Em 2020, terão 3 activos e começará a construcção de porta-aviões de 110.000Ton. Para quê?
Como ocidentais, ainda por cima nos dias de hoje, damos por certo que as relações internacionais se regem todas pelos paradigmas que se impuseram no Ocidente a partir da Paz de Vestefália e foram extrapolados para todo o mundo durante o século XIX. Talvez as coisas não sejam bem assim, e se não forem, corremos um enorme perigo.
A actual crise coreana, a rápida evolução tecnológica de Pionguiangue em sectores de ponta e seu o espantoso progresso económico nos últimos anos me obrigam a ter isso em mente. A isso acrescento não apenas o facto de Pequim e Pionguiangue serem regimes eficazes na protecção dos segredos de estado, ou melhor, demasiado eficazes, mas sobretudo a história das relações "tributárias" entre a China e a Coreia, a forma como a independência de Pionguiangue foi garantida há algumas décadas pela massiva intervenção militar chinesa com um exército de "voluntários" (não há almoços grátis...) e as misteriosas mudanças e purgas no regime coreano.
Já há alguns meses lancei um post a respeito dessa hipótese, mas volto a escrever sobre o assunto pois os recentes eventos me obrigam a fazê-lo. Talvez os EUA estejam a ser levados para uma armadilha pelos chineses, e se estiverem, os problemas que surgirão daí são bem maiores do que os problemas actuais. É preciso derrotar o globalismo ocidental a partir de dentro, sem dúvida, mas sem destruir o Ocidente. Mais do que nunca, é preciso que os povos da Cristandade inteira se reconstituam, resolvam as suas questões e se fortaleçam pois o futuro nos colocará à prova.
A China, não se enganem, não hesitará em reestabelecer o antigo sistema de relações internacionais chinês, desta vez em escala mundial, quando tiver força para tal, mas pode ir muito além disso...