Pobre Grécia: tão próxima da Turquia, tão à mão de "Veneza"...
Não confio no partido que actualmente ocupa o governo
grego. Em verdade, penso que não passa de uma organização partidária com a
mesma natureza do nosso Bloco de Esquerda, ou seja, um partido do regime que se diz
anti-regime enquanto opera pressionando o estado por mais gastos públicos, isto é, por mais
pressão tributária e por mais dívida em nome da redistribuição dos recursos (em prol do parasitismo
estatizado), enquanto promove a agenda cultural dos senhores do mundo fazendo
de conta que a mesma é combatida pela tal direita, que come na mesma mão e nada faz na práctica contra a tal agenda cultural, quando não a promove abertamente. Liberais moderninhos é o que não falta nos mesmos partidos dos meninos de coro pró-mercado...
Minha intuição diz que o Syriza foi promovido para ser uma
falsa alternativa, minando a vontade dos gregos em prosseguir com a sua
Declaração de Independência e, no caso de avançarem, destruir qualquer possibilidade da economia grega se recompor em bases sustentáveis, condição sine qua non para que uma nação não dependa dos bancos internacionais. Como o fizeram até aqui? Recusando entendimento com os poderes
internacionais nos termos propostos, o que é correcto, mas sem oferecer uma alternativa viável. Foi isso que permitiu o agravamento da crise, submetendo os
gregos a uma enorme pressão que atingiu o auge na semana anterior ao referendo, quando se limitaram os levantamentos bancários. Ao contrário do que os burocratas poderiam esperar, os gregos não cederam ao
medo e disseram não. E o que fez o ministro da economia, justo agora que era
necessário mostrar racionalidade, firmeza e responsabilidade? Se demitiu...
Não me espanto, afinal, se houvesse seriedade no governo
grego, teria havido uma proposta concreta de corte de impostos e de corte nos gastos supérfluos, ou seja, cortariam na máquina burocrática sem deixar
a população carente desamparada. Com saldo nas contas
públicas e uma economia viabilizada pelo corte dos impostos, haveria condições para a nacionalização e reordenação da banca e para a saída ordenada do euro. Só assim se pode sentar na mesa com a banca internacional numa posição de força, impondo condições. A moratória e o recurso ao calote são mais do que legítimos, é bom que fique claro. Em primeiro lugar, porque é o risco de calote que justifica os prémios de risco que se acrescem aos juros de base. Em segundo, porque sabemos que os partidos servem aos bancos, seus grandes financiadores, e são esses mesmos partidos, que monopolizam a escolha dos eleitores, que obrigam as nações ao despesismo perene. A esquerda oferece o caminho da gastança sem limites enquanto a direita oferece a falsa austeridade dos "défices controlados" (Superávits? Jamais!), e pouco mais.
Sem medidas nessa direcção, a única coisa que pode oferecer o Syriza é a expulsão do euro e, como consequência da falta de uma alternativa séria, a hiperinflação. Pelo contrário, se tivesse assumido uma posição semelhante à que defendi, a Grécia poderia dictar as suas condições para os esbirros da união europeia. Para a união europeia, mais vale que uma
nação saia a bem - ou seja expulsa - do que a mal, ou seja, numa posição de força que a liberte do socialismo de Bruxelas, pois isso a levará a cair como uma castelo de cartas. Avaliando as acções do governo grego, tudo aponta para que tenha tentado, discretamente, lançar um referendo com a certeza de que o sim, no quadro de desordem económica reinante e de terrorismo mediático intenso, sairia vencedor, e que agora fará de tudo para que a Grécia caia no caos, sendo expulsa do euro, e sirva de "exemplo" para os povos da Europa que sonhem com a independência.
A insignificante Islândia enfrentou a banca internacional
com sucesso e, não esqueçamos, as bem preparadas força armadas gregas têm um
contingente que equivale a cerca de metade da população da ilha rebelde, mais do suficiente para dissuadir os senhores de Bruxelas (just in case). Mas não vemos nada nessa direcção, ao contrário do que se deveria esperar de um governo de patriotas. Porém,
os russos sabem jogar bem em meio à confusão e a
crescente pressão popular pode bem conduzir ao poder quem realmente está com a Grécia e
não é controlado pelo capital internacional, inclusive, devemos admitir tal hipótese, dentro do próprio Syriza. Se tal acontecer, será um passo
fundamental, afinal, será a primeira vez que um governo de ocupação cai por
dentro. Depois de uma série de derrotas no Médio Oriente e na Ucrânia, a aura de invencibilidade do globalismo ficaria arranhada para sempre, o que só animaria ainda mais as forças contrárias e poderia, quem sabe, evitar uma guerra mundial. No passado, os grandes impérios tiveram de lidar com a exaustão causada pela expansão exagerada, e a derrocada foi quase sempre violenta e rápida. Mais não direi...
Existe o Foro de São Paulo, que é o que comanda os insetos comunistas que populam os governos latino-americanos. Mas como visto no hangout, agora tambem existe o Foro de Virginia ou Foro Romeno, aonde o bruxo gay tem a palavra final.
ResponderEliminarAgora, vejam este texto aqui :
http://radiovox.org/2015/06/24/quem-esta-por-tras-da-midia-brasileira/
Agora eu faço uma pergunta...
E quem está por tras do Olavo (alem do Schuon) e da Radio Vox ???
Deveria ser feito uma pesquisa tambem nesse ponto. Da onde veio ou vem a grana que patrocina a turma perenialista olaval ???
Olavão, te cuida, a tua casinha vai cair.
A alternativa para a Grécia é aproximar-se da Rússia. Sem isso o projeto de saída da zona do Euro não terá sucesso.
ResponderEliminarFalha no comentário... infelizmente o Syriza mostra a que veio e desistiu de fazer frente ao FMI, já está acatando aos poucos novas medidas de austeridade. Na Grécia apenas a Golden Dawn poderia fazer um governo nacionalista, mas mídia jamais permitirá.
ResponderEliminar"Minha intuição diz que o Syriza foi promovido para ser uma falsa alternativa, minando a vontade dos gregos em prosseguir com a sua Declaração de Independência e, no caso de avançarem, destruir qualquer possibilidade da economia grega se recompor em bases sustentáveis, condição sine qua non para que uma nação não dependa dos bancos internacionais. Como o fizeram até aqui? Recusando entendimento com os poderes internacionais nos termos propostos, o que é correcto, mas sem oferecer uma alternativa viável. Foi isso que permitiu o agravamento da crise, submetendo os gregos a uma enorme pressão que atingiu o auge na semana anterior ao referendo, quando se limitaram os levantamentos bancários. Ao contrário do que os burocratas poderiam esperar, os gregos não cederam ao medo e disseram não. E o que fez o ministro da economia, justo agora que era necessário mostrar racionalidade, firmeza e responsabilidade? Se demitiu..."
ResponderEliminara tua intuição está certíssima. o Syriza não vale a ponta de um corno. é só falsa alternativa.
já vieram anunciar um pacote de medidas com o DOBRO da austeridade dos outros partidos, isto poucos dias depois do 'não'.
e é um partido do sistema, um partido envolvido directamente no tráfico de droga, um partido que abre fronteiras ainda mais aos imigrantes, e é um partido com política de terra queimada, como por cá o pcp ou o bloco de esterco.
Também seria justo mostrar o lado do desperdício que os últimos governos gregos fizeram:
ResponderEliminarOs maiores descalabros gregos que servem de lição ao mundo – e por que não lamentar a situação
http://mises.org.br/Article.aspx?id=2134
Renato