Entre as nações que conheço bem, Portugal é a mais desmoralizada. Uma elitezinha ridícula e xenolatra (nisso meto a própria elite que acredita ser anti-regime) vendeu a soberania em troca de crédito e mão livre para estabelecer monopólios e usar o erário - e os subsídios vindos de fora - a seu favor, condenando a juventude a emigrar em taxas inéditas num quadro de diminuição brutal da natalidade. Os monopólios nacionais, apesar de tudo isso, já nem são nacionais, o que prova a incompetência dessa escumalha que manda por cá. Já houve casos de elites que fizeram o mesmo e criaram corporações prósperas e agressivas no cenário internacional, como a Coreia do Sul (não tomem isso por defesa do modelo sul-coreano, mas é um facto que foi bem sucedido na formação de corporações que hoje dominam sectores de ponta), mas o nosso caso é de uma nação que escolheu subsidiar a vida de luxo de famílias de degenerados incapazes de qualquer coisa que não seja parasitar e vender património.
Vivas à Portucel e aos pirómanos das empresas de "combate aos incêndios"!
Quanto aos políticos, conseguiram criar por cá um sistema que promove gente comprada, responsável exclusivamente em relação aos que sustentam os partidos e as carreiras dos seus participantes. Não é por acaso que o imbecil provinciano metido a esperto é o arquétipo do político português nos dias de hoje. Quem quer fazer algo longe do mundo das cunhas esbarra num estado a serviço de poucos e acaba desistindo ou indo embora. Os fiscais são tão durões nesses casos... Apesar de tudo, ainda nos vendem panaceias como o "turismo" como a solução, como se o Algarve não provasse que o turismo não enriquece ninguém, mas apenas mantém as zonas que nele apostam na mediocridade económica, beneficiando uns poucos e criando empregos sobretudo para estrangeiros dispostos a trabalhar por uma miséria. E nem falo da infernização das nossas vidas! Ainda lembro quando Lisboa era Lisboa. Que cidade! Eu a considerava a mais imponente das cidades europeias, e ainda assim conseguia ser uma cidade agradável. Hoje é uma merda igual a Amsterdão, Londres e outros centros comerciais que atraem massas que viajam em busca do "safari de selfies".
E, loucura suprema, vivemos num barril de pólvora, cercados por combustível para que a Portucel tenha acesso à matéria-prima subsidiada. Somos nós que fazemos o combate aos incêndios com os nossos impostos (que não são pagos pelos que estão à frente da Portucel pois estes são beneficiados por isenções a fundações ou têm residência fiscal no exterior), e perdemos as propriedades e pagamos com a vida para que as famílias que mandam na Portucel possam viver à Bill Gates quando nem para administrar uma mercearia de vila, sem concorrência, têm competência. E, do jeito que as coisas vão, essas famílias de energúmenos acabarão um dia por vender a Portucel para estrangeiros, arranjando depois um qualquer expediente para sugar o erário (destino comum dos chupa-cabras que bebem o nosso sangue há alguns séculos), e a União Europeia, que já tem pretextos de sobra para tal, vai garantir que o país seja "bem administrado" pelos burocratas de Bruxelas...
Podem ter a certeza de que é a mais agonizante das mortes.
Não podendo divulgar aqui as fotos dos portugueses queimados nos incêndios para que a Portucel continue a dar lucro para uma meia dúzia de degenerados, deixo aqui algumas fotografias de outras vítimas para que toda a gente não tenha dúvidas a respeito do que se passa.