terça-feira, 7 de abril de 2015

Pedido de desculpas aos leitores

Podem ficar descansados. Ainda não foi desta que decidi me retirar.

Caros, há quase duas semanas que tenho negligenciado a escrita e peço imensas desculpas a todos os que nos dão atenção pelo silêncio prolongado. Felizmente, nada disso se deve a problemas graves, muito pelo contrário. Deve-se apenas à falta de tempo resultante da evolução na minha vida material e de uma fase de imensas mudanças na minha família. Tudo isso me obriga a ajustes e trabalhos que me tem consumido não apenas o tempo, mas também a disposição para a escrita. Aqui cabe fazer uma pequena confissão, ao menos para os que não me conhecem pessoalmente. Para mim, a leitura é agradável, assim como o diálogo (e o monólogo, quando sinto que não sou chato e o momento é apropriado), mas a escrita é torturante. Foi esta uma das razões pelas quais, apesar de não ser a principal, optei por deixar de lado a vida académica. Quando tiver concluído alguns deveres a que me obriguei, e obtiver sucesso na minha busca pela segurança económica, aí me concentrarei nos estudos durante alguns anos para finalmente expor tudo o que considero relevante para a nossa descendência comum. Até lá, me dedicarei apenas à escrita mais imediata, voltada para as questões urgentes relacionadas com a nossa sobrevivência (deixo a escrita de livros antes de uma vida de estudo e reflexão aprofundada aos arrivistas das letras...). Quanto ao resto do mundo, que me perdoem os mais sensíveis, mas nesse caso nada tenho a transmitir e pouco me afecta a sua evolução, desde que não implique em ameaças à nossa forma de vida. Para mim, o estrangeiro é o reino dos missionários e pouco me importa como ali se vive, ao menos enquanto não sacrificam bebés a Moloch ou dedicam corações humanos arrancados a uma ridícula "pseudo-divindadezinha" qualquer... 

Mas não pensem que estou inactivo intelectualmente. De forma alguma! A pausa na escrita me permite pensar no pouco que tenho absorvido (sempre com o cuidado de evitar leituras pouco interessantes), e no que recolhi ao longo de algumas décadas de estudo, com serenidade, e o resultado me agrada. Tenho feito notas resumidas para não deixar que as ideias fujam e pensado sobre vários problemas do passado e do presente e, o que é mais importante, tenho olhado para o futuro. Bom, o período tem sido bastante proveitoso e quase que me esqueci de um pormenor. Vos escrevo de um computador emprestado. Foi exactamente no dia a seguir ao meu último post que fiquei sem o meu computador pessoal, cujo comportamento invulgar me obrigou a levá-lo para reparação e que, graças a circunstâncias que talvez não sejam fortuitas, consumiu quase todo o tempo que desde então passou a brincar com os técnicos cujos serviços contractei, cujos esforços em nada resultaram para além de me convencer que estava na hora de investir um bocado em tecnologia e comprar um novo computador. Chegou hoje mas, como sou do tipo que não quer enriquecer os bilionários da informatica (na verdade, quero quebrá-los), terá de ser montado pelo meu irmão, afinal, sou um energúmeno nesse domínio e sem ele continuaria a viver na era do telex.

Assim, me despeço por alguns dias e prometo que até ao fim da semana volto cá para continuar o nosso diálogo. Saudações a todos e um grande abraço a todos os legitimistas! 

1 comentário:

  1. Li com toda a atenção a sua publicação e respeito-a.
    Lamento qualquer fase difícil que esteja a passar...seja ela o que fôr.
    Abraço

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