Dia 11 de Agosto é a data escolhida para o primeiro episódio do programa de entrevistas "A Hora do Corvo", apresentado pelo meu irmão, Jorge Velasco. O convidado do primeiro programa será o padre Paul Kramer. Mais detalhes serão divulgados em breve.
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
Recomendação do Prometheo: A Hora do Corvo
Dia 11 de Agosto é a data escolhida para o primeiro episódio do programa de entrevistas "A Hora do Corvo", apresentado pelo meu irmão, Jorge Velasco. O convidado do primeiro programa será o padre Paul Kramer. Mais detalhes serão divulgados em breve.
Eleições no Brasil: Ou o gigante acorda do coma, ou desligarão a máquina...
Nos EUA ou na Rússia, seria protegido como elemento importante à segurança nacional.
Quem não entende a importância do assunto não está preparado para votar nas eleições.
O Brasil está a um passo de perder
o pouco que resta dos fundamentos materiais da sua soberania. O assunto, para
ser abordado de forma precisa, exigiria um livro, portanto apenas me apegarei a
pontos mais conhecidos. A Petrobrás, empresa
essencial não apenas pela sua importância para o abastecimento do mercado
brasileiro por derivados do petróleo, mas sobretudo pelo papel que pode desempenhar
num ressurgimento do sector da construcção naval e de surgimento de uma
indústria química de ponta, foi sabotada por décadas de desvios de fundos e
má-gestão e agora corre o risco de ser liquidada. A situação chega a ser tão caricata
que uma das empresas interessadas na partilha dela é a estatal norueguesa
Statoil, agora Equinor. Já a Embraer, uma ilha de produção industrial avançada
num país que aos poucos se transforma numa roça continental, foi comprada pela
Boeing e será desmantelada discretamente, como é habitual nesse tipo de
aquisição externa de um potencial concorrente. Até mesmo com a McDonnell
Douglas, e aqui não existia nenhum imperativo geopolítico, foi isso que
aconteceu. Na minha opinião, conhecendo um bocado a história das corporações, e
os seus métodos, a Embraer será “esvaziada” dos seus quadros mais qualificados,
através de programas de demissão voluntária, e em simultâneo haverá ofertas de
empregos irrecusáveis na matriz americana (quanto à Golden Share, mesmo que
valesse contra tais subterfúgios, seria facilmente contornada com uns subornos
no congresso e no senado).
Já sector bélico foi quase todo comprado por
estrangeiros, com destaque para os israelitas (ELBIT), e os vários programas de
reequipamento e desenvolvimento de tecnologia, em especial o programa de
submarinos e o programa nuclear, chegaram a ser directamente sabotados pela
Lava Jato. Esta “operação”, cuja ênfase em perseguir o empresariado nacional (deixando
um vácuo para ser preenchido por empresas estrangeiras que fazem o mesmo que
fazia a Odebrecht) e polarizar ainda mais a população graças ao seu descarado viés
partidário, deveria alertar até o mais ingénuo dos brasileiros para a acção de
Sérgio Moro, arrivista cooptado pelo Departamento de Estado Americano que tem
usado com sucesso na América Latina uma “versão jurídica” da guerra de quarta
geração que tem semeado “primaveras” em todo o mundo (técnica conhecida por “lawfare”),
ainda mais depois da prisão de Othon Luiz Pinheiro da Silva, talvez o mais
importante cérebro do Brasil. Nações mais cientes da importância da sua
soberania tratariam de promover e proteger esse herói. Quanto às forças
armadas, que ensaiaram uma ligeira melhora das condições materiais durante a
medíocre gestão de Dilma Roussef, agora voltam à penúria, o que é especialmente
preocupante quando se têm em mente o estado da marinha brasileira, que possui um
número ridículo de submarinos convencionais ultrapassados e cujas poucas escoltas
estão prestes a ser descomissionadas, e da defesa anti-áerea e anti-míssil,
que pode, sem exagero, ser definida como “não existente”. E à norte do Rio
Amazonas continua o processo de desnacionalização do território, processo este
que avança sem recuos desde a era Collor de Mello. (Parte 1 - Continua na Parte 2)
domingo, 29 de julho de 2018
O Fim de Portugal?
