Tivéssemos seguido a política anterior, seríamos credores
e teríamos umas 3.000 toneladas desse metal nos cofres do Banco de Portugal.
Pelo que consegui apreender da pauta de discussões imposta pelos media para as massas, o teatro em torno da aprovação do orçamento foi o grande destaque. A brasa, como não poderia deixar de ser, foi puxada para a sardinha do Obama, e a culpa pelo descalabro, cada vez mais difícil de esconder, recaiu sobre a tal direita ultra-conservadora.
A verdade, essa ficou bem longe das televisões e jornais. A república americana quebrou e não tem condições, ao menos enquanto não houver uma mudança profunda, de se reformar. Portanto, o caminho escolhido é o do endividamento, da inflação e do aumento de impostos, o que trará ainda mais desemprego e aumentará a dependência do estado da parte de milhões de famílias que vivem de subsídios.
A China, que é o maior credor dos EUA, aproveita o momento para renegociar os termos da sua parceria com Washington. Ao mesmo tempo que dá a entender que continuará a comprar títulos do tesouro americano, dá carta branca aos jornais e revistas para que ataquem os EUA e até permite que agências de rating locais, também controladas por interesses ligados ao aparelho de estado, baixem a classificação da dívida americana. Nessa campanha, até ministros de estado têm participado, contrariando a tendência à discrição que caracteriza os governantes chineses: