Cenário perfeito para a acção de mercenários colombianos...
Em 2014, muito antes do impeachment, lancei um texto no site Geopolitika a respeito do que se passava no Brasil, focando no papel de Olavo de Carvalho no processo e conjecturando a respeito dos cenários futuros:
Desde então, descobri falhas e refinei as
conclusões do texto, mas faço questão de o citar pois não
sofreu nenhuma alteração (nem ao nível dos erros da tradução). Um exemplo de erro foi a relevância
que dei ao Foro de São Paulo, que se revelou durante as primaveras
sul-americanas nada mais do que um saco de gatos, nada mais que um
fórum para discussões vazias entre idiotas.
Alertei para o perigo de
uma “ucranização” do Brasil, ou seja, para o risco de uma guerra civil
fratricida, entre outras coisas. Olavo de Carvalho, na altura, se defendeu
afirmando que tudo isso era fantasia, usando a técnica de inflar o que disse
o adversário para dar um ar absurdo ao conteúdo para os que não tiveram o
cuidado de ler o texto original, ou seja, a maioria. Era difícil para o homem comum aceitar tal hipótese, mas hoje, passados seis anos, só um mentecapto
não enxerga o perigo.
É com isso em mente que
devemos reflectir sobre as iniciativas recentes do personagem que se esconde
sob o nome de guerra Sara Winter. Recentemente, no Twitter, escreveu mais do
que deveria, confessando algo da maior gravidade, e foi prontamente apoiada em
público por Olavo de Carvalho, que hoje responde ao Departamento de Estado americano
e por sua vez teve “formação política” com o que chamamos aqui de "conexão romena", toda
ela ligada directamente a George Soros, o espantalho olaviano que, "por acaso", foi um dos mentores do
Euromaidan!
O tal Soros, que na
Ucrânia promoveu um golpe de estado por grupos neo-nazistas, no Brasil se dá ao
luxo de apoiar ao mesmo tempo a esquerda mais radical, como a confissão do editor
do Mídia Ninja provou, como a direita que depois aproveitou a escalada da
tensão para despoletar o processo do impeachment, como prova um artigo que nós,
aqui no Prometheo, fomos os primeiros a evidenciar através de uma nota na
coluna social que deveria ter passado despercebida:
Sobre a declaração de
Sara Winter, penso que não preciso dizer muito para que qualquer pessoa com capacidade para
contar sem usar os dedos desvende o significado. Em primeiro lugar, hoje, ao contrário
de 2013 ou mesmo 2014, já não paira nenhuma dúvida a respeito do que significa “ucranizar”. A evolução da Ucrânia desde o Euromaidan até 2020 não deixa margem para dúvidas*. Se não for isso, e estiver enganado, se tratando
assim a ucranização de algo positivo, então sugiro aos bolsonaristas que
emigrem para Kiev ao invés de buscarem refúgio para a crise económica e
política que ajudaram a promover no Brasil em Miami ou, para meu desgosto,
Lisboa.
Mas a agitadora Sara Winter foi
ainda mais longe. Não satisfeita em clamar pela ucranização do Brasil, ele admite
que foi treinada lá (sem dizer que isso foi no tempo das Femen). Para quê? Para
ucranizar, ou seja, treinada para promover ações cujo objectivo é levar uma
nação à guerra civil e à partilha do território!
E como ela propõe iniciar a nova fase do processo de ucranização? Com uma manifestação em Brasília cujo cartaz não
deixa dúvidas a respeito da intenção por detrás do evento, invocando o
imaginário do filme “300”. Para quem não conhece o simbolismo por detrás do filme nas fileiras olavo-bolsonaristas, sugiro que ouçam com atenção este vídeo a partir de 6 min 40s:
Mesmo que houvesse
dúvidas a respeito dos métodos e intenções dessa escumalha, as ordens dadas pelos capitães do Olavo-bolsonarismo deixam bem claro qual é o objectivo desses criminosos:
Quem acompanhada o
Prometheo Liberto não está surpreso, ou melhor, deve estar surpreso com a precisão
das nossas piores previsões. Sim, digo piores previsões pois dentre os cenários que descortinamos, é o pior que está em curso no momento. Ainda antes do fim das eleições, advertimos sobre o que
poderia vir:
Infelizmente, o tempo nos
deu razão.
O círculo se fechou e os
mesmos que antes nos acusavam de mentir sobre as suas reais intenções (ou de exagerar
sobre o que era o perigo Olavo-bolsonarista), agora promovem sem pudor o que
afirmamos que fariam.
E hoje, para reforçar a
nossa convicção, Sérgio Moro, o empregadinho do Departamento de Estado
americano, pediu demissão e já começou a campanha de exposição que levará ao
impeachment de Bolsonaro. Ou seja, o Departamento de Estado americano deu o seu consentimento para a queda de Bolsonaro. Qual a intenção disso? Conhecendo o Modus Operandi dos gringos, Washington tratará de, por um lado, reforçar o olavismo, que investirá na narrativa de que houve um golpe comunista, e do outro promoverá, por meios indirectos, o lulo-petismo.
Fiquem de olho na tal manifestação convocada pela agitadora Sara Winter. Pode vir a ser a ocasião ideal para um false flag que poderá ser o estopim de uma escalada irreversível rumo à guerra civil. Portanto, peço por uma
última vez que abram os olhos. A existência de uma nação que começou a ser
construída há 522 está nas vossas mãos. Se os senhores falharem, não haverá uma
segunda chance.
Por fim, faço questão de pedir que leiam todos os posts que
temos vindo a escrever desde, pelo menos, 2018. Podem nos pôr à prova e até vos
faço um desafio: comparem o acerto das nossas previsões com o de qualquer outro
meio de comunicação. Posso vos garantir que ninguém acertou mais que do que
nós!
*Ucranizar: Verbo.
Promover false flags sangrentos, destruir todas as instituições, elevar máfias
ao poder, instrumentalizar a retórica nacionalista em prol de interesses estrangeiros,
submeter uma nação à guerra civil, preparar um país para a partilha entre os
grandes tubarões da cena internacional.
P.S: Diante da urgência da situação, não fiz a correcção do texto, portanto, não hesitem em apontar os erros de português.
P.S: Diante da urgência da situação, não fiz a correcção do texto, portanto, não hesitem em apontar os erros de português.