Muito escrevi aqui, e noutros
meios, a respeito da armadilha que nos tinham preparado. Infelizmente, não se
evitou a armadilha e, o que poderia ter sido uma oportunidade, e possivelmente tenha sido a última
oportunidade para se resgatar a soberania contando apenas com as próprias
forças, ainda que num cenário internacional favorável (o fim da hegemonia “Ocidental”),
foi um gigantesco passo para o fim de
Portugal.
Depois da falsa austeridade
passista, Portugal entrou num novo “socratismo”, repetindo o movimento
dialéctico que tem nos conduzido ao abismo: um governo de falsa austeridade à
direita mantém a estrutura burocrática que esmaga a iniciativa dos nacionais
para além de os sobrecarregar com mais impostos, sob a desculpa do combate ao
défice, que diminui mas não ao ponto de inverter a trajectória a longo prazo da
dívida, e é seguido por um governo de esquerda que “abre a bolsa”, ou melhor, que
aproveita a disponibilidade dos bancos para voltar a acelerar o aumento do
nosso endividamento com gastos “políticos” num momento de euforia criado por um
crescimento medíocre puxado pelas condições favoráveis do crédito externo.
Todos os partidos, diga-se de passagem, são culpados, ainda que tenha de
admitir que o menos culpado é o PCP, que ao menos ainda dispara contra a
pertença ao euro e contra o desmantelamento de ramos inteiros da economia.
Ainda assim, apesar de toda a
maquilhagem permitida por uma bolha especulativa incitada pelos mesmos gruposque anteriormente fizeram o mesmo, deixando bancos falidos pelo caminho e uma
conta enorme para o contribuinte, mas criando mais umas boas centenas de
milionários que vivem dessa forma “sofisticada” de parasitismo e mais nada
fazem do que investir em renda e consumo perdulário (o senhor Robles é um
deles), os sinais da decadência estão por toda a parte. Vivo em Portugal há
duas décadas e nunca vi os transportes ferroviários em estado tão precário, as
pontes tão descuidadas, a limpeza tão desleixada e os hospitais tão caóticos. Quando
cheguei, muito do material era antigo, mas a manutenção, no geral, era melhor. Para
se manter um número de funcionários públicos bem acima das necessidades da
nação, mas que constitui uma clientela fundamental para o regime, e os
pagamentos de juros sobre uma dívida que é, para sermos explícitos, a Raison d'État do actual regime, para
além dos empregos para alguns milhares de boys e os negócios obscuros com
dinheiro público que alimentam tantas “empresas” que vivem das conexões
políticas, há de se cortar em algum lado, e o tal “lado” é nada mais do que os
gastos que em primeiro lugar justificaram a existência dos impostos, a começar
pela infra-estrutura nacional de transporte!
Enquanto isso, cedemos direitos
sobre a exploração dos recursos nacionais, se fecham estaleiros e fábricas e
sectores até agora protegidos pelo desinteresse estrangeiro vão sendo dominados
pelas grandes corporações internacionais. Basta olhar para as placas de
vende-se no Porto e em Lisboa para comprovar essa nova realidade que aos poucos
vai transformando o país inteiro numa cópia daquilo que até agora era o Algarve:
uma colónia estrangeira onde os nativos não passam de uma curiosidade
sociológica, senão um anacronismo a ser substituído pela imigração de genteainda mais miserável e disposta a viver em cubículos e a aceitar empregosprecários e mal pagos, como são os empregos criados pelo turismo.
E, pela primeira vez na nossa
história, o número de nascimentos, e neles se incluem nascimentos de imigrantes
cá instalados, é menor que o número de saídas. E a vontade do actual governo,
com apoio da “oposição”, de inundar Portugal com mão-de-obra barata, afinal ,
como já escrevi, é essa a mão-de-obra da qual o turismo e o sector imobiliário
precisam, torna tudo ainda mais grave.
