Establishment Ocidental: se ganharem, ficam com tudo, incluindo os nossos bens e as nossas vidas.
Se perderem, pagaremos a dívida deles com o nosso sangue. Não é por acaso que estão viciados...
A escalada em direcção a uma
guerra mundial, despertada com particular violência desde que as primaveras
foram semeadas mundo afora pelos serviços de informação ocidentais, ou associados, ultrapassou
tudo o que experimentamos durante as décadas de Guerra Fria em termos de tensão
psicológica e risco real. Diante da constante, crescente e cada vez mais veloz ultrapassagem
dos novos limites a que nos vamos acostumando, ainda que conte com a
desorientação da maioria (vejam como os próprios desinformantes da imprensa
corporativa evitam os temas importantes, se ficando por assuntos secundários), nada
mais inadequado do que persistir no uso de hipérboles (nunca se viveu tão próximo de uma catástrofe...) pois a anormalidade se
tornou a regra.
Cabe a nós manter a serenidade e
desde já vale a pena advertir: uma guerra mundial pode acontecer dentro de dez
minutos, dez meses ou dez anos, mas o que é certo é que a teremos caso não haja mudança na
liderança do Ocidente, o que seria positivo, ou na liderança da Rússia (a
Rússia de Putin não aceitará ser absorvida) , o que seria péssimo pois
significaria a implementação final daquilo que vulgarmente chamamos de Nova
Ordem Mundial, ou seja, uma governanção a nível global em favor dos interesses dos
grupos que têm poder de acção a nível multinacional. Em tal quadro, a pouca
importância que o voto dos eleitores, devido ao viciamento dos vários sistemas
eleitorais e da imposição das ditaduras partidárias num miríade de formas adaptadas
aos vários contextos locais, com maior
ou menor sucesso, ainda possui, seria de todo anulada e as eleições passariam a
constituir apenas um ritual de legitimação do sistema mais centralizado e
inacessível ao homem comum de toda a história.
Para o leitor inteligente,
bastará a constatação de que a centralização do poder caminha lado a lado com a
criação de monopólios sobre inteiras actividades humanas para que ele se questione
sobre o que acontecerá depois da finalização de tal processo, ou seja, no exacto
momento em que o “consumidor” e o “mercado” deixarão de ter o significado e a valia instrumental
que ainda possuem, ainda que a economia já esteja tão viciada, e a única coisa
que importará será o poder. As conversas em torno do excesso populacional dão
pistas valiosas... Porém, tal desenvolvimento encerra uma contradicção que basicamente consiste, no caso do governo Putin cair e da Rússia ser absorvida pelo
globalismo, na existência da China, cujo grau de autonomia política, associado ao desenvolvimento tecnológico e militar e às
possibilidades que se abrem a longo prazo, deve ser levado em conta e lido a partir da própria história da China, da qual as elites chinesas certamente estão bem a par.
Voltemos ao presente. Ao
contrário do que afirmam as sondagens, Trump, candidato que dá
crescentes sinais de ter rompido com o o establishment, está à frente na corrida. A ruptura que isso representa ficou bem clara quando afirmou a sua disposição de investigar a acção
de Hillary Clinton enquanto Secretária de Estado. Trump chegou ao ponto de
dizer, que se fosse presidente, ela estaria no cárcere. Isto é um detalhe. Hillary, na verdade, foi apenas a
executora e Trump, caso siga em frente com um processo de investigação
contra Hillary, terá uma carta valiosa para obter um acordo com o establishment
que agora o ataca, ao menos em teoria. Se a investigação passar do nível do executor,
isso significará o fim imediato da influência do actual establishment nos EUA,
portanto, Trump pode usar isso como forma de domesticar os ímpetos dessa elite.
Porém, mesmo um acordo do género seria uma derrota para o establishment pois
não deteria a sua queda a longo prazo, mas apenas serviria para que ganhasse tempo. O establishment sabe que ou avança, ou
cai. É tarde demais para chegar a um novo acordo de divisão de poder, e num quadro de crescente isolamento político internacional, facilmente poderia ser removido da posição que ocupa.
Mesmo que a expansão a nível
externo seja refreada, ou que haja um recuo para posições mais modestas, com uma
crescente utilização do soft power na relação com as potências opositoras, o
seu poder no Ocidente dependerá do sucesso em manter a América do Norte e a
Europa Ocidental controladas, e para que isso se consolide, e se feche de vez a brecha para a onda de mudanças que começamos
a observar em todo o hemisfério norte, é preciso que se estabeleçam regimes de
força em ambos os lados do Atlântico, de preferência que caminhem em direcção a
uma entidade política transatlântica. Seguindo a táctica usada para se chegar à
unificação da Europa Ocidental sob uma ditadura tecnocrática, um Tratado de Livre
Comércio, que mais não é do que um esboço inicial de um superestado, já está
pronto para ser assinado entre os EUA e a União Europeia, e apenas aguarda pelo
momento ideal para ser imposto sob a cobertura oferecida pela omissão da
imprensa.
A continuar.
É uma situação muito perigosa para todos, até para os proprios Globalistas, eles querem empurrar a Rússia para a guerra no Oriente Medio ou na Ucrânia, para então eles terem a desculpa perfeita para formarem sua Nova Ordem Mundial globalista com a unificação dos EUA com o Canadá e México, e a União Europeia mostrar a sua verdadeira face, formando superestados para se "defenderem" da ameaça russa. E como resposta a isso a Rússia terá de fazer o mesmo, criar uma nova URSS.
ResponderEliminarSe eu fosse a OTAN:
ResponderEliminar1) Manteria as Guerras de Donetsk e lugansk, como um "conflito longo e desgastante" para drenar os recursos financeiros da Rússia, da mesma forma que a CIA manteve o Afeganistão.
2) Empurrar o Daesh para os balcãs, envolvendo Armênia e Arzebaijão.
3) Plantar separatismo nas Republicas, como Sakha
4) Eliminar ou "Converter" todos os parceiros comerciais da Rússia.
4a) Brasil e Argentina já foram "Convertidos", adicione Índia e África do Sul na lista "para converter"
4b) Iran entra na lista "para ser eliminado", assim como Líbia e Síria.
4c) Sabotar a Bielorrússia
5) Forçar uma eventual guerra entre China e Rússia. Será difícil, mas se for conseguido, mata 2 coelhos com a mesma cajadada. Pelo menos, com Túrquia-Rússia o plano parece que está funcionando.
6) Declarar os polos como área de proteção ambiental. Acabaria com um monte de planos da Rússia. Promover o ambientalismo, para conseguir esse intento.
7) Sabotar gasodutos
8) O cenário mais perfeito, é quando uma região da Rússia é tomada "pelos rebeldes", e disparam os misseis nucleares daquela Região contra Moscou.
9) Praticar guerra de informação contra a Igreja Católica Ortodoxa, em todos os níveis possíveis. Promover "ideologia gay" se necessário para tal.
Caramba, mano, você é acessor da família Bush? hehehe
Eliminar"2) Empurrar o Daesh para os balcãs, envolvendo Armênia e Arzebaijão."
ResponderEliminarNão seria "Cáucaso" em vez de "Bálcãs"?