terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Fast and Furious: E assim se conduz um inteiro continente para o abismo...

Nem os proxenetas de Nova Orleans competem com isso!

Há cerca de uma década e meia pude testemunhar o que era o Parlamento Europeu em funcionamento, tanto em Bruxelas como em Estrasburgo. Estávamos nas vésperas da imposição do euro e eu, ainda verde, achava que a política agrícola comum, o centralismo crescente e todas as distorções eram fructo de erros de avaliação, até perceber que em verdade era tudo sistémico. A união europeia não tem concerto e deve ser demolida. Toda a retórica em favor de reformas mais não serve do que para adormecer a oposição, dando a ela a esperança imobilizante de que uma outra união é possível. Numa primeira fase, estudando o meu tema de investigação num mestrado em estudos europeus, a organização comum de mercado do açúcar, reparei que tudo havia sido organizado em favor de uns poucos interesses monopolistas, ou melhor, dos interesses de 5 grupos económicos que hoje, levando em conta que tudo caminha para a concentração, devem ser ainda menos.


Quanto aos políticos, para além de incultos, apesar de bem instruídos em áreas muito especializadas, mas apenas para enganar os que não dominam o jargão encobrindo o que realmente é feito sob uma chuva de palavras mágicas, o que vi foi uma cambada de crianças mimadas em idade adulta, gente que em troca de luxo e fama faz tudo o que é obrigada a fazer para agradar aos que fazem os partidos políticos se mexerem na direcção por eles desejada. Só bem mais tarde, já longe da universidade e jurado a nunca mais voltar ao que descobri não passar de uma mera extensão da escolinha, descobri que a simples verdade é que os que nos meteram na maldita união, e não falo dos judinhas da política, mas sim dos seus patrões estrangeiros, são os mesmos que obtiveram vantagens económicas acrescidas nos antigos territórios portugueses extra-europeus, são os mesmos que promoveram a "revolução" por cá e criaram a união europeia. Portugal foi vendido, mas é importante lembrar que não são poucos os que têm culpa, ainda que o grau de culpa varie.

Centenas de milhares de espertinhos foram comprados com os subsídios a fundo perdido, cursos de formação pagos, promessas de emprego, crédito barato para consumo e outras ninharias que os simplórios consideram grandes tesouros, dando em troca por tais coisas recursos cujo valor se expressa por cifras que essa gente é incapaz de compreender. Mas não é preciso ser assim. Perguntem aos noruegueses se eles trocam a sua riqueza marítima e se desfazem da sua participação nos lucros da exploração petrolífera em troca de serem incluídos na maldita união? Por cá, graças à esperteza de tantos "eurófilos", aqui já nem encontramos empregos subalternos e emigramos para servir enquanto uns aventais ingleses, associados com políticos locais, descobrem petróleo... Oh! Como eles são bons no que fazem! Haja paciência para aguentar ver os destinos da nação sendo determinados pelos simplórios.

E os políticos não são muito melhores do que os simplórios da base: são apenas os menos burros entre os espertinhos. Sabedores de que numa economia desintoxicada a eles não restaria mais do que o meretrício de rua, as consultas de tarot e a venda de loções contra a calvície, se envolveram logo na malha que premia os nossos piores em troca da sua vassalagem aos senhores da Europa, mascarando o facto que escondem dos portugueses: as ordens vêm de fora e nada, a não ser uns desvios de recursos menores, sai da cabeça dos tais representantes do povo. Somos pilhados nos impostos para manter essa classe satisfeita e pagar o sistema que nos esmaga. Dentro dessa classe os mais espertos e bem conectados, sabendo que Portugal, a partir do momento em que perder qualquer possibilidade de reclamar a sua soberania, será então "saneado economicamente" e muitos dos que actualmente vivem bem ficarão sem nada pois ninguém, depois de tomar a nação por completo, desejará manter inúteis à sua custa,  arranjam empregos na união europeia. 

Sabem bem que a pertença à maldita união nos trará a ruína, pela decadência económica, pela destruição dos valores ancestrais e, finalmente, pela guerra, mas não estão minimamente preocupados. Enquanto os restaurantes e vendedores de coca em Bruxelas atenderem a demanda e o cartão de crédito for aceite em todo o lado, está tudo bem. 

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