Bastará que chegue uma nova crise financeira internacional para que a
bolha portuguesa rebente e o nosso estado seja obrigado, novamente, a pedir
ajuda, para que os passos finais sejam dados. Merkel dificilmente perderá a
oportunidade para finalmente impor a Portugal a “solidariedade” em relação à
recepção de “refugiados” e já se fala que Portugal deverá aceitar 75 mil “refugiados”por ano...
E agora, é possível fazer alguma
coisa?
Na minha perspectiva, parece que não e estamos à mercê de forças exteriores.
Quando ainda era possível, pouco antes da última intervenção financeira que
levou ao protectorado sob a Troika, os media locais conseguiram abafar
qualquer discussão em torno daquilo que era urgente discutir, a pertença ao
euro, pois foi isso o que nos trouxe ao descalabro e nos levará à ruína total e
ao fim. Fora do euro jamais chegaríamos ao estado em que estamos pois a nossa
capacidade de endividamento seria limitada pelo risco cambial. Dentro do euro,
os investidores na nossa dívida estão protegidos da possibilidade de
desvalorização e também da moratória, e eles sabem que as dívidas de estados
como Portugal serão saudadas pela União Europeia pois este é um dos pretextos
que ela usa para aumentar os seus poderes. Não fosse assim, jamais a União
Europeia teria permitido que os Critérios de Maastricht fossem quebrados, e
eles foram quebrados em primeiro lugar, é bom lembrar, pela França e pela Alemanha. O socratismo
só foi possível graças à permissão e ao estímulo de Berlim, de Paris e de Bruxelas!
Da minha parte, folgo em saber
que tentei fazer algo. Cheguei a contactar gente que se afirmou entusiasmada,
mas logo desistiu da ideia quando se apercebeu que tal iniciativa seria alvo de
uma violenta campanha da parte de todos os partidos, com excepção do PCP, e dos
media. Um desses tipos, economista conhecido, foi há pouco tempo processado pelo
putedo do Bloco de Esquerda. Mereceu. É assim que acabam os pusilâmines.
Não é num país esvaziado do seu
sangue mais activo, envelhecido e desorientado, ainda por cima sem elites inteligentes
e não alinhadas, que se vai fazer alguma coisa, e a oposição que vejo por aí
está completamente às cegas, invertendo prioridades, sendo pautada pelos media
corporativos e, pior ainda, defendendo anacronismos que só afastarão as pessoas
saudáveis de qualquer via alternativa.
Falta-nos gente com dinheiro e
talento, capaz de compreender o que está em jogo e corajosa o suficiente para
aguentar a pressão psicológica pois entre os que não têm recursos há talento,
coragem e disposição. Darei uma ideia do quanto seria necessário
reunir para lançar um campanha bem sucedida pela saída do euro, que
apresentasse um plano viável de forma compreensível e fizesse o tema
entrar na pauta de debates e despoletasse um movimento político apartidário com
um objectivo único, mas do qual depende qualquer outro passo na direcção da
nossa restauração, a saída do euro: 75 mil euros!
Sim, por muito menos do que
certos imbecis pagam num Porsche, replicando o comportamento dos iletrados do mundo
da bola, é possível lutar com eficácia para salvar o que resta de Portugal. Isso dá uma dimensão da insignificância da nossa "elite", ou melhor, da nossa classe endinheirada. Nosso povo pode ser bruto, e todos gozamos com
o aveque e o seu complexo de inferioridade mal disfarçado, mas ele mais não faz do que imitar o exemplo de subserviência ao estrangeiro que vem de cima. Nada é
mais aveque do que a “elite” de Lisboa, Cascais e da Boavista. Acham que exagero? Então
pensem no Macelinho, que nem é dos piores...
sábado, 4 de novembro de 2017
sexta-feira, 3 de novembro de 2017
Bruno Garshagen, a borboleta do liberalismo
Apropriado para cães e palhaços..
