domingo, 20 de novembro de 2016

Trump: Falta muito para merecer um busto em mármore, a começar pelo cabelo.



Comemorei a derrota de Hillary Clinton, mas não me sinto confiante com Trump na Casa Branca. O mais positivo, por enquanto, foi ver o poder da imprensa globalista exposto e derrotado, e constatar que a maioria silenciosa começa a perder o medo da patrulha mediática. Infelizmente, mais do que nunca, é preciso um estadista capaz de guiar a nação americana numa fase em que tem basicamente duas opções: dissolver a própria soberania para criar uma ordem mundial estável onde a influência das elites que actualmente mandam em Washington esteja assegurada a longo prazo, o que só poderá ser conseguido mediante a absorção nessa ordem, em paz ou guerra, de nações como a Rússia e a China, ou voltar gradualmente ao "semi-isolacionismo" que caracterizou a política externa americana desde a fundação até a Segunda Guerra Mundial. 

A segunda opção, da perspectiva do mundo, é a menos nociva. Considerando que o abandono imediato dos países sob protecção americana causaria tanta instabilidade quanto o prosseguimento dos actuais objectivos, com os actuais métodos, seria preciso se alcançar um consenso em que certos interesses americanos vitais fossem assegurados e um novo equilíbrio de poder, com todo o tempo que isso demanda, emergisse lentamente em áreas como o Extremo Oriente, a Europa e o Médio Oriente. Num tal quadro, em que seria necessária uma reconversão da própria economia doméstica, é de se esperar que o poder americano compensasse nas Américas o que viesse a perder no resto do mundo. A própria segurança militar americana, levando em conta que nações como a China irão adquirir capacidade expedicionária e dependerão de um crescente afluxo de matérias-primas,  obriga a isso. 


Trump até agora não deixou claro o que deseja, a não ser situações pontuais que podem indicar, à luz das nomeações recentes, ainda que pese o facto de que Trump o fez por precisar do apoio de vários grupos em princípio antagónicos a sua presidência,  como os neo-cons, apenas uma mudança de táctica e não de objectivos. Todavia, os sinais dados pela agressividade da imprensa corporativa, instrumento de propaganda do globalismo, nos dão razão para algum optimismo, mas no quadro político americano, ainda mais levando em conta a inexperiência e falta de visão de mundo de Trump (que está longe de ser estúpido, mas é um filisteu), será fácil arrancar da sua presidência algumas medidas que favorecerão o futuro avanço do rolo compressor do globalismo. 

A instabilidade política que quase de certo atingirá o governo Trump, cuja oposição da imprensa começou mesmo antes da posse (nem teve direito à "Lua de Mel"), pode chegar ao rubro e justificar uma aplicação mais intensa dos mecanismos de vigilância e repressão previstos no Patriot Act, e a promessa de uma política externa forte, voltada para o combate ao fundamentalismo islâmico, que terá como resultado positivo o engajamento verdadeiro dos EUA na luta contra as forças islamistas, que agora são apoiadas discretamente pelo Departamento de Estado, em conjunto com a Rússia, poderia por outro lado resvalar para uma hostilização do Irão, citado exaustivamente durante a campanha como uma nação inimiga. Talvez seja apenas retórica para aplacar os ânimos da judiaria mais próxima aos Clinton, mas as ligações de Trump a certos sectores mais conservadores da judiaria apontam noutra direcção. Ou seja, a presidência Trump, que pode se estender por apenas um mandato, ou mesmo ser alvo de um impedimento, diminuirá a tensão na Ucrânia e na Síria, facto que pode ser revertido, em troca de possível aumento da tensão com o Irão, e Israel poderia aqui influenciar os acontecimentos de forma negativa, e também com a China, não apenas por questões geopolíticas, mas sobretudo por causa da promessa de Trump recriar as condições necessárias para que o sector industrial americano volte a florescer. Quem lembra dos tempos em que Lee Iacocca encarnava a reacção doméstica contra os progressos da indústria manufactureira japonesa, alimentada por exportações para os EUA subsidiadas pelo iene desvalorizado e por políticas de preços diferenciados que mascaravam o dumping, poderá perceber o potencial de tensão que isso encerra.

