terça-feira, 21 de agosto de 2018

Eleições no Brasil: Ou o gigante acorda do coma, ou desligarão a máquina... (parte 2)



O Grande Jogo chegou à América do Sul. Deixem de ser provincianos!



Há muito mais para se dizer a respeito do que se passa em relação ao desmantelamento de todos os pilares da soberania brasileira, mas fico por cá e agora abordo as eleições. Dos nomes confirmados, só nos interessam quatro, ainda que um seja incerto devido à prisão. São eles: Lula da Silva, Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes. Marina, no fundo, é apenas um peça que serve para frear uma das candidaturas, o que explicarei posteriormente. Desses quatro nomes, que são os que contam, três estão nas mãos de interesses internacionalistas: Lula à esquerda, Jair Bolsonaro è direita e Geraldo Alckmin ao centro Sendo assim, apenas Ciro Gomes representa uma candidatura “nacional”, se colocando ideologicamente como centro-esquerda (da minha parte, concluí que tais classificações são inúteis, a não ser para perceber como o eleitorado é manipulado). Da minha parte, folgo em saber que Ciro, naquilo que mais divirjo com ele, que são questões religiosas, morais e culturais, se compromete a agir em respeito aos valores da maioria do povo, se recusando a ser um déspota esclarecido. Mas voltemos ao foco. Quem acompanha o blogue, sabe que  há anos, desde antes do impeachment de Dilma Rousseff, alerto para o perigo da polarização, para os objectivos por detrás disso e também para os perigos que o Brasil corre, incluindo uma guerra civil. Pois bem, desde então a polarização só aumentou e a campanha presidencial vai levá-la ao rubro. Quanto ao impeachment de Dilma, fui contra, ainda que fosse um opositor duro do PT e dos seus governos, que na minha opinião perderam a maior janela de oportunidade para um projecto nacional de desenvolvimento dada ao Brasil desde o fim do regime militar. Em nome da política, muito se desperdiçou, pouco se fez e mesmo estes ganhos correm o risco de serem perdidos nessa crise, na qual o PT tem farta responsabilidade. 

O elemento fundamental para a continuação da intensificação da polarização foi a decisão de Lula se candidatar. Estivesse ele interessado no futuro da nação, estaria exigindo que os mesmos critérios usados para o julgar fossem estendidos à toda a classe política ao invés de se colocar na posição de mártir. Lembro que aqui, apesar de toda a minha oposição ao governo Lula, quando ainda escrevia no blogue O Gládio, e ao governo Dilma Roussef, fui contra a campanha pelo impeachment e defendi que seria melhor deixar o governo Dilma, enfraquecido, numa crise de legitimidade e incapaz de propor o que fosse e fazer grandes danos, chegar ao fim. Tivesse isso acontecido, jamais Lula seria cotado para uma nova presidência e o PT estaria condenado a uma geração afastado do poder, tal como era sentido nos momentos finais do governo Dilma. Ao invés disso, o impeachment aconteceu e agora, também graças à acção do agente Moro, temos um mártir que, levando em conta que a população é levada por sentimentos e tão facilmente quanto condena, perdoa, chegará quase de certo ao segundo turno se conseguir concorrer nas eleições. A crise actual só favorece esse cenário. Se não puder ser candidato, Lula, ainda assim, conseguirá colocar o próximo governo numa posição difícil e, ainda por cima, colocará a legitimidade das eleições em causa. Qualquer pessoa que reflicta sobre isso só pode concluir que Lula age contra os interesses do Brasil e coloca lenha na fogueira quando a nação mais precisa de serenidade! Bom para os interesses que visam transformar o Brasil num imenso Congo... Mas a verdade é que desde os tempos da Carta ao Povo Brasileiro, a farsa Lula caiu por terra, ficando claro que ele não passa de uma carta na manga da banca internacional. Infelizmente a esquerda, em termos de fanatismo e estupidez, nada deve à tal direita que ressurge agora em torno de Bolsonaro, e até dá lições. O guru de Bolsonaro, nos tempos de juventude, foi um agitador comunista. Digamos que deixou de ser comunista...  

