Houve tempos em que a "diplomacia" americana - e israelita - fazia os seus jogos com classe, e nem era preciso tanta pois do outro lado havia o perigo comunista, e perigo ali existia de facto, apesar da ilusão de controlo pelas elites que dominam o Ocidente.
Muita coisa mudou desde então, ou não. Talvez a consequência imprevista da multiplicação dos meios de comunicação, em que pequenos impérios não controlados pelos establishment já se formam, como é o caso do canal Infowars, e a entrada no jogo do soft power de novos competidores, como prova a influência do Russian Today, tenham abalado a hegemonia globalista no mundo das notícias exercida pelos meios de comunicação corporativos. Apesar do poder da idiotização científica das massas, tanto maior quanto a instrucção das mesmas se prolonga e abre as portas da ascensão social (vide o caso das universidades), um número suficiente de indivíduos conseguiu deitar abaixo os tabús em torno de temas que, a não ser em monografias históricas especializadas, são omitidos e assim ainda não influenciam as correntes principais da historiografia, e os tais indivíduos, que há pelo menos duas décadas têm trabalhado incansavelmente na divulgação de notícias e factos omitidos, arriscando a sua reputação e posição na sociedade, conseguiram abrir os olhos de um número significativo de pessoas, existindo hoje massa crítica para um movimento de verdadeira oposição. O crescimento da abstenção nas eleições, em parte, pode ser explicado assim. Por alguma razão sempre se disse que o vencedor escreve a História, mas talvez alguma coisa esteja a mudar por culpa da revolução das comunicações. Infelizmente, a maior parte daquilo que hoje consideramos como pessoas instruídas continua levando a sério os jornais ou, o que mostra bem o poder do hábito sobre as pessoas menos resolutas, não os levam a sério da boca para fora, mas continuam a se deixar pautar pelas notícias veiculadas pelos mesmos e dão crédito à opinião dos "especialistas".