quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Há anos alerto para a falsa austeridade (enquanto isso, nenhum liberal monárquico ainda se deu conta da realidade...)



Os últimos anos foram de intensa mudança para mim. À luz de várias descobertas, acabei por abandonar de vez a ilusão liberal, ainda que no meu caso fosse uma ilusão bem mais madura do que a da generalidade dos liberais, e também mudou a imagem que possuo do mundo e de qual deve ser a nossa posição, se quisermos sobreviver e, se tivermos sucesso nisso, sonhar e prosperar com dignidade. 

Porém, no que toca a economia, nessa área, ao menos no que chamam de macro-economia, estou satisfeito há anos pois o que absorvi em décadas de viés economicista foi suficiente para perceber o que é útil para compreender a realidade e o que é falso, ou melhor, propaganda. Para um economista, tudo isso parecerá exagero, mas tal se dá pois os economistas são tão ignorantes da História quanto a maioria esmagadora dos historiadores são ignorantes da economia. Um famoso economista português, ex-liberal convertido a não-sei-o-que, escrevia há anos defendendo que o absolutismo era uma tradição portuguesa enquanto há uns tempos atrás, para dar um exemplo contrário, discuti com um famoso historiador a respeito de alguns dados trimestrais que ele apontava como prova do triumpho da política económica passinhas/portas e fiquei envergonhado por ele. Apesar de não saber a diferença entre défice da balança de pagamentos e da balança comercial, e entre essas duas e o défice orçamental, escrevia sobranceiro a respeito da economia ser uma ciência menor. De facto é, mas ele nem sequer chegou a entender a tal ciência menor e se coloca numa posição semelhante à "das gajinhas da esquerda"...


Portanto, para que fique clara a diferença entre os tais monárquicos liberais e os legitimistas, e também dos legitimistas em relação a socialistas, liberais republicanos e nacionalistas, e o que será Portugal se recorrermos à nossa tradição política, administrativa e económica, e podem ter a certeza de que não será uma nação mendigando por turistas, como até alguns economistas defendem, mas um jogador a sério em todos os sectores da actividade humana, fugirei um bocado do mundo das notícias e recomeçarei a escrever a respeito do presente português e, mais importante, do que poderá ser o futuro se o legitimismo varrer todo o lixo estrangeirado do mapa político e voltar a fazer dos portugueses patrões na própria terra, ao invés de servos da gleba da máfia bancária internacional e dos seus paus mandados a nível interno.

Mas antes disso, para que não fiquemos por palavras e tenha algo para mostrar que a minha opinião, apesar de ser invulgar, é bem fundamentada, ao contrário de tudo o que por aí se diz, que em verdade é tudo o que já foi dicto e é constantemente repetido pelos media, deixarei aqui, no fim do texto, algumas das minhas intervenções nos últimos anos. Ouso dizer que se as reformas e mudanças que proponho há vários anos tivessem sido implantadas, Portugal hoje estaria a crescer a taxas próximas dos dez por cento anuais, ou até mais, ao invés de continuar pela mesma via que é seguida há décadas:


Procurem pelo que andei escrevendo no blogue O Gládio e verão que eu afirmei que as reformas passinhas/portas eram uma farsa e que Portugal continuava a caminho de quebrar a sério e perder tudo o que restou da soberania. Quem não vê isso é iletrado em economia ou foi comprado, não há outra explicação. Se não fosse o facto de termos a garantia do programa do FMI, podem estar certos, os juros já teriam ultrapassado todos os limites há vários anos e não haveria alternativa a uma reforma verdadeira, ou seja, uma reforma que corte a despesa estatal em pelo menos 30%, que corte os impostos numa proporção menor, gerando um saldo e nos deixando numa posição confortável para renegociar a dívida, combinada com a saída do euro e da união europeia, e também com o fim dos monopólios monetários e com a libertação da actividade bancária do jugo aos cartéis monopolistas internacionais. O que estão a fazer agora, sob o nome de austeridade, é o seguinte: sangram a economia com mais impostos, continuam aumentando as despesas e a dívida e preparam a entrega total de Portugal à Bruxelas, que sairá reforçada da crise que vem aí. Portugal, o menino bonito da união, será aplaudido e, assim que estiver novamente "caminhando pelos próprios pés", levará uma rasteira na primeira turbulência económica - ou depois do primeiro comentário de um especialista que afirme o óbvio - que coloque as nossas contas sob pressão: que Portugal irá quebrar. Depois disso, em troca da salvação, os impostos serão aumentados ainda mais e os que agora fazem pressão contra qualquer reforma, ou seja, os que dependem do erário, sofrerão cortes como uns cordeirinhos, afinal, por cá teremos tropas da união, devidamente compostas por gente que nem gosta de portugueses, a controlar os ânimos dos "selvagens". Quanto ao resto, acabará por emigrar em massa, enquanto os europeus do Norte aproveitam a época de saldos para comprar Portugal a preço de banana:

Eu escrevi aqui!


5 comentários:

  1. Ola Carlos, desculpe mudar o assunto, mas eu queria te perguntar se voce sabe o que aconteceu com o Leandro Teles Rocha, ele tinha um blog sensacional, que destrinchava o Sionista de Virginia.

    Voce poderia me dar alguma informação do que aconteceu com o blog dele e com ele, sera que mudou de opnião ou ficou com medo de ser processado, etc.

    Desde ja agradeço.

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    1. Por favor, apaguem isso.

      Agradeço.

      Assinado: Vítima do Olavo de Carvalho.

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    2. Carlos Velasco, Jorge Velasco: Por gentileza, peço a exclusão do comentário que cita o meu nome. Nunca tive nenhum blog.

      Aos leitores que encontraram o comentário idiota através do Google: O "Sionista de Vírginia" é o astrólogo de extrema-direita e racista Olavo de Carvalho, que finge ser professor de Filosofia e que mora em um gueto na área rural da Virgínia, nos Estados Unidos. Eu nunca chamei o charlatão e embusteiro Olavo de Carvalho de Sionista. Já chamei o Olavo de racista, de psicopata e de homossexual enrustido, mas nunca chamei o astrólogo de "Sionista", que é um movimento político israelense do qual o Olavo de Carvalho possui até diploma, conforme documentos disponíveis no site oficial do Olavo na Internet.

      Não quero o meu nome associado ao Olavo de Carvalho. Por favor, apaguem o comentário.

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    3. Por gentileza, peço a exclusão dos comentários.

      Agradeço.

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    4. Por gentileza, estou tentando sumir da internet, tenho sofrido muita perseguição inclusive de chans na deep web e preciso excluir o máximo de resultados possíveis do meu nome em sites de busca como o Google.

      Peço que apague o comentário acima. Ficarei muito agradecido.

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