Quanto ao Sr. Jair Bolsonaro, que, apesar de todos os improvisos e falta de visão em relação a vários pontos essenciais para o Brasil, já deixou bem claro de que lado está tanto na escolha da sua equipe económica como em várias  intervenções em que descaiu, para não falar de episódios ridículos como aquele em que bateu continência para a bandeira americana (nem no mais servil país da NATO eu consigo imaginar um militar fazendo o mesmo!). Bolsonaro é favorável à venda das empresas nacionais a grupos estrangeiros, a começar pela Petrobrás (notem que não sou um defensor do actual modelo de gestão dos recursos minerais e do petróleo no Brasil), e já afirmou publicamente que também é favorável à venda de parcelas da Amazónia, incluindo a cedência da soberania sobre o território. Pobre Alexandre de Gusmão, e pobre Barão do Rio Branco! Fossem vivos, provavelmente seriam chamados de comunistas ou agentes chineses por essa direita simiesca que se junta em torno do capitão asno. E agora, para não deixar dúvidas de que lado está, o asno escolheu para vice o general Mourão, velho conhecido do blogue, confirmando, mais uma vez, a maldita capacidade de intuição que me atormenta! 

É mais do que claro que se estabeleceu uma relação simbiótica entre as duas candidaturas, e daí os acenos favoráveis de tantos poderes internacionais. A subida do apoio a Bolsonaro, que pode continuar graças à escolha do general Mourão para vice, já que Mourão é inteligente, articulado e bom organizador, qualidades que faltam a Bolsonaro, ajuda a Lula pois ele, o nome mais forte à esquerda, passa a ser visto como o único capaz de bater o "capitão", representante de um suposto e ameaçador fascismo. Bom, talvez um fascismo como o que Soros ajudou a tomar conta de Kiev após um golpe que o seu mentor, Olavo de Carvalho, desejava que servisse de exemplo para as massas que pediam o impeachment, ou algo mais "romeno". Por outro lado, o retorno de Lula é percebido por uma significativa parcela da população actualmente inclinada para a direita como prova cabal de que o Brasil é um país comunista e que o Foro de São Paulo é uma organização que tem por objectivo fundar uma URRS na América Latina, o que fortalece Jair Bolsonaro.

E agora foi introduzido um terceiro elemento na disputa, o insignificante, insosso, corrupto e internacionalista associado do crime organizado Geraldo Alckmin, que será o candidato com o maior tempo de antena disponível. Alckmin aparece então como o "candidato moderado", capaz de despolarizar o Brasil e mais técnico, ao menos na percepção de parte do público. E por detrás de tudo isso, temos os interesses internacionais, que jogarão com todas essas candidaturas de modo a obterem o máximo possível de cada uma, em detrimento da nação. Melhor ainda será se o próximo governo for a garantia de uma grave crise, e é isso o que vejo acontecer em qualquer cenário em que vença um candidato internacionalista. Um governo Alckmin pode parecer garantia de maior serenidade, mas a verdade é que pode ser ainda mais facilmente desestabilizado do que foi o governo Dilma pois ele está completamente comprometido, seja por "lawfare", seja por "pressão popular". E com aquela capacidade de mobilizar massas do Alckmin...  Para os poderes internacionais, quanto pior estiver o Brasil, ou seja, quanto mais dividido e enfraquecido estiver, tanto melhor pois assim terão a sua margem de negociação incrivelmente aumentada. (a continuar numa parte 3)

13 comentários:

  1. O astrólogo lelé da cuca alertou durante anos sobre um suposto "golpe comunista" porém o que aconteceu foi um golpe de neonazistas que tomaram o poder de assalto. E ficar ainda pior se Bolsonaro vencer a eleição. Aí o nazismo será escancarado mesmo. E falando em nazismo, o mais curioso é que o bisavô do Bolsonaro foi soldado nazista. É, e o bisneto herdou os genes do bisavô nazista.

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  2. Caro Carlos, ótima análise, que venha a parte 3. Só uma dica, vc deveria moderar mais a qualidade dos comentários que está tão lastimável como a dos retardados de direita/esquerda.
    Forte abraço

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    1. tenho certeza que o "orgasmo de cavalo" é um olavete.

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    2. realmente..e parece que ele é do tipo comum, que oferece a esposa para ter um filho do o seu mestre..

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    3. Concordo. O "orgasmo de cavalo" deve ser o tipico esquerdista que ainda vive na época da Guerra Fria usando termos ideológicos ultrapassados e estúpidos.


      Direita e esquerda

      HAHAHAHAHAHA

      Faça me rir!

