeiros contatos estabeleça com muita clareza que a Igreja Ortodoxa realmente oferta, e deixar claro aquilo que definitivamente não tem qualquer relação com a sua sagrada missão no mundo.
                   Pois é certo que muitos desses jovens, advindos de um ambiente muito confuso espiritualmente e sem bases cristãs, estão buscando a Igreja muitas vezes animados por uma grande confusão sobre o que é a Santa Ortodoxia e o que mesmo é a busca espiritual autentica.
                   São jovens que estão vendo a Ortodoxia como uma espécie de "tatuagem legal", estranha , exótica, para ser um acessório a outras excentricidades comportamentais, que são estranhas a fé ortodoxa real ou mesmo totalmente opostas a ela.
                    Em muitos casos, há uma grande confusão, que torna possível que jovens conciliem em suas mentes a busca pela ortodoxia com simpatias com coisas totalmente opostas a nossa luminosa fé, como o paganismo nórdico, elementos nazistas, idearios de pensadores claramente hostis ao cristianismo, como o pagão Julius Evola, e a constante vinculação da imagem da Igreja a figuras obscuras da politica internacional, como é o caso de Alexander Dugin (um pensador que já teve seus postulados condenados pela Igreja ), alem de uma crescente idealização e romantização da figura do atual líder da Federação Russa, Vladimir Putin, e do lugar da Federação Russa em nossa fé.
                    A Igreja Ortodoxa não é de modo algum um refúgio para os buscadores destas doutrinas humanas e lugar para cultivo das paixões mais rebaixadas, mas ao contrário, é o hospital espiritual no qual as loucuras da mentalidade de um mundo decaído são estancadas da alma do homem que busca refugio só em Deus.
                    Como venho já há alguns anos, diariamente trabalhando pela causa do apostolado virtual, com enfase em uma catequese simples que mostre a nossa fé como uma via do arrependimento, da mansidão e da humildade em Cristo, percebo agora com mais facilidade a existência deste impactante fenomeno.
                    Graças a Deus, em nossa Missão da Proteção da Mãe de Deus, os jovens que tem chegado até nós (temos atualmente 7 catecumenos, todos jovens, e tenho a esperança que esta turma ainda aumente em breve), tem uma outra base e estão buscando a Igreja pelas razões certas (buscando a união com Deus), mas em todo o Brasil há uma ebulição, e muitas mentes confusas, a espera de orientação da Igreja.
                     Que Deus nos ajude a cuidar dessas crianças espirituais, com amor e muita responsabilidade, para que conversões verdadeiras se deem, para Gloria de Deus e salvação de muitos.
                    Nas fotos, fieis e catecumenos da Missão da Proteção da Mãe de Deus, uma paroquia do Patriarcado de Moscou edificada no Rio de Janeiro.

No amor de Cristo,

Diácono Marcelo.”



terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Desabafo a respeito do Dia da Restauração

Ao reflectir sobre o presente de Portugal, não é a nossa posição, facilmente reversível, que me preocupa, mas sim a disposição da maioria esmagadora dos que têm, por terem escolhido o caminho dos estudos, ou das armas (ou ainda ambos), responsabilidades que não posso atribuir ao "homem comum". Quanto ao homem comum, tenho fé nele, mas nada posso esperar daí enquanto não surgir uma liderança inspirada, que saiba ganhar a sua confiança e fazê-lo sonhar. Infelizmente, ainda não vejo nada. O servilismo predominante faz com que aqueles que deveriam ser ambiciosos sonhem em servir, quando servir deveria ser uma circunstância acidental, passageira. Uma das manifestações do servilismo é a importância que damos à opinião que qualquer estrangeiro tenha de nós, por mais parvo que ele seja, como se isso fosse importante. Quando mais, não passa de uma manifestação pueril de insegurança. Da minha parte, quero um Portugal viril, de gente orgulhosa e pronta para oferecer a mão ao amigo e o ferro ao inimigo, despreocupada com o que pensam os estrangeiros de nós, mas segura do que pensa deles. Não há volta a dar. Ou defendemos os nossos interesses, ou continuamos a ser gajos porreiros, enquanto ainda nos deixam "ser"... 



Fazei, Senhor, que nunca os admirados
Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses,
Possam dizer que são pera mandados,
Mais que pera mandar, os Portugueses.
Tomai conselho só d’exprimentados
Que viram largos anos, largos meses,
Que, posto que em cientes muito cabe.
Mais em particular o experto sabe.

De Formião, filósofo elegante,
Vereis como Anibal escarnecia,
Quando das artes bélicas, diante
Dele, com larga voz tratava e lia.
A disciplina militar prestante
Não se aprende, Senhor, na fantasia,
Sonhando, imaginando ou estudando,
Senão vendo, tratando e pelejando.