Até se aprende bastante com a leitura dos economistas,
mas muito mais se aprende contemplando Ambrogio Lorenzetti.
mas muito mais se aprende contemplando Ambrogio Lorenzetti.
Os últimos tempos não me permitiram continuar os quatro verbetes® que podem ser lidos nas ligações abaixo:
Pretendo agora retomar esses posts, trazendo os princípios enunciados a partir de uma análise histórica ao presente e demonstrando como a tradição pode não apenas ser adoptada nos tempos actuais, mas sobretudo nos pode fornecer as respostas para sairmos da actual crise e aproveitarmos as oportunidades oferecidas (não faltam!), voltando a fazer de Portugal a mais próspera nação do universo, mas não só. É bom que fique claro que este não é o objectivo último de um governo orientado pelos princípios da nossa tradição, mas apenas uma consequência da sua acção. Por outro lado, deixo claro que nada disso é possível no quadro do actual regime. Se quisermos ir por aí, e vos garanto que, se formos, Portugal brilhará ainda mais que nos seus melhores momentos passados, a não ser que a fortuna nos desfavoreça com uma guerra ou uma catástrofe imprevista, teremos que retomar o poder (aos que riem diante dessa afirmação, um recado: cresçam!). Mas voltemos ao ponto anterior.
O bom governo é aquele que persegue o ideal de justiça, e
isso garante por si a prosperidade económica a longuíssimo prazo. O governo que
persegue a prosperidade material como fim último acaba invariavelmente por se
afastar da justiça quando esta entra em contradição com a prosperidade
económica, garantindo assim a afluência material no curto, no médio e, por vezes, até
no longo prazo, mas no longuíssimo prazo, estejam certos, ao se afastar do ideal
de justiça, o governo que persegue a prosperidade material como fim último acaba
por minar as bases dessa mesma afluência, afinal, esta assenta na confiança, que por sua vez depende da certeza da justiça, sem
a qual a ideia de contracto e a própria civilização são postas em causa, legitimando o espírito de pilhagem nos fortes, gerando
a anomia nos fracos, levando a ruína a toda a parte e preparando o caos, a guerra civil e, por fim, a tirania.
No próximo post abordarei o sistema financeiro e a banca.
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