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quarta-feira, 6 de maio de 2015

A palhaçada continua: eles não largam o osso

Depois de ter sido apanhado queimando os arquivos, o padre distraído resolveu dar a volta na situação e os seus fanáticos já espalham uma nova versão dos factos:

Paulinho, és tão previsível...


Já que não pode recorrer à batida estorinha dos ataques de hackers comunistas do foro de São Paulo e do KGB, agora só resta, por via indirecta, enganar os ingénuos espalhando o boato de que ele foi vítima de pressão. Se foi, então ficamos a saber que o padre valentão não é assim tão valentão e fica a dúvida: quem é que o pressionou? Esperamos que o padre resolva agir como homem e venha a público esclarecer a questão ao invés de lançar obliquamente insinuações para não assumir as próprias acções. Se é verdade que ele foi pressionado para retirar o que até agora afirmava, então venha a público dizer quem o pressionou ao invés de se esconder atrás da sua trupe de fanáticos!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Algumas reflexões a respeito da possível "Expedição da Síria"

A Civilização Ocidental: De Alcibíades a Droneman...

Às vésperas de uma possível Expedição da Síria, decidi voltar ao episódio da Expedição da Sicília, em que os atenienses, influenciados pelo grande general, orador e estadista Alcibíades, tentaram um golpe ousado que poderia ter garantido a victória contra Esparta e o estabelecimento de uma Pax Ateniensis que anteciparia as glórias colhidas por Alexandre. Do ponto de vista político, militar e económico, o plano era magnífico, mas a Fortuna acabou por condená-lo desde o princípio, a começar pelo próprio Alcibíades, cuja ὕβρις parece ter despoletado a ira do panteão olímpico. 

O que me despertou esse interesse foi a diferença entre as condições iniciais de tal expedição, ardentemente desejada pelo povo ateniense, e as condições em que o governo americano se encontra hoje, começando pela massiva oposição popular. A expedição ateniense foi bem planeada, mas faltou ousadia na requisição de tropas, navios e suprimentos pois a certeza do sucesso de tal operação, aliada à resistência contra o desperdício de recursos e o medo de se exigir demais, levou a uma parcimónia excessiva, falha que poderia ter sido facilmente resolvida num quadro diverso. Todavia, a fortuna foi desfavorável e selou o destino da mesma. Ainda antes de começar, esta perdeu o seu comandante, Alcibíades.

sábado, 31 de agosto de 2013

E agora, quem atacamos?



Não foi preciso esperar muito tempo para que provas conclusivas da autoria do "atentado" surgissem. Diante do fracasso de mais tentativa de justificação de uma intervenção directa na Síria, os líderes ocidentais e árabes devem ter instruído os rebeldes em relação ao que fazer para se reduzir os danos. Assim, chegamos a uma situação ridícula: os rebeldes dizem que são os responsáveis pelo que aconteceu, mas ao mesmo tempo afirmam que tudo não passou de uma acidente. Pior a emenda do que o soneto. Se isto é verdade, então por qual razão essas armas lhes foram enviadas desde a Arábia Saudita? A razão me parece óbvia. Estavam a armar um grande ataque químico para culpar o governo sírio e foram apanhados num "acidente de percurso". 

Porém, incrédulo de que os rebeldes e os seus mentores sejam estúpidos ao ponto de deixar um acidente destes acontecer numa operação tão importante, ainda que admita que há muita tolice nas elites globalistas ocidentais e que estas são conduzidas por informações obtidas por canais usados para desinformação (não posso fazer esse tipo de afirmações relativamente às elites árabes pois não as conheço tão bem), estou certo de que há uma mão invisível por detrás disso. Tudo me leva a pensar no papel da Rússia, cujos serviços de informação são muito superiores aos congéneres ocidentais, árabes e ao Mossad. Creio que os russos conheciam o plano desde o princípio e o sabotaram da maneira mais conveniente, de modo a afastar qualquer suspeita sobre Assad e colocar os seus acusadores numa situação ridícula. 

É por essa razão, acredito, que a sincronização entre os movimentos das forças americanas, as reacções dos líderes ocidentais ao acontecimento, a resposta enérgica de Putin e a posterior revelação do que todos desconfiavam, a tempo de deixar os líderes ocidentais se exporem ao ridículo sem possibilidade de volta atrás ou desmentido, foi quase perfeita. Agora os líderes ocidentais ficam com um grande problema em mãos: atacar a Síria sem legitimidade, com uma oposição interna gigantesca e crescente, o que prenuncia uma pressão insuportável e a derrota militar certa, afinal, à Rússia não será mal de todo que o Ocidente atole as suas tropas numa guerra interminável que despolete uma crise económica sem precedentes e faça os regimes do Ocidente caírem sem necessidade de um tiro, ou recuar, o que será o reconhecimento de uma victória da sagacidade russa sobre as manhas das elites que mandam no Ocidente.