terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

João Pais do Amaral: um pobre desinformado ou um desinformador?



Qualquer um que estude a maçonaria com alguma atenção há de reparar que não se combate tal associação criminosa no campo das ideias, mas sim enquanto organização. Quem tentar lutar contra as ideias descaradamente maçónicas sem isso em mente acabará envolvido na trama pois a rede que combatemos não se limita ao campo adversário, mas se estende ao nosso campo pois não pode se dar ao luxo de ser isolada num canto. Se fosse, cairia num instante. Daí a razão pela qual os nefelibatas se perdem em debates sobre os évolas e os de Maistres da vida sem chegarem a lado nenhum. Posso garantir que provocam gargalhas nas lojas, ao menos nos graus mais altos (quanto aos arrivistas que predominam nos graus de baixo, vale o brocardo avaritia facit bardus).

É desde tal perspectiva que devemos olhar para a actuação dos indivíduos na política, e falo apenas dos partidos que se dizem "anti-regime" (os outros dispensam tal esforço e toda a gente que neles está deve ser excluída da vida política, ou coisa pior), estudando o seu passado, as suas amizades, quem paga as suas contas e o posicionamento dos mesmos em relação ao que é de facto importante. Da boca para fora, é fácil ser nacionalista e proclamar amor pela pátria, e não é problemático colocar isso em práctica nas pequenas coisas se, num golpe de sorte, se chega a uma posição de poder, reservando o poder adquirido pela confiança dos ingénuos que caem no truque do nacionalismo das pequenas coisas e das palavras bonitas para ser usado nos momentos fundamentais, em que agir em contradicção com os princípios enunciados é vital para a manutenção da estrutura de poder.

Em tais alturas é fácil justificar posições contrárias ao que foi defendido verbalmente recorrendo ao histórico de tudo o que foi dicto e contorcendo as circunstâncias, usando a velha retórica da "responsabilidade", por exemplo. Sendo assim, que não se pense por cá que os movimentos patrióticos não foram infiltrados, ou mesmo concebidos como falsa oposição. Temos um exemplo de movimento concebido desde o princípio para servir ao regime na corrente "monárquica" que nos é apresentada pelos media corporativos como representante do todo, quando em verdade não passa de uma ridícula facção (que me enganou por alguns anos) melhor descrita como movimento duartista, que serve ao regime ridicularizando tudo o que se afirma monárquico ao confirmar a imagem que o homem comum tem dos monárquicos, de que se trata de um agrupamento de imbecis intoxicados pelo mundo cor-de-rosa das Holas e Caras da vida, ou seja, é o movimento das donas de casa e emasculados por excelência, ao mesmo tempo que desvia todos os que têm simpatias monárquicas, para além de força e inteligência, para um movimento inócuo de forma que, no caso da alternativa "monárquica" se tornar a melhor opção para que tudo mude mas continue na mesma, não se corra o perigo de virmos a ter uma monarquia portuguesa autêntica. 

As contradicções que nascem de tais situações são tão aberrantes que muitos, completamente desnorteados, acabam por desistir da verdade para que o seu mundo não caia. Agora, por exemplo, quando os promotores da chamada Nova Ordem Mundial, a ordem perseguida pela maçonaria, resolveram dar um contra-golpe em Putin por este ter conseguido evitar a primeira tentativa oficial de intervenção militar da NATO na Síria às vésperas da data marcada para o ataque ocidental, derrubando um governo eleito na Ucrânia, apesar da retórica democratizante, de forma a anexar a Ucrânia à união europeia, instituição que está na linha de frente das nossas desgraças, e incorporá-la à NATO, instituição que só nos trouxe a inimizade desnecessária da então URSS e nem sequer nos protegeu da perfídia promovida a partir das nações ocidentais (lembrem de que lado a Grã Bretanha, os EUA, a Suécia e tantas outras nações estiveram nos anos da guerra que nos foi feita em África), quem se coloca ao serviço dos bilionários da Ucrânia, todos judeus sionistas que mais não são do que agentes dos interesses que dominam Washington, Londres e Telavive que respondem directamente a Soros, o mais conhecido testa de ferro dos Rothschild? Nacionalistas ucranianos, ou melhor, nazis ucranianos!

Poderão os que se deixam enganar pela retórica ficar impressionados com tal facto, mas os que se limitam a seguir a trilha deixada pelos vários agentes históricos não ficarão minimamente surpresos. Quantos fascistas italianos não foram parte dos esquemas da Loja P2? Para quem trabalhou Klaus Barbie? O que era a Operação Gládio? Quem foi o "fundador de fachada" das reuniões Bilderberg? Quem financiou a ascensão de Hitler? Quais eram os grupos económicos por detrás da política militarista dos nazis e quem eram os seus accionistas? Quem treinou parte das forças que mais tarde lutariam na primeira guerra enfrentada por Israel? O que esteve nos bastidores da guerra civil na Jugoslávia no princípio dos anos 90? Questões que tipos que encaram a política como extensão do futebol jamais fizeram pois só podem ser formuladas por quem estudou bastante, e tem o faro treinado.

