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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Uma pequena lição de História

Sede da VOC: Comparem com a sede que a Apple vai construir...

Acabo de ler um excelente artigo que resume bem o desenvolvimento do "capitalismo". Num texto tão curto, é impossível desenvolver a fundo todos os pontos essenciais, ou sequer citar todos os factos chave, assim, farei apenas algumas observações para ajudar na compreensão do conteúdo.

Em primeiro lugar, lembro que houve uma mudança qualitativa essencial com a fundação do Banco de Inglaterra em relação ao Banco de Amsterdão pois o primeiro obteve o monopólio da emissão, aumentando exponencialmente o poder especulativo dos "insiders". Em segundo lugar, os confiscos das revoluções protestantes e a combinação do movimento das enclosures, cuja intensidade só aumentou desde a Revolução Gloriosa até o século XIX, e do uso das leis da pobreza em favor da oligarquia sedenta de mão-de-obra barata, tudo isso em combinação com a exploração monopolista das colónias do nascente império inglês, abriu o caminho para a constituição de corporações industriais que no espaço de um século fariam as poderosas corporações comerciais da era do mercantilismo parecerem anãs. 

Enganam-se os que imaginam que as corporações mercantis dos séculos XVII e XVIII eram mais poderosas que as corporações financeiras e industriais do século XIX e XX. É verdade que as anteriores possuíam frotas e exércitos privados, mas isso é porque ainda não dispunham do domínio total dos estados. E sabemos como funciona a lógica capitalista: não é melhor atirar o ônus da guerra aos cidadãos que pagam impostos absurdos e assim sustentam o parasitismo das corporações monopolistas do que pagá-las do próprio bolso e ainda ficar com má fama? Nesse ponto, acho que os capitalistas têm razão... 

Feitas as observações, vos desejo uma boa leitura:

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Paladinos de um falso rei: “desconstruindo” um texto liberal

O liberalismo tem os seus reis e imperadores.

No meio de tantos esforços, fica difícil dedicar tempo aos escritos mais nobres, especialmente porque um blogue exige de alguma maneira um acompanhamento dos factos quotidianos, ainda que o Prometheo tenha como objectivo escapar à pauta dos jornais e analisar o presente de forma serena, focando o que é de facto relevante ao invés de se perder no caos planeado do submundo das notícias, ou dos blogues pautados pelo mesmo. Todavia, há poucos dias li um texto a respeito da reacção dos brasileiros a um tipo conhecido por rei do camarote que me chamou a atenção. Para saber do que trata o texto, e quem é o tal “rei”, recomendo a todos um esforço de pouco mais de três minutos, de preferência em jejum, para que conheçam o material que deu origem ao texto citado:


O que em primeiro lugar chamará a atenção dos leitores europeus é a semelhança entre este padrão de consumo e o que observamos nas nações subitamente enriquecidas pelo petróleo no continente africano, afinal, isso não se vê na Noruega (que está longe de ser um exemplo, que fique claro, mas não deixa de ser uma nação com algumas qualidades notáveis). Tal comportamento perdulário associamos aos filhos de ditadores africanos, magnatas russos, multimilionários chineses, actores americanos e jogadores de futebol no velho continente. Seja como for, este padrão de consumo está relacionado com um ganho que exigiu pouco esforço, ainda que denote algum tipo de talento.