Bruno Garschagen alcançou a fama
como divulgador de ideias olavianas e agora, para meu desgosto, se revela
leitor assíduo, mesmo que relapso, dos meus escritos. Sem citar a fonte da sua “descoberta”, uma
peça ignorada de coluna social que achei, escreveu um texto a respeito dos vínculos entre
Soros e sectores da esquerda brasileira:
Ao contrário do que fazemos, que é expor
a verdade na sua totalidade, neste caso, os vínculos de Soros com a esquerda e
a direita brasileira, provando a intenção de polarizar a sociedade com o
intuito de criar uma fractura, Bruno esqueceu de procurar pelos vínculos de
Soros com a direita, a começar pelo seu guru Olavo de Carvalho. A relação
entre ele e Olavo poderia ser descrita, sem exagero, como carnal, afinal, Bruno
chegou a viver 4 meses com Olavo em Richmond. Sendo assim, deveria começar pela
exposição de alguém tão próximo, como já fizemos aqui:
Olavo, Soros e a Conexão Romena
Como sabem os leitores do
Prometheo, o mesmo Soros que financiou o site esquerdista Mídia Ninja, e está por
detrás das desordens causadas em 2013 no Brasil por sectores da esquerda
radicalizada, financiou o golpe nacional-socialista que teve lugar na Ucrânia,
o golpe que Olavo de Carvalho, por altura das manifestações direitistas que surgiram no seguimento da desordem causada anteriormente pela esquerda radical e levaram ao
impeachment, citava como exemplo a ser seguido no Brasil. Chega a ser caricato
que o Bruninho quase que esteve em casa, com Soros, em Richmond, Virgínia.
Mas Bruno, para além de quase ter
estado em casa, com Soros, em Richmond, Virgínia, também quase está com Soros nos institutos aos quais
está vinculado no próprio Brasil, entre os quais o Instituto Millennium, instituto de propaganda liberal onde é "especialista". No mesmo Instituto Millennium
encontramos entre os membros do conselho de governança o cavalheiro Jorge Gerdau, pai da Beatriz Gerdau que esteve em casa, com Soros.
O mesmo Sr. Gerdau, que se
encontra entre os mantenedores, tal e qual João Roberto Marinho,
vice-presidente da esquerdista Rede Globo (direitista, quando convém...), e Daniel Feffer, da
mesma família Feffer que não apenas está ligada a Olavo de Carvalho, como já
provamos, mas também teve um dos seus membros, David Feffer, presente na
tal reunião em casa, com Soros.
Isso já seria suficiente, caso
Bruno fosse um investigador perspicaz, o que não é, ou sério, o que também não
é, para lhe abrir os olhos, mas as coisas não ficam por aqui. Para
cúmulo do absurdo, no mesmo Instituto Millennium temos, entre os mantenedores,
ninguém mais, ninguém menos que Armínio Fraga, sim, o Armínio Fraga que todos sabem que é o braço direito de George Soros para a América Latina e que, inclusive, foi sugerido por Timothy Geithner para presidir o FED durante a presidência de Barack Obama, o anticristo dos liberalóides!
Parece piada, e talvez seja,
afinal, só um palhaço usa uma gravata borboleta. Ou não. Talvez queira parecer ainda mais tolo do que realmente é para nos enganar.