Por outro lado, importa lembrar que os EUA mantém um défice "real" gigantesco nas contas governamentais, e nas contas exteriores, podendo a dívida ascender a uma escala inédita na história da civilização: cerca de 210 triliões de dólares. Ou seja, cerca de 1.000% do actual PIB. Nesse quadro, a opção de se dissolver a hegemonia americana numa super-organização que estabilize as relações de poder num mundo em que o Ocidente perde força relativa (o PIB PPP da China já ultrapassou o dos EUA), torna-se um imperativo para a estabilidade americana pois é quase impossível desarmar a máquina federal no actual contexto político, de enorme polarização, e só o facto da divisa americana ainda deter a posição que possui, graças ao poder político de Washington, mantém o castelo de cartas em pé.

Diante de tal quadro, complexo até para quem está atento, quanto mais para as massas, não é temerário afirmar que o declínio da chamada civilização ocidental, da qual os EUA são o guardião, é irreversível. Por mais que espere que Trump consiga levar adiante algumas mudanças positivas, sei que ele não é nenhum Aureliano e muito menos um Constantino. Minha previsão mais optimista é que seja um Dídio Juliano com um péssimo corte de cabelo. 

9 comentários:

  1. Já que você expôs o seu ponto de vista, eu vou expor o meu...

    Concordo que o alvo do Trump mudará da Russia para um outro país(es): Irã e China juntos devem ser os novos alvos. Afinal: OS ESTADOS UNIDOS NÃO CONSEGUEM FICAR SEM INIMIGOS.

    Em relação ao estado maçônico de Israel, Trump está seguindo a cartilha sionista fácil. É só ver como agentes da maçonaria judaica estão eufóricos com Trump:

    http://juliosevero.blogspot.com.br/2016/11/trump-fara-mike-huckabee-embaixador.html

    Para mim Trump é a cortina de fumaça dos ocultistas da maçonaria judaica para enganar os idiotas uteis. Os Clintons já estão muito manjados; a judiaria está querendo substituí-los pelo novo servo (Trump).

    A minha dúvida é se os Clintons ficarão servindo como capachos para o governo Trump, exercendo carguinhos burocráticos, ou serão eliminados.

    Mas assim como com a Russia não houve, e não haverá guerra, os Estados Unidos não entrará em conflito com os novos inimigos: seja ele o Irã, a China ou ambos.

    Essa gente mata mais pessoas fazendo conflitos aqui e ali...

    Os ocultistas já sabem que um conflito mundial é prejudicial para eles também. Então para que ariscar, não é mesmo?

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  2. MELHOR VÍDEO REFUTANDO OLAVO QUE EU JÁ VI:

    https://www.youtube.com/watch?v=pabaO_XFwHY

    MERECE DIVULGAÇÃO!!!

    Análise do livro "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota"... bem é mais um massacre do que uma análise... as olavetes ainda não descobriram essa pérola.

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  3. A Rússia - Parte 1

    https://www.youtube.com/watch?v=IwwqOJIiu2k

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  4. http://www.pravmir.com/patriarch-kirill-calls-fidel-castro-sincere-friend-russian-church/

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  5. E isso aqui ?

    http://www.tijolaco.com.br/blog/ouca-o-trecho-do-depoimento-interrompido-por-moro-que-revela-parceria-entre-forca-tarefa-e-os-eua/

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  6. https://www.youtube.com/watch?v=mCRqK1EtM5g

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  7. Trump, agente dos inimigos da humanidade:

    https://fitzinfo.wordpress.com/2016/10/29/trump-controlled-by-mossad/

    https://fitzinfo.wordpress.com/2016/11/08/trump-controlled-by-the-mossad-part-ii/

    https://fitzinfo.wordpress.com/2016/11/19/trump-controlled-by-the-mossad-part-iii/

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  8. República como te odeio.

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/12/1839088-com-temer-tucanos-e-famosos-moro-recebe-premio-e-defende-judiciario.shtml

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  9. trump é narcisista e arrogante. No twitter ele deixou bem claro que não vai obedecer a CIA. A China e coreia e as elites vai ter que obedece-lo pois quem está no controle é ele.Ele é racista não gosta dos latinos .A campanha dele toda foi direcionada para os judeus e Israel. Ele disse que vai tirar a palestina doa arabes e entregar para os judeus (israel) e vai governar Israel junto com o presidente daquele país. De que forma ele vai fazer isso?? Não sei, mas concerteza será com uma guerra pois EUA é um império e não república . Republica naquele país já entrou em colapso há muito tempo.E um país que se mantem com guerras e trafico de armas . Acredito que ele foi colocado de propósito para revirar aquele país. Só não sei se a elite vai tolerar muito tempo o TRUMP . Não suportaram 4 presidentes (antigos ) e foram todos assassinados o que dirá o trump rsr

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