E por cá, o que se passa? Temos o campo patriótico dividido, ao menos nas suas franjas nacionalistas (os legitimistas estão unidos e sabem o que querem!), entre os que desejam uma aliança anti-Nova Ordem Mundial com os russos e os apoiam os nazi-sionistas ucranianos e repetem a retórica neo-con a respeito de uma luta que no fundo é entre os que apoiam uma Ucrânia federalizada e neutralizada e os que querem uma Ucrânia anexada pela união europeia e que sirva de carne para canhão da NATO, retórica essa que só se aguenta quando aceitamos bovinamente que ser russo nos dias de hoje é sinónimo de se ser comunista. Para tornar tudo ainda mais suspeito, como se a própria divisão obtida por essa posição fracturante, justo quando o regime está fragilizado, não fosse razão para suspeitarmos, os mesmos que apoiam a agenda sionista na Ucrânia (ou Khazaria), repetem a retórica neo-con também em relação ao "Estado Islâmico", sem jamais mencionarem quem é que criou, treinou e financia a maldita organização que agora nos brinda com imagens de execuções de cristãos. Muito estranho, ou melhor, suspeito demais para ficarmos calados e não investigarmos a fundo quem são os promotores de tais "disparates". Serão apenas mentecaptos? A nível de militância, creio eu que sim, mas a nível de lideranças, minha política é não acreditar nisso (já fui enganado vezes sem conta).

E como cereja por cima do bolo, esses "nacionalistas do regime" repetem tudo o que é dicto nos media sionistas a respeito do ataque de falsa bandeira de Paris, ou seja, temos aqui uma retórica binária anti-islâmica que favorece os interesses sionistas e apenas serve para legitimar o aumento dos poderes do regime, ou melhor, dos que controlam o regime. Então os nacionalistas, que dizem combater o regime, defendem que para acabarmos com os problemas criados pelo mesmo, ou seja, a imigração muçulmana em massa e a consequente balcanização e transformação da Europa num estado policial, devemos delegar mais poderes às forças de segurança que agem em favor dos interesses que criaram o problema? Sabemos muito bem como isso acabará! Com os verdadeiros patriotas, ou seja, com os que querem brigar a sério com a maçonaria e todas as redes a ela ligadas, encarcerados ou desaparecidos, e com o problema islâmico agravado por uma política de imigração que há de continuar pois a balcanização favorece os que estão no poder e legitima um super-estado policial nas mãos dos mais formidáveis inimigos do Ocidente. Depois, uma guerra contra a Rússia, e ficamos por cá pois fica claro que o isso significaria para os povos europeus... 

Agora nos resta separar o joio do trigo. Muitos caem no jogo neo-con por falta de estudo ou por ingenuidade política, porém, tendo em conta que a astúcia em política é fundamental, ainda que estejamos diante de alguém que age de boa-fé, o melhor será colocá-lo a colar cartazes, de preferência sob supervisão. Agora deixo aqui um exemplo de uma liderança, o Sr. João Pais do Amaral, que deve ser investigada ao pormenor. Quanto a mim, tudo nele cheira muito mal. É muita falta de tacto e ela sempre favorece o regime:






4 comentários:

  1. Enfim, nada de novo. O nacionalismo em Portugal não passa de uma caricatura. A mimetização de movimentos homólogos, não entendendo os respectivos contextos, é bem descritiva do grotesco em que tais personagens nacionais incorrem. A patranha do "Parvi" (mesmo assim, parvi) Sector e da "maidan" não me surpreende, portanto. Alguns desses apaniguados ao "nacionalismo renovador" e à "oposição nacional" não escondem a escola que os sustenta e fazem abertamente a apologia do sionismo e israelismo e democracia, quanto mais não seja como a via para o partidarismo pelo qual pretendem ascender (risos) ao poder.
    É preciso ser muito incauto para alguém com sentimentos tradicionalistas e/ou nacionalistas genuínos ter alguma (boa) fé em tais caricaturas.

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  2. KK TENS ALGUM JUIZO?VAIS NA PAGINA DO VICE DO PNR FALAR ISSO?KK..ALI É TUDO VENDIDO AOS JUDEUS

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  3. Ganda postal, Carlos! Demonstraste-me mais uma vez que ainda sou um menino ingénuo. Já tinha estranhado o Duartismo mas essa do PNR-SIS-Gládio (e Maçonaria) escapou-me por completo. Tinha-lhes dado o benefício da dúvida precisamente pelo sistema os marginalizar mas está mesmo TUDO controlado. TUDO. Não é fácil o "desintoxicar" da "realidade" de toda uma vida, mas grão a grão...
    Mais uma vez obrigado por esta outra pérola.

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  4. Eu acho muito ruim ficar se pré-dividindo internamente por causa de problemas totalmente externos. Que diferença vai fazer a interferência de Portugal no conflito mundial? Além do que, caso Portugal tivesse que tomar alguma posição, caberia ao Rei decidir.

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