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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O Grande Jogo chegou ao Brasil

Isso foi apenas um ensaio. Bem vindo ao Grande Jogo, Brasil!

Ao invés de ficarem contentes com a eleição de um governo fraco, que mal foi reeleito e já sofreu uma derrota na câmara baixa coordenada por um partido da coligação supostamente governista (ver aqui), os oposicionistas liberais do actual desgoverno brasileiro querem derrubar a presidente e o movimento não hesita em colocar na mesa hipóteses como a secessão de vários estados, como se isso não levasse a uma guerra civil nos próprios estados que tentassem a separação, para não falar do ridículo de tal proposta nos dias de hoje (se São Paulo tentasse a secessão, seria colocado sob cerco e bastaria "desligar a tomada" para que o estado fosse subjugado), e até mesmo já pede a intervenção de potencias externas:


Não fosse grave, a situação seria ridícula, afinal, esses mesmos liberais crêem que Obama é um comunista, quando nunca passou de um empregado do sionismo, como os financiamentos de campanha e o próprio executivo que lidera provam de forma cabal, e agora pedem ajuda ao mesmo contra o comunismo. Nunca houve tantos cidadãos com dupla cidadania israelo-americana numa só administração! Por coincidência, o mesmo se passou quando da última tentativa de desestabilização da Venezuela, chefiada por um sionista da TFP (talvez a influência nefasta dessa máfia sobre a casa imperial explique a razão da mesma não passar de um instrumento da agenda maçom-sionista): 
No Brasil, já começaram as manifestações, e a tendência é que com o desgaste de um governo reeleito e sob cerco, especialmente depois do ensaio das manifestações que precederam a Copa, financiadas pelos mesmos que estão por detrás da primavera árabe (Soros, Avaaz, ...), inclusive usando os mesmos panfletos e slogans, elas continuem e acabem por despoletar um movimento de massas assim que o copo transbordar e a imprensa toda bombardear a população. Para isso, bastará revelar mais podres do PT, de preferência em sincronia com uma crise de encomenda. As contas públicas brasileiras estão apertadas e um ataque especulativo sobre a moeda pode contribuir para uma disparada dos juros, o que colocará milhões de famílias numa situação pouco confortável.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Paladinos de um falso rei: “desconstruindo” um texto liberal

O liberalismo tem os seus reis e imperadores.

No meio de tantos esforços, fica difícil dedicar tempo aos escritos mais nobres, especialmente porque um blogue exige de alguma maneira um acompanhamento dos factos quotidianos, ainda que o Prometheo tenha como objectivo escapar à pauta dos jornais e analisar o presente de forma serena, focando o que é de facto relevante ao invés de se perder no caos planeado do submundo das notícias, ou dos blogues pautados pelo mesmo. Todavia, há poucos dias li um texto a respeito da reacção dos brasileiros a um tipo conhecido por rei do camarote que me chamou a atenção. Para saber do que trata o texto, e quem é o tal “rei”, recomendo a todos um esforço de pouco mais de três minutos, de preferência em jejum, para que conheçam o material que deu origem ao texto citado:


O que em primeiro lugar chamará a atenção dos leitores europeus é a semelhança entre este padrão de consumo e o que observamos nas nações subitamente enriquecidas pelo petróleo no continente africano, afinal, isso não se vê na Noruega (que está longe de ser um exemplo, que fique claro, mas não deixa de ser uma nação com algumas qualidades notáveis). Tal comportamento perdulário associamos aos filhos de ditadores africanos, magnatas russos, multimilionários chineses, actores americanos e jogadores de futebol no velho continente. Seja como for, este padrão de consumo está relacionado com um ganho que exigiu pouco esforço, ainda que denote algum tipo de talento.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Brasil: um caso merecedor de atenção



Nascido no Brasil, filho de portugueses europeus, e amante da História desde muito jovem, é natural que tenha tentado entender o Portugal das Américas numa idade em que a maioria sonhava com uma carreira futebolística pois sentia, ainda que não soubesse formular esse sentimento, uma espécie de distanciamento - e espanto - que reflectia a minha condição de brasileiro de primeira-geração. Ao olhar para a imensidão do seu território no mapa, lembrando que o mesmo foi conquistado por uma nação escassa de território e população, representada no planisfério com o nome escrito na vertical pois o espaço ocupado pela mesma não era suficiente para fazê-lo na horizontal, e ouvir as queixas constantes a respeito do atraso do Brasil, e dissertações acerca das suas causas, tudo isso enquanto era bombardeado com imagens de abundância e miséria, me apaixonei.
Porém, nunca fui correspondido nessa paixão. Acabei por descobrir com a idade que o Brasil que amava havia sido possuído por um espírito estranho e a entidade que o havia tomado me causava repulsa. Durante algum tempo, por influência dos estudos do filósofo Olavo de Carvalho, estava satisfeito com a descoberta da influência de Gramsci no Brasil, onde a sua obra constituiu a base de um experimento social em larga escala cujo sucesso não encontra rival em nenhum outro exemplo que eu conheça, mas novas dúvidas apareceram e me obrigaram a retornar aos estudos, que um dia espero poder concluir.
O local sucesso da estratégia gramsciana não poderia ser explicado apenas por ela própria, e nem pelos recursos disponibilizados aos seus promotores, mas tinha de em parte ser explicado pelas particularidades do Brasil, caso contrário teria resultado com a mesma eficácia por toda a parte. O filósofo Olavo de Carvalho identificou uma particularidade brasileira que contribuiu para isso, que é o ódio ao conhecimento, atribuindo-o às particularidades da vida do país enquanto "colónia". Mas ao estudar a História do Brasil, assim como a de Portugal, não vejo esse identifiquei ódio pelo conhecimento a não ser em tempos mais recentes, com muito maior intensidade no Brasil, mas esse ódio também existiu em abundância noutras nações, como os EUA, onde foi testemunhado por Alexis de Tocqueville.