sexta-feira, 13 de maio de 2016

A língua bífida dos americanos.


Assim disse o segundo homem no escalão da Secretaria da Defesa americana, Bob Work, em uma cerimônia na base aérea de Deveselu, Romênia, na quarta-feira, sobre a instalação do novo sistema de defesa americano no país:
Eu quero deixar claro, nem esta área e nem a da Polônia terão condições de solapar a [capacidade de] dissuasão estratégica dos russos.
E também o Capitão Jeff Davis, porta-voz do Pentágono:
O foco do [sistema] Aegis... é opor-se à ameaça de mísseis balísticos advindos do Oriente Médio, particularmente do Irã. Não tem simplesmente nada a ver com a Rússia. 
Mas se é esse o caso, por que, em 2014, os americanos traçaram um cenário completamente diferente? Conforme se lê no Russia Today em novembro daquele ano:

O posicionamento "temporário" de tropas americanas na Polônia e nos países bálticos foi estendida por todo 2015, disse um comandante dos E.U.A. na Europa. A OTAN vende sua presença como um dissuasão para uma "agressiva Rússia", com Moscou respondendo que isso somente aumenta a tensão. 
A aliança posicionou várias centenas de tropas americanas na Polônia, Látvia, Lituânia e Estônia no início deste ano [2014]. A ação foi explicada como uma intenção de dar confiança a esses membros da OTAN depois da crise política na Ucrânia e a secessão da Criméia, sua região que passou a reintegrar a Rússia. A aliança classificou-a como anexação e disse que os países da região temiam um ataque militar de Moscou.
Haverá forças da exército americano aqui na Lituânia, assim como na Estônia, Látvia e Polônia, por tanto tempo quanto for necessário para impedir a agressão russa e assegurar nossos aliados, disse [o General de Divisão [Br]/Tenente-General [Pt] Ben Hodges, Comandante Geral do Exército americano na Europa], conforme citado na Reuters.
A propósito, saiu hoje a notícia de que o Departamento de Defesa americano enviou tanques de guerra para a Geórgia. A justificativa é a participação em "exercícios de guerra", mas, como afirma o artigo linkado, essa é "a mais recente demonstração do poderio militar de Washington em um período em que a OTAN tem flexionado seus músculos com crescente frequência nas proximidades da fronteira com a Rússia". 

Trata-se do exercício militar Noble Partner 2016, que está previsto para terminar em 26 de maio. Conforme relatado pelo site Sputnik:
Igor Korotchenko, expert militar e editor-chefe da revista russa National Defense,... a OTAN vê a Rússia como um verdadeiro adversário militar e acredita que uma guerra com a Rússia é não somente uma possibilidade, mas que [a Aliança] está de fato se preparando para ela...
O especialista apontou que a infra-estrutura da OTAN na Europa Oriental está sendo acompanhada pela instalação de áreas de lançamento de mísseis americanos na Polônia e Romênia e por um incremento das unidades navais da OTAN nos Mares Báltico e do Norte. 
O artigo então passa a reproduzir as palavras do próprio Korotchenko:
Se chamarmos as coisas pelos seus devidos nomes, a OTAN está se preparando para uma guerra real. Isso não significa necessariamente que essa guerra ocorrerá. Mas essas operações de combate e contínuos exercícios militares de larga escala promovidos pela OTAN, com a participação de unidades americanas, ocorrendo ao longo da fronteira noroeste da Rússia, sinalizam que a situação está muito tensa por lá.
Não é por outra razão a declaração do Presidente russo Vladimir Putin nesta sexta-feira:
Esse [escudo de mísseis americanos na Europa] não é um sistema de defesa, mas parte do potencial nuclear estratégico dos E.U.A. no Leste Europeu.
E ele ainda adicionou que os lança-mísseis que serão instalados na Romênia e na Polônia "podem ser facilmente utilizados para mísseis de curto e médio alcance".


Nós nos encontramos na iminência do maior conflito armado da história e a vitória do mundo unipolar americano não significa o triunfo da prosperidade liberal que nossa mesquinhez pequeno burguesa tanto anseia. Corremos o risco de ter todo o planeta varrido por uma guerra nuclear devastadora que, ao mesmo tempo em que tentaria realizar as pretensões hegemônicas da elite anglo-saxã, tornaria automaticamente efetiva a redução populacional global que essa mesma elite considera essencial para que seu projeto seja bem sucedido. 

Não podemos agir como Eva e cair na lábia da serpente mais uma vez. 
 







6 comentários:

  1. A que redução populacional global se refere ?

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    1. A da ONU, ou seja, dos EUA.

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    2. Pode ser esta aqui:

      http://www.espada.eti.br/pedras.asp

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  2. Caio, não é interessante que o estado maçônico de Israel use nomes como Merkava e Tamuz em seus armamentos ? E ainda tem otario que sai daqui do Brasil e vai se batizar naquela Babilonia ocultista.

    http://defense-update.com/20110913_tamuz-eo-guided-missile.html
    https://en.wikipedia.org/wiki/Tammuz_(deity)

    https://en.wikipedia.org/wiki/Merkava
    https://mysteryoftheinquity.files.wordpress.com/2012/05/merkabah.jpg?w=260&h=258

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  3. É o que eu disse, a Russia já está se preparando para receber uma enxurrada de imigrantes europeus, descontentes com seus governos.

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  4. A Itália aprovou o casamento gay.Por ser em terras romanas, pode-se colocar este acontecimento no roll das grandes tragédias.Foi algo muito simbólico,logo em meio à invasão islâmica...

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