terça-feira, 17 de outubro de 2017
Desabafo em relação aos incêndios que sofremos para que a Portucel tenha matéria-prima barata (e os pirómanos lucrem com o "combate aos incêndios)
Entre as nações que conheço bem, Portugal é a mais desmoralizada. Uma elitezinha ridícula e xenolatra (nisso meto a própria elite que acredita ser anti-regime) vendeu a soberania em troca de crédito e mão livre para estabelecer monopólios e usar o erário - e os subsídios vindos de fora - a seu favor, condenando a juventude a emigrar em taxas inéditas num quadro de diminuição brutal da natalidade. Os monopólios nacionais, apesar de tudo isso, já nem são nacionais, o que prova a incompetência dessa escumalha que manda por cá. Já houve casos de elites que fizeram o mesmo e criaram corporações prósperas e agressivas no cenário internacional, como a Coreia do Sul (não tomem isso por defesa do modelo sul-coreano, mas é um facto que foi bem sucedido na formação de corporações que hoje dominam sectores de ponta), mas o nosso caso é de uma nação que escolheu subsidiar a vida de luxo de famílias de degenerados incapazes de qualquer coisa que não seja parasitar e vender património.
Vivas à Portucel e aos pirómanos das empresas de "combate aos incêndios"!
Quanto aos políticos, conseguiram criar por cá um sistema que promove gente comprada, responsável exclusivamente em relação aos que sustentam os partidos e as carreiras dos seus participantes. Não é por acaso que o imbecil provinciano metido a esperto é o arquétipo do político português nos dias de hoje. Quem quer fazer algo longe do mundo das cunhas esbarra num estado a serviço de poucos e acaba desistindo ou indo embora. Os fiscais são tão durões nesses casos... Apesar de tudo, ainda nos vendem panaceias como o "turismo" como a solução, como se o Algarve não provasse que o turismo não enriquece ninguém, mas apenas mantém as zonas que nele apostam na mediocridade económica, beneficiando uns poucos e criando empregos sobretudo para estrangeiros dispostos a trabalhar por uma miséria. E nem falo da infernização das nossas vidas! Ainda lembro quando Lisboa era Lisboa. Que cidade! Eu a considerava a mais imponente das cidades europeias, e ainda assim conseguia ser uma cidade agradável. Hoje é uma merda igual a Amsterdão, Londres e outros centros comerciais que atraem massas que viajam em busca do "safari de selfies".
E, loucura suprema, vivemos num barril de pólvora, cercados por combustível para que a Portucel tenha acesso à matéria-prima subsidiada. Somos nós que fazemos o combate aos incêndios com os nossos impostos (que não são pagos pelos que estão à frente da Portucel pois estes são beneficiados por isenções a fundações ou têm residência fiscal no exterior), e perdemos as propriedades e pagamos com a vida para que as famílias que mandam na Portucel possam viver à Bill Gates quando nem para administrar uma mercearia de vila, sem concorrência, têm competência. E, do jeito que as coisas vão, essas famílias de energúmenos acabarão um dia por vender a Portucel para estrangeiros, arranjando depois um qualquer expediente para sugar o erário (destino comum dos chupa-cabras que bebem o nosso sangue há alguns séculos), e a União Europeia, que já tem pretextos de sobra para tal, vai garantir que o país seja "bem administrado" pelos burocratas de Bruxelas...
Podem ter a certeza de que é a mais agonizante das mortes.
Não podendo divulgar aqui as fotos dos portugueses queimados nos incêndios para que a Portucel continue a dar lucro para uma meia dúzia de degenerados, deixo aqui algumas fotografias de outras vítimas para que toda a gente não tenha dúvidas a respeito do que se passa.
domingo, 8 de outubro de 2017
O Brasil à venda
Ao menos poderiam respeitar o Gal. Villas-Bôas pois ele é um patriota.
Enquanto a crise política brasileira se aprofunda, e os piores ocupam as primeiras posições nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial em 2018 (Lula, Bolsonaro e Marina Silva!), sinais preocupantes são emitidos por alguns oficiais das forças armadas. A palestra dada pelo General Moron numa "loja de aventais" foi um marco na história da instituição militar. Não me recordo de nenhuma ocasião em que um general brasileiro na activa não apenas imputou o fracasso brasileiro à própria brasilidade, propondo como antídoto a americanização, mas chegou a defender abertamente a abdicação do exercício de instrumentos económicos essenciais à soberania, ainda por cima numa nação indefesa como o Brasil, e das salvaguardas necessárias para a manutenção da Amazónia enquanto território brasileiro, e isso num contexto em que o governo americano, ao mesmo tempo que faz uma inflexão para o proteccionismo, volta as suas garras para a parcela meridional do Novo Mundo!
