segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O "ataque preventivo" russo



A firmeza e a clareza da política externa russa, que de nenhum modo a cristalizam, contrastam com o que observamos no Ocidente, onde, apesar de haver um objectivo final comum às elites que comandam os seus destinos, o que se observamos é uma série de ajustes que denunciam mais a sua falta de conexão com a realidade, levando a uma improvisação constante diante de circunstâncias inesperadas, do que flexibilidade e capacidade de adaptação. A impressão que tenho é que os planos globalistas das elites ocidentais são tão rígidos que não podem parar sob o risco de pôr tudo em causa, assim, o que vemos agora é uma espécie de fuga para a frente, ou suicídio. Isso tem vários consequências, incluindo a previsibilidade.
Hoje tomei conhecimento de mais uma jogada russa que antecipa um possível movimento das elites globalistas:


Assim, mais uma porta se fecha aos globalistas ocidentais, porém, os russos trataram de deixar uma outra porta aberta: a de uma retirada do Ocidente sem grandes danos para a imagem de Obama. É isso o que fizeram com a revelação de uma possível operação de falsa bandeira contra Israel, em simultâneo com a proposta de fazer a Síria entrar na Organização de Proibição das Armas Químicas e permitir o controlo dos seus estoques desse género de armamento. Para que não fiquem dúvidas de que nada disso é fortuito, recomendo a todos que se preste atenção às datas e horas dos anúncios a que o artigo faz alusão. Resumindo: Putin fez mais uma jogada de mestre ao fechar uma porta e ter o cuidado de manter outra aberta, de modo a não encurralar o adversário. Se nada de inesperado acontecer, terá alcançado uma victória sem guerra. Isso é para poucos...

2 comentários:

  1. São os eternos moleques soberbos e ignorantes (como o Portas)lidando com homens treinados na mais pura arte da guerra.É a mistura do trágico com o ridículo.

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    1. Caro Swedenborg,

      E esses moleques condenam os nossos verdadeiros homens à morte. Fico cada vez mais admirado com esse facto e estou convicto de que esses palhaços não conseguirão manter os militares sob controlo por muito mais tempo.

      Um abraço.

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