segunda-feira, 18 de julho de 2016

Lições a se tirar do sucesso do UKIP



Muitos imbecis diriam (ao melhor estilo "Ambrósio..."):  que falta de chá...

O recente sucesso do UKIP vale não apenas pelo resultado do referendo, positivo para todos os que se colocam contra o avanço do rolo compressor das corporações e bancos globalistas, mas sobretudo pelas lições que podemos daí tirar. Sendo assim, resolvi seleccionar alguns pontos que muito poderão ajudar os que têm vontade de se empenhar na luta pela nossa sobrevivência (sim, é disso que se trata, ainda mais agora que vivemos há três anos numa situação geopolítica explosiva que spuera os perigos da Crise dos Mísseis em Cuba) a não desperdiçar suas forças com causas perdidas ou com clubes de fashionistas para os mais variados gostos.

1 – A liderança deve ser exercida por gente economicamente independente e capaz de empreender por conta própria, o que prova um conhecimento práctico da realidade material (quem sabe faz, quem não sabe ensina) e capacidade para enfrentar o risco de uma vida sem garantias, o que acaba por ser o destino de quem se empenha na luta contra a máquina. Burocratas e assalariados do sector privado são dependentes e, mesmo sabendo que há gente capaz, honesta e corajosa em situação de dependência económica, não vale a pena correr o risco, ainda mais quando o que está em jogo é tão importante. 

2 – O discurso pode se inspirar nas lições do passado, mas deve se adequar ao tempo presente. A liderança do UKIP, discorde-se ou não da sua orientação, soube desde sempre mostrar um conhecimento  profundo dos temas centrais para os seus objectivos, como a economia, tema que, apesar de não ser o mais importante, não deixa de ser fundamental, ainda mais quando vivemos em tempos de materialismo e precisamos conquistar grandes números. Nenhum movimento que se limite a ficar palas generalidades e declarações bombásticas, sem gente capaz de formular e defender propostas concretas nos vários aspectos da vida em sociedade e demonstrar como isso pode ser implementado, conseguirá quebrar o encanto exercido pela palavra dos “especialistas” dos media corporativos e ganhar a confiança do homem comum, que é menos tolo do que os nefelibatas que, infelizmente, predominam no mundo da política “anti-regime”. Duvidam que é esse o tipo predominante? Então perguntem por qual razão um regime visto pela maioria como putrefacto e irreformável, que trouxe Portugal a uma crise económica  tão intensa que ameaça fazer ruir todos os pilares da soberania, ainda por cima em tempos de paz, ainda sobrevive? É graças a isso e ao facto de existir uma “oposição domesticada”. 


3 – Os objectivos devem ser limitados e só se deve dar novos passos depois de alcançado o sucesso no objectivo inicial. No caso do UKIP, a oposição à integração na União Europeia foi o objectivo principal e com isso, para além de não se dispersar as forças em várias acções secundárias, se garantiu o apoio de muitos que estariam a priori mais próximos dos trabalhistas ou dos conservadores. No actual contexto, em que temos muito menos tempo do que o UKIP teve para alcançar o sucesso, tal facto se torna ainda mais importante. Devemos abandonar quimeras de transformação radical da sociedade pois, para além de pouco prácticas, são um meio de afastar muitos apoios e de se isolar um movimento.


4 – É importante manter e cultuar uma imagem saudável, ainda mais em Portugal, onde o povo é extremamente desconfiado e pragmático. A melhor coisa para se destruir as possibilidades de sucesso de um movimento é passar uma imagem de “Cosplay” aos de fora. Nada de uniformes, saudações esquisitas, teatralidades anacrónicas, jantares de conjurados, “eferreas” e lemas à três mosqueteiros pois isso indica não apenas imaturidade, mas sobretudo prova falta de inteligência. Querem isso? Então sugiro que busquem papéis como figurantes em filmes de época de Hollywood.
Basta olhar para sabermos se é um bimbo ou um homem de acção.

5 – Nos cargos-chave deverão estar apenas pessoas que já deram mostras de capacidade para a acção, que aguentam viver sob pressão. Bimbos de falinhas-mansas ficam bem nos partidos do regime, mas na oposição precisamos de homens com H, sem medo de dizer verdades incómodas e até mesmo de ofender e troçar dos inimigos em pleno Parlamento Europeu e sob vaias gerais, como Nigel Farage, mesmo que isso leve "toda" a imprensa corporativa, à esquerda e à direita, a criticar o alvo. Um líder fraco é não apenas uma garantia de facada pelas costas, mas também uma garantia de que o povo, que respeita a força, não levará o movimento a sério. É por alguma razão que respeitamos e admiramos homens como Putin. 

3 comentários:

  1. Putin é o estadista pra valer, desmascarando os fantoches
    Nada a ver com os governantes de opereta, polichinelos, latino-americanos, que não têm noção geopolítica, se informam via televisão e nem sabendo o que é serviço de inteligência, combinam tudo via telefone.

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  2. Sim, grande "estadista", assim com a ditadura chinesa, como o ditador cubano Fidel Castro e etc. Parabéns pela imbecilidade e coisas idiotas que essa equipe do blog tem feito, desta forma fica nítido e registrado o posicionamento ideológico dos vassalos, revelando o desvio da realidade psicótica que essa turma tem.

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    1. Está no blog errado, volte pro neofeudalismo miseano.

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