segunda-feira, 11 de julho de 2016

Alerta Amarelo: olhando para o Extremo Oriente

 Um país interessante, sem dúvida, mas não se deixem levar pela xenofilia...

Apesar da falta de tempo, quando as circunstâncias se oferecem não tememos abordar temas tão voláteis e complexos como a geopolítica. É nessa tradição que desejo abordar brevemente um tema que suponho ser de extrema importância, que é o perigo oferecido pelo conjunto formado pelo Extremo Oriente.

O tema já foi abordado algumas vezes por aqui, como nos exemplos abaixo:




  


Recomendo atenção às tabelas e a um trecho do último post:

Há anos, desde os tempos do blogue O Gládio, tenho partilhado a ideia por detrás dessas linhas, ou seja, a de que o Japão, a Coreia do Sul e Taiwan podem mudar de lado, ou para a possibilidade de já o terem feito e agirem concertados com a China, de forma a obterem pretexto para um processo de rearmamento que, ao contrário do que muitos ainda imaginam, fez do Japão uma potência naval superior à qualquer potência tradicional da Europa, nomeadamente o Reino Unido e a França, e deu à Coreia do Sul uma marinha de águas azuis. Historicamente, Japão e China exibiram uma capacidade notável de dissimulação e acomodação, como no caso do Reino das Léquias durante o período de dupla suserania. Mesmo na Era das Canhoneiras, os partidos favoráveis a uma aproximação sempre tiveram grande força. No lado japonês, devido à fraqueza chinesa e aos desafios imediatos colocados pelo Ocidente, venceu o expansionismo, apoiado pelos grandes zaibatsu (que agiram como a Krupp na Alemanha) e depois vencido pelas armas americanas. Os zaibatsu se acomodaram à nova situação do pós-guerra, em troca do acesso privilegiado ao mercado americano, mas nada impede que mudem de posição (ainda mais se ela for mais vantajosa ou a única possibilidade de sobrevivência numa guerra entre a China e os EUA). No caso de Taiwan, o Kuomitang há muito defende a aproximação, e no caso da Coreia do Sul, devemos lembrar que as suas corporações já estão presentes na Coreia do Norte e ela sempre foi tributária da China, jamais tendo razões para a temer. Voltando ao Japão, o elemento que, quando demasiado forte, coloca impedimentos à tal aproximação, a crescente fraqueza e encolhimento demográfico servem de contrapeso a qualquer receio de futuro expansionismo japonês voltado para a Ásia. Porém, suas ambições podem ser dirigidas para outras margens...

É assim que devemos fazer a leitura de notícias como a que me foi recomendada pelo Professor Caio Rossi e segue abaixo:

The Religious Cult Secretly Running Japan: Nippon Kaigi, a small cult with some of the country’s most powerful people, aims to return Japan to pre-WWII imperial ‘glory.’ Sunday’s elections may further its goal.
 

1 comentário:

  1. Numa eventual guerra entre China e USA,o Japão seria varrido caso se posicione contra a China.

    ResponderEliminar