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    4. Meu caro Anonymous, não lhe devo satisfações sobre as minhas idéias e a forma de eu me expressar. Só tendo sangue de barata para não se enfurecer com as asneiras que o astrólogo defeca pela boca de latrina dele. Segunda coisa, quem foi que te disse que eu sou uma olavete? Eu sou me classifico como esquerda democrática e venho aqui pois é o único lugar aonde se pode esculhambar sem censura o astrólogo gagá, já que no twitter as olavetes fazem questão de denunciar a sua conta até ela cair. Eles estão com vitimismo ultimamente afirmando que o twitter é comunista e está censurando páginas conservadoras. Só que está acontecendo é exatamente o contrário, são páginas de esquerda quem estão caindo e sendo denunciadas. Você diz que direita e esquerda são conceitos ultrapassados, você é quem é acéfalo meu camarada. Não vejo problema algum em assumir uma posição política, melhor do que ficar em cima do muro apenas apontando os erros e de um e outro, pois no fim você não irá partir para algo concreto e tentar mudar o sistema político. Você seria o que? Terceira posição? Olha, normalmente quem se classifica assim são os fascistas e os nazistas. Afinal eu já vi várias página simpatizantes do Reich ou do fascismo italiano se dizendo de terceira via. E essa acusação de que esquerda e direita são iguais, para mim é uma ofensa, não me igualo às olavetes, porque não sou racista e nem preconceituoso.

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  3. Lula tá velho demais para cumprir seus planos, neste caso ditatoriais, pois ninguém domina uma nação inteira com mais de 70 anos de idade, visto que é fácil devido ao declínio físico e mental ser dominado por aqueles que estão abaixo de você, lembre-se de Temer que tem 77 anos e mesmo são em ambos os aspectos anteriores, devido ao seu desgaste governamental e também à sua falta de vigor, chamado de "bananão" por aqueles que esperavam dele um novo Itamar, por não prometer o que cumprir a não ser não afundar mais o Brasil do que hoje está parado de afundar, por ele vender o poder dele às Forças Armadas, à Câmara e ao Senado.
    Logo, Lula não tem mais gordura para queimar, visto que seu aspecto decrépito visualmente falando nada ajuda a convencer o eleitor, tanto que nos EUA quase a unanimidade dos presidentes eleitos eram mais altos em estatura e não apresentavam calvície em relação aos concorrentes - Trump tem 1,9m e Hillary, 1,64 m, além de Lula só conseguir vencer Serra e Alckmin, carecas e perder para Collor e FHC, mais altos do que Lula.
    Além disso, devido ao histórico de cânceres (adormecidos ou não) contraídos por Lula não dá chance alguma para seguir no poder, visto que a Dilma tinha o mesmo quadro no campo governamental, pela sua popularidade derreter, sendo que ele, por uma revelação feita por um clarividente não midiático em 2016 mostrou que o destino do "molusco" é ser eleito à ida ao mundo dos mortos, com risco de morrer naturalmente ou assassinado dentro da cadeia, pois acertou outras previsões como a febre amarela e a atividade intensa de vulcões no mundo ao longo de 2017 e 2018: https://www.youtube.com/watch?v=ZuLDGXN9ybc

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  4. E o Daciolo? Ele está lá para roubar votos do Bolsonaro - ou fazer este último parecer ridículo (vide o meme da URSAL)?

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  5. E a história que Ciro Gomes tem negocios com a China?

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  6. "um fascismo como o que Soros ajudou a tomar conta de Kiev após um golpe que o seu mentor, Olavo de Carvalho, desejava que servisse de exemplo para as massas que pediam o impeachment"
    O Olavo de Carvalho foi mentor do golpe na Ucrânia?
    Nunca ouvi falar nisso. Onde posso ler algo a respeito?

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    1. Não, a frase é que ficou um bocado ambígua. Me referi ao Bolsonaro quando escrevi "o seu mentor, Olavo de Carvalho, ...".
      Olavo de Carvalho tem relevância política e intelectual apenas no contexto brasileiro. Internacionalmente não passa de mais um picareta em busca de uma boa mama.
      Ninguém o ouve a respeito da política internacional, não passando ele de um repetidor daquilo que é clichê nos meios neo-cons, tal e qual os discípulos dele...

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    2. Se o Bolsonazi vencer a eleição, o nazista não irá governar sozinho. Ele não dará um passo sem antes consultar o velho geriátrico e senil do astrólogo. E isso será tentador para o astrólogo pois ele é egocêntrico e almeja ter um poder ainda maior sobre os idiotas úteis. Nem quero pensar nas soluções "maravilhosas" que o astrólogo geriátrico irá sugerir para o Boçalnaro em relação aos problemas sociais do Brasil. O Velasco tem razão, o Olavo só é reverenciado aqui no Brasil mesmo, porque lá na Europa ele é visto como uma piada. Só no Brasil que um velho senil e decrépito é levado à sério.

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  7. Se tela de computador tivesse cheiro, imagina o fedor de bosta que viria da fralda geriátrica dele. É claro que as partes aonde ele chama a bruxa da Broxane pra trocar ele são cortadas. hahahahaha

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