Confesso que me senti decepcionado com o grau de bananização entre oficiais brasileiros. Interessa desde já saber quem é quem entre os generais para compreendermos a força deste sector bananeiro que, não receio afirmar, é uma quinta coluna a serviço de Washington. Espero, para bem da soberania da nação brasileira, que tem potencial para ser mais do que um gigantesco Porto Rico, ou um conjunto de Haitis, que este sector seja minoritário e que as opiniões emitidas pelo General Villas-Boas, em conformidade com o pensamento estratégico que sempre orientou as nossas forças armadas, sejam preponderantes. Mas tenho as minhas dúvidas. Há poucos dias o deputado Jair Bolsonaro, um sujeito cuja carreira militar prova ser um inimigo das forças armadas, que ajudou a desmoralizar numa altura em que estas se encontravam sob ataque de quase todos os sectores políticos nacionais, com direito à entrevista na Veja, uma típica acção de guerra de propaganda que favoreceu aqueles que desejavam diminuir a importância política das forças armadas brasileiras, e as condenar à penúria material, foi convidado para discursar numa instituição de ensino militar em Brasília.
Bolsonaro, agora ligado ao PSC, formação caricata que congrega pastores evangélicos descaradamente comprometidos com a defesa de interesses americanos, o que é apenas um "upgrade" urbano para uma técnica usada há mais de um século na África sub-saariana (e há décadas na Amazónia), conta não apenas com estes apoios à direita, mas sobretudo com as ondas levantadas por agentes provocadores à esquerda. Quem em são juízo, ao menos se tiver alguma cultura política e histórica, poderá achar que acções como a promoção de eventos artísticos baseados em tabus como a pedofilia, ainda mais quando são promovidos por instituições como o Banco Santander, no actual momento que o Brasil vive, são fortuitas? Por coincidência, a luta contra a sexualização das crianças é um dos pilares retóricos da popularidade de Bolsonaro. Ao meu ver, está mais do que claro que foram acções de provocação cujo intuito é aumentar a polarização da população, privilegiando, à esquerda e à direita, os candidatos que melhor representam os exaltados, grupo no qual se insere Bolsonaro. O ataque da revista Veja, todo ele feito a partir de pressupostos esquerdistas, também vai nessa direcção pois gera o mesmo efeito de polarização.
E agora Bolsonaro vai aos EUA tentar arranjar uma audiência com Trump para tentar se vender como a melhor opção para o interesse americano e, pasmem, visitará o charlatão Olavo de Carvalho e partipará de um debate com o mesmo no Inter-American Institute, velho conhecido dos leitores do blogue. Mais abaixo deixo três links de artigos para que os novos leitores conheçam bem a acção do Inter-American Institute e dos sujeitos que participam da iniciativa. Para terminar, lembro aos ingénuos bolsonaristas que não querem aceitar que o "mito Bolsonaro" é uma criação olavista que, antes de Olavo e seus asseclas, gente distribuída em vários meios de comunicação e que inclui políticos como Marco Feliciano, o terem promovido, Bolsonaro não passava de um político de ghetto que era visto como um personagem folclórico. Foi a partir da sua adopção pelo olavismo que Bolsonaro saiu do ghetto e o "mito" foi criado. Graças a isso, em cerca de três anos um político incapaz de conseguir se eleger para algo mais importante do que Deputado Federal se tornou num presidenciável, e por essa razão Bolsonaro já deixou claro, mais do que uma vez, que deseja Olavo de Carvalho num ministério ligado à educação ou à cultura se for eleito presidente. Abram os olhos enquanto é tempo...
Olavo, Soros e a Conexão Romena
Olavo e Soros em uma cama romena
Qual documento foi forjado, Olavo de